Sir Edward Richard George Heath, KG MBE (Broadstairs, 9 de julho de 1916 — Salisbury, 17 de julho de 2005), foi um político britânico, foi líder do Partido Conservador de 1965 a 1975 e primeiro-ministro do Reino Unido, de 1970 a 1974.
Heath era um velejador de classe mundial e um músico de quase padrão profissional. Ele também foi um dos quatro primeiros-ministros britânicos a nunca se casarem.
Biografia
Filho de pais pobres, conseguiu terminar sua graduação em Balliol College, Oxford, sendo formado em política. Devido as suas habilidades musicais com o órgão e encorajado pela mãe, começou a aprender piano muito cedo e apaixonou-se pela música para o resto da vida. Enquanto primeiro-ministro e líder da oposição, Heath conduziu orquestras sinfônicas, escrevendo em 1976 o livro "Música, um amor para a vida", que foi um êxito de vendas e foi eleito membro honorífico da Orquestra Sinfônica de Londres.[1]
Quando na universidade, se tornou ativo na política conservadora, com um interesse particular em casos estrangeiros e geralmente com um discurso um tanto mais à esquerda do que aquele do governo Conservador de então.[2]
Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na artilharia do exército britânico em Liverpool (que sofreu um bombardeio alemão pesado em maio de 1941), de onde saiu com a patente de Tenente-Coronel.[3] Durante uma inspeção do Exército, quando era primeiro-ministro, fez questão de usar seu uniforme e suas patentes.[4]
Era um entusiasta da União Europeia, entretanto, falharam as negociações em que ele participou como representante do Reino Unido, da inserção na Comunidade Europeia, em 1960.
Política
Foi parlamentar da Câmara dos Comuns pelo distrito londrino de Bexley durante mais de 50 anos, tendo sido eleito 14 vezes consecutivas para o cargo. Decidiu retirar-se nas eleições de julho de 2001 por vontade própria.[5] Foi eleito deputado pela primeira vez em 1950.
A sua maior conquista nos quatro anos como primeiro-ministro foi ter negociado, em 1973, a entrada da Grã-Bretanha na comunidade europeia. Europeísta convicto, o dirigente conservador viu assim concretizado o sonho de ver o Reino Unido entrar no mercado comum europeu enquanto dirigia o Governo britânico.[6]
Seu maior desafio foi enfrentar o descontentamento da Irlanda do Norte, que queria uma maior autonomia, por conta das diferenças religiosas com o restante do reino, e os ataques terroristas do IRA.[7] Foi durante o seu mandato que ocorreu o Domingo Sangrento de 1972.
Depois do mandato como primeiro-ministro, Edward Heath voltou a ser líder da oposição, até que foi afastado em 1975 da frente do Partido Conservador por Margaret Thatcher, a quem sempre dirigiu duras críticas e nunca aceitou um cargo no seu gabinete.[8]
Bibliografia
- Heath, Edward. Sailing: A Course of My Life. London: Sidgwick & Jackson, 1975.
- Heath, Edward. Music: A Joy for Life. London: Sidgwick & Jackson, 1976.
- Heath, Edward. Travels: People and Places in My Life. London: Sidgwick & Jackson, 1977.
- Heath, Edward. The Course of My Life. London: Hodder & Stoughton, 1998.
Referências
- ↑ Heath, Edward. The Course of My Life. London: Hodder & Stoughton, 1998, p58
- ↑ «House of Commons Hansard Debates for 18 July 2005 (pt. 6)» (em inglês). 2005. Consultado em 13 de julho de 2012
- ↑ Heath, Edward. The Course of My Life. London: Hodder & Stoughton, 1998, p111
- ↑ «Edward Heath (1916 - 2005)» (em inglês). BBC - History. Consultado em 13 de julho de 2012
- ↑ Young, Hugo. One Of Us London: MacMillan, 1989
- ↑ Jonathan Green (1987). Dictionary of Jargon. [S.l.]: Routledge. 482 páginas. ISBN 978-0-7100-9919-8
- ↑ The Five Giants: A Biography of the Welfare State by Nicholas Timmins
- ↑ Poverty, inequality and health in Britain, 1800-2000: a reader edited by George Davey Smith, Daniel Dorling, and Mary Shaw