Curro Romero era ajudante numa farmácia quando se estreou como novilheiro, aos 18 anos. Para trás ficavam as andanças pelas tentas nas ganadarias existentes em redor de Sevilha. A estreia ocorreu no bairro de La Pañoleta, perto de Sevilha, a 22 de agosto de 1954. Revelou tal aptidão para o toureio que logo no mês seguinte, em 8 de setembro do mesmo ano de 1954, debutava com picadores, na praça de toiros de Utrera.
Curro Romero foi fazendo o seu percurso como novilheiro praticante, atuando em praças de província — a certa altura interrompido pelo serviço militar, que cumpriu em Badajoz —, até que a 18 de julho de 1957, se apresentou na prestigiada Monumental de Las Ventas, Madrid.
O novilheiro tornava-se matador ao tomar a alternativa no ano de 1959, na praça de Valência, mais precisamente a 18 de março, tendo como padrinho Gregorio Sanchez. Confirmou a alternativa em Las Ventas, a 19 de maio do mesmo ano, com outro destacado toureiro sevilhano, Pepe Luis Vázquez, em plena Feira de Santo Isidro.
Autor de momentos sublimes na arte de tourear, apesar de irregular e polémico, a figura de Curro Romero ganhou contornos de mito, identificando-se com a cultura sevilhana, onde nasceu o currismo. Dizia-se que o toureiro fazia parte da trilogia popular da capital andaluza: Curro, la Macarena, er Beti.[2]
Em 1975Camarón de la Isla e Paco de Lucía dedicaram a Curro Romero uma canção flamenca, por bulerías, intitulada Arte y majestad, que dá também título ao álbum homónimo, do mesmo ano.[3]
Apesar da sua irregularidade, obteve destacados triunfos ao longo da sua carreira — na Monumental de Las Ventas, em Madrid, abriu por sete vezes a Puerta Grande; na Real Maestranza de Caballería, Sevilha, saiu pela Puerta del Príncipe por quatro vezes, e obteve na mesma praça um êxito inédito, quando cortou oito orelhas a seis toiros, a 19 de maio de 1966; foi até hoje o toureiro que mais orelhas cortou numa só corrida, na Maestranza de Sevilha.
Curro Romero foi casado com a cantora Concha Márquez Piquer.[4]