Cátia Montes (Faro, Portugal), é uma mulher portuguesa, cigana, educadora social, ativista pelos direitos humanos e bombeira voluntária em São Brás de Alportel.[1][2][3]
Percurso
Licenciou-se em Educação Social na Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, em Faro.[1][4]
Tem tido várias experiências como ativista pelos direitos humanos e os direitos das comunidades ciganas. É também bombeira voluntária, tal como o seu pai terá sido há muitos anos.[1]
Frequenta o Mestrado em Educação Social.[3]
No 9ºano, Cátia teve de mudar de casa, a escola ficou mais distante e viu-se forçada a desistir. Nos anos seguintes, foi vivendo de trabalhos precários e de uma forma nómada. Aos 27 anos, após ter vivido alguns episódios de discriminação em locais de trabalho, decidiu voltar a estudar em regime pós-laboral, no Mais 23, conciliando a vida de estudante com o trabalho num supermercado.[4][5]
Cátia contou com o empurrão determinante do Programa Operacional para a Promoção da Educação (OPRE), um programa de política pública, dirigido a estudantes do ensino superior provenientes de comunidades ciganas, que conta com o apoio do Alto Comissariado para as Migrações, e que nasceu de um projeto pioneiro da Associação Letras Nómadas e da Plataforma Portuguesa dos Direitos das Mulheres.[4][6][7]
No dia 21 de abril de 2018, fez parte do debate “Que papel para as comunidades ciganas?” do Festival Política onde se conversou sobre o papel da mulher nas suas comunidades. No evento, Cátia Montes partilhou o palco com Maria Gil, membro da Associação Saber Compreender e é atriz no Colectivo PELE, e Toya Prudêncio, ativista considerada "cigana do ano" pela Associação Letras Nómadas, em 2017.[8]
Em junho de 2018, foi convidada pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, para comentar uma sessão de cinema na Cinemateca no âmbito do Dia Internacional da Pessoa Cigana.[9][10]
Em dezembro de 2020, fez parte do editorial do Observatório das Comunidades Ciganas, publicado em dezembro de 2020, e intitulado "Vozes Ciganas sobre os Direitos Humanos em Contexto de Pandemia".[3]
A 25 de Abril de 2021, foi uma das subscritoras do artigo de opinião que exige o direito à habitação digna das pessoas Ciganas/Roma em Portugal, publicado no jornal Público.[11]
Prémios e Reconhecimentos
Em dezembro de 2017, Cátia Montes fez parte do grupo de 26 estudantes ciganos, apoiados pelo OPRE, recebidos em Belém pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.[6][12][13]
Referências