A eleição parlamentar venezuelana de 2005 ocorreu em 4 de dezembro. Foi renovada a totalidade dos membros da Assembleia Nacional. Nesta oportunidade foram eleitos 167 deputados, dois a mais que nas eleições de 2000. Também nestas eleições foram eleitos 12 novos representantes para o Parlamento Latino-Americano e 5 representantes para o Parlamento Andino.
Antecedentes
Em 29 de novembro, a Ação Democrática (AD) decidiu retirar-se da disputa eleitoral, alegando falta de confiança nos trabalhos desempenhados pelo CNE, como por exemplo, a falta de garantias por parte da instituição de que o processo de votação ocorreria respeitando-se a inviolabilidade do voto. Tal linha de argumentação foi seguida pelo Projeto Venezuela (PV), que aderiu ao boicote e retirou todas as suas candidaturas pelo país.[1]
Também fizeram parte do boicote o Comitê de Organização Política Eleitoral Independente (COPEI), que havia solicitado o adiamento das eleições, cujo pedido foi rejeitado pelo CNE, e o Primero Justiça (PJ).[2]
Por sua vez, o governo chavista criticou duramente essa atitude da oposição e acusou o governo dos Estados Unidos de ser o principal culpado pelo clima de desconfiança institucional sobre as instituições eleitorais venezuelanas, já que, segundo ele, os EUA teriam "ordenado" aos partidos oposicionistas que não participassem da eleição para desestabilizar o país através de um "golpe eleitoral".[carece de fontes]
Resultados
O Movimento V república em conjunto com os partidos menores que lhe deram sustentação política desde sua chegada ao poder em 1999 conquistaram todos os assentos da Assembleia Nacional, tendo o majoritárioMVR conquistado sozinho 116 assentos e os demais partidos menores, 51 assentos. O resultado, como mencionado, deve-se à desistência dos candidatos de partidos oposicionistas ao chavismo.[carece de fontes]
A abstenção eleitoral atingiu quase 75% do eleitorado, um aumento de 71% em relação à eleição de 2000. Segundo o CNE, 5,7% dos votos foram invalidados (brancos ou nulos). A oposição argumentou na época que a grande maioria dos abstencionistas eram, na verdade, opositores do governo que atenderam ao seu apelo para não votarem.[carece de fontes]
Mesmo para os observadores internacionais da OEA e da UE, o nível de abstenção foi considerado preocupante, motivando-os a expressaram suas dúvidas sobre a legitimidade do escrutínio eleitoral. Em resposta, CNE via comunicado de imprensa, afirmou que a abstenção foi apenas ligeiramente superior à média histórica observada no país em eleições legislativas.[3][ligação inativa]
Ver também
Referências
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