A Divisão foi formada em 1974 e treinada pela Coreia do Norte. Foi nomeada em referência a um incidente de junho de 1964 na cidade oriental de Kamanyola. As tropas lideradas pessoalmente por Mobutu asseguraram uma ponte estratégica perto da cidade.[1]
Em 1993 consistia na 11.ª Brigada de Infantaria, na 12.ª Brigada de Infantaria e na 14.ª Brigada de Infantaria.[2] Após a incursão de Shaba I, a Divisão Kamanyola, na época tida como a melhor formação do exército, e considerada a divisão do próprio presidente, foi designada permanentemente para Shaba.
Altos oficiais militares zairenses, insatisfeitos com os esforços norte-coreanos, chegaram a pedir em dezembro de 1975 que os Estados Unidos assumissem a Divisão Kamanyola, dizendo que "os norte-coreanos haviam deixado os Kamanyola mal treinados e sem peças de reposição para o equipamento que forneceram". [3]
Como parte de uma segunda invasão pela antiga gendarmerie catanguesa (conhecida como Shaba II em maio-junho de 1978), o qual só foi dispersa com o despacho do 2.º Regimento de Paraquedistas Estrangeiros francês e um batalhão do Regimento de Paracomandos belga, as unidades da Divisão Kamanyola entraram em colapso quase imediatamente. Unidades francesas lutaram na Batalha de Kolwezi para recapturar a cidade da Frente Nacional de Libertação do Congo. Os estadunidenses forneceram assistência logística.[4]
Em 1988, a CIA descreveu a Divisão Kamanyola como localizada em Shaba e composta por 4.100 pessoas, sendo a 14.ª Brigada a única formação preparada para o combate.[5]
O mau estado de disciplina das forças zairenses tornou-se aparente novamente em 1990. A assistência militar estrangeira ao Zaire cessou após o fim da Guerra Fria e Mobutu deliberadamente permitiu que a condição dos militares se deteriorasse para não ameaçar seu poder.[6]
Em 1993, de acordo com os Library of Congress Country Studies,[4] a Divisão Kamanyola, composta por três brigadas de infantaria, operava geralmente na região ocidental de Shaba.