A eleição presidencial marfinense de 2000 ocorreu em 22 de outubro. Robert Guéï, militar que ocupou a presidência do país após a eclosão do golpe de Estado em 1999, candidatou-se ao cargo de forma independente. Todos os principais partidos de oposição ao governo militar interino, à exceção da Frente Popular Marfinense (FPI), foram impedidos de concorrer ao pleito após a Suprema Corte da Costa do Marfim barrar as candidaturas de Emile Constant Bombet e Alassane Ouattara, filiados, respectivamente, ao Partido Democrata da Costa do Marfim (PCDI) e ao Reagrupamento dos Republicanos (RDR).[1]
Resultados eleitorais
Repercussão pós-pleito
Robert Guéï inicialmente reivindicou a vitória eleitoral logo no 1.º turno. Entretanto, com o avançar da apuração dos votos, a Comissão Eleitoral Independente (IEC) declarou que o candidato oposicionista Laurent Gbagbo havia obtido mais de 59% dos votos válidos, porcentagem suficiente para eleger-se presidente da Costa do Marfim logo no 1.º turno. Diante da insistência de Guéï em não aceitar a derrota eleitoral, uma onda de protestos populares espalhou-se por todo o país, exigindo sua saída do cargo. Pressionados pela opinião pública, Guéï fugiu do país com sua família e Gbagbo assumiu o poder quatro dias depois, em 26 de outubro.[1]
Referências
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