Décimo Terêncio Genciano (em latim: Decimus Terentius Gentianus) foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de julho a setembro de 116 com um colega de nome desconhecido ("L. Co[...]").[1] Originário da Gália Narbonense, é possível que Genciano tenha sido filho de Décimo Terêncio Escauriano, um dos generais de Trajano.
Carreira
No século XIV, as seis primeiras linhas de um poema foram atestadas numa inscrição numa das Pirâmides de Gizé; o poema era endereçado a "um dulcíssimo irmão" chamado "Décimo Genciano", o que pode ser uma prova de que Genciano tenha viajado até o Egito.[2] Hermann Dessau, entre outros, identificam os dois como sendo a mesma pessoa.[3]
A carreira política de Genciano é conhecida apenas de forma fragmentária através de uma inscrição recuperada em Ulpia Traiana Sarmizegetusa.[4] Antes de chegar ao consulado, ele foi tribuno militar, questor, tribuno da plebe, pretor e legado imperial. Porém, a parte da inscrição que identificava em qual legião e em qual província ele serviu se perdeu. Além disto, a inscrição atesta que ele foi admitido no Colégio de Pontífices e supervisionou o censo da província senatorial da Macedônia.
Segundo a "História Augusta", durante o reinado de Adriano, Genciano se tornou um senador muito estimado por seus colegas. Apesar disto (ou por causa disto), já no final de seu reinado, o imperador, que chegou a considerar seu nome para sucessão, deixou de apreciar sua companhia. O autor da obra implica enfaticamente que Genciano teria sido um dos muitos condenados à morte "seja abertamente, seja através de subterfúgios" pelo imperador.[5]
Ver também
Referências