Ao tornar-se tirano de Siracusa, Dionísio II estabeleceu a paz com Cartago e gozou dez anos de governo tranquilo. Seu interesse pela Filosofia fez com que recebesse a visita de Platão. Mas em 355 a.C. ele perdeu o controle de Siracusa.
Queda
Em 347 a.C., Dionísio retomou o poder em Siracusa, mas teve que lutar contra Hicetas. Hicetas, a partir de Leontinos,[Nota 1][1] atacou e sitiou Siracusa com um grande exército,[2] mas como o cerco se prolongou demais, Hicetas voltou para Leontinos.[1] Dionísio atacou as tropas em retirada,[1] mas Hicetas voltou, derrotou Dionísio, e tomou Siracusa, exceto a ilha.[Nota 2][3]
Logo depois, parte de Siracusa foi tomada por Timoleon,[4] mas, no ano seguinte, o ano da 109.a Olimpíada,[5] a situação em Siracusa tornou-se caótica: Dionísio controlava a ilha (a cidadela), Hicetas controlada Achradina e Neapolis, Timoleon o resto da cidade, e ainda havia cento e cinquenta trirremes de Cartago no porto, com cinquenta mil homens em terra.[6]
Quando chegaram as forças de Marcus, tirano da Catânia e aliado de Timoleon, e dez navios de Corinto,[7] os cartagineses se retiraram do porto,[7] e Hicetas ficou isolado.[8] Com isto, Timoleon tomou Siracusa.[8]
No ano seguinte, Timoleon negociou a rendição de Dionísio, que ganhou salvo-conduto para ir para o Peloponeso, levando suas posses.[9]
Timoleon arrasou a cidadela e os palácios da ilha,[10] e estabeleceu um novo código de leis, com um governo democrático em Siracusa;[11] o cargo máximo, renovado anualmente, passou a ser o amphipoly de Zeus Olímpico, sendo Calímenes, filho de Alcadas, o primeiro a ocupar o cargo sacerdotal.[12] Este sistema perdurou por um longo tempo,[Nota 3] porém depois que os siracusanos se tornaram cidadãos romanos, o cargo perdeu a importância, após passar trezentos anos sendo importante.[12]
Exílio em Corinto
Dionísio terminou seus dias em Corinto, na pobreza, servindo como exemplo com sua vida e infortúnio àqueles que não agem de forma sábia quando tem sucesso.[13] Ele faleceu em 342 a.C.
Notas e referências
Notas
↑Diodoro Sículo cita Teopompo de Quio como sua fonte; no livro História de Filipe, três livros (XLI-XLIII) foram dedicados a Siracusa, cobrindo o período de 50 anos que vai da tirania de Dionísio I até a queda de Dionísio II
↑Siracusa tinha uma ilha, que Dionísio I fortificou, tornando-a a cidadela