A eleição municipal da cidade de Goiânia em 2024 ocorreu no dia 6 de outubro para eleger um prefeito, um vice-prefeito e 39 vereadores[1] para administrar a capital goiana no mandato que se inicia no dia 1º de janeiro de 2025 e termina no dia 31 de dezembro de 2028. Como o candidato mais votado, Fred Rodrigues, não atingiu a maioria dos votos (50% mais um), realizou-se um segundo turno no dia 27 de outubro, no qual foi eleito Sandro Mabel, numa reviravolta.
O prefeito Rogério Cruz, do Solidariedade - eleito vice-prefeito em 2020 pelo Republicanos e que assumira o comando do Palácio das Campinas Venerando de Freitas Borges (Paço Municipal) em 14 de janeiro de 2021 após o falecimento do então titular Maguito Vilela (MDB) por complicações da COVID-19[2] - estava apto para disputar a reeleição, mas obteve apenas 3,1% dos votos, menor percentual já obtido por um mandatário que buscava a reeleição na cidade.
Calendário eleitoral
Calendário eleitoral divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 3 de janeiro de 2024[3]
Início
Fim
Atividades
Status
7 de março
5 de abril
Janela partidária para vereadores trocarem de partido visando concorrer às eleições sem perder o mandato.
Realizado
6 de abril
Data-limite para todas as legendas e federações partidárias obterem o registro dos estatutos no TSE e para todos os candidatos terem domicílio eleitoral na circunscrição em que desejam disputar as eleições com a filiação deferida pelo partido.
Realizado
15 de maio
Início da campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo para pré-candidatos, sem realização de pedidos de voto e obedecendo a regras relativas à propaganda eleitoral na Internet.
Realizado
20 de julho
5 de agosto
Realização de convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher candidatos às prefeituras e aos cargos de vereador. Os partidos têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral.
Realizado
16 de agosto
Início das campanhas eleitorais de forma igualitária, podendo qualquer publicidade ou manifestação com pedido explícito de voto antes da data ser considerada irregular e multada.
Realizado
30 de agosto
3 de outubro
Veiculação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
Realizado
6 de outubro
Realização do primeiro turno das eleições municipais.
Realizado
11 de outubro
25 de outubro
Veiculação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para o segundo turno.[4]
Realizado
27 de outubro
Realização de um eventual segundo turno nas cidades com mais de 200 mil eleitores em que o candidato a prefeito mais votado não tenha atingido a metade mais um dos votos válidos.
Fred Rodrigues, candidato do Partido Liberal (PL), tem o aval do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Ele tentou fechar acordo com o delegado e deputado estadual Humberto Teófilo, do Democracia Cristã, para que ele fosse seu companheiro de chapa. Porém, o acordo foi vetado pelo presidente da sigla em Goiás, Alexandre Magalhães, pois o partido fechou questão em favor da pré-candidatura de Sandro Mabel.[9] O NOVO participaria da disputa com o empresário Leonardo Rizzo.[10] No entanto, Rizzo desistiu de sua candidatura para ser candidato a vice-prefeito na chapa de Fred Rodrigues (PL).[11]
A delegada de polícia e deputada federal Adriana Accorsi é candidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ela conta com o apoio do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que a convidou para o certame. A parlamentar enfrentava, dentro da Federação Brasil da Esperança, a concorrência de mais dois pré-candidatos: Cristiano Cunha (PV) e Fábio Tokarski (PCdoB). Ambos, no entanto, retiraram seus nomes ao decorrer da pré-campanha.[12][13]
O Partido Social Democrático (PSD) tem como candidato o senador Vanderlan Cardoso. Inicialmente, uma ala do partido defendia uma pré-candidatura ligada a Ronaldo Caiado, ou seja, Sandro Mabel (União Brasil) ou o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB).[14] Por outro lado, uma ala do partido defendia a indicação do vereador Lucas Kitão e a realização de prévias dentro da sigla para decidir quem por ela será candidato, mas Lucas Kitão desistiu de concorrer e migrou para o União Brasil, sinalizando apoio a Mabel.[15][16] Darrot, por sua vez, sofreu sensíveis abalos à sua pré-candidatura devido a uma operação de busca e apreensão lograda pela Polícia Civil do Estado de Goiás.[10] Dados os referidos abalos, o MDB acabou optando pelo apoio a Mabel.[17]
A Unidade Popular tem como candidato o professor e dirigente sindical Reinaldo Pantaleão.[18] Fundador do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (SINTEGO), Pantaleão já havia disputado a prefeitura em 2020, mas pelo PSOL (legenda da qual foi um dos fundadores, mas da qual se desligou dois anos mais tarde[19] para ingressar na UP).
Cíntia Dias(PSOL) - Presidente estadual do PSOL no Estado de Goiás: Retirou seu nome da disputa para que seu partido pudesse apoiar Adriana Accorsi (PT).[20]
Alexandre França(REDE) - Ex-porta-voz da REDE no Estado de Goiás: França foi expulso do partido em fevereiro último após perder o cargo de porta-voz do partido no Estado. França foi destituído do referido posto após sofrer uma condenação criminal.[31] Com isso, a REDE passou a apoiar, junto com o PSOL, a pré-candidatura de Adriana Accorsi (PT).
Gustavo Gayer(PL): Os primeiros sinais sobre sua desistência foram vistos logo nas chamadas sobre a visita do presidente Jair Bolsonaro em sua turnê de lançamento de pré-candidaturas goianas. Enquanto o nome de Lissauer Vieira era citado em Rio Verde, Geneilton Assis, em Jataí, Alcides Ribeiro, em Aparecida e Márcio Corrêa em Anápolis, os cards faziam mistério em relação a Goiânia. O próprio Gustavo Gayer em postagem nesta terça-feira, ao convidar os seguidores para o evento na manhã desta quarta-feira, não cravou seu próprio nome. “Você saberá o pré-candidato do Bolsonaro em Goiânia”.[32]
Fábio Tokarski(PCdoB): O pré-candidato se retirou do certame no dia 17 de julho de 2024 e declarou apoio à Delegada Adriana Accorsi (PT).[12]
Cristiano Cunha(PV): O pré-candidato se retirou do certame no dia 2 de fevereiro de 2024 e declarou apoio à Delegada Adriana Accorsi (PT).[13]
Candidatos ao legislativo
A regra eleitoral permite que um Partido ou Federação indique uma chapa que contenha, no máximo, 100% das vagas em disputa mais 1.[33] No caso de Goiânia, o número máximo de candidaturas é de 39.[carece de fontes?]
A tabela a seguir apresenta o número de candidaturas em cada Partido e Federação, estando agrupados a partir de coligações na disputa do poder executivo. Lembre-se que a coligação em eleições proporcionais não existe mais no Brasil, sendo demonstrada a coligação majoritária apenas a título de visualização agrupada.[34]