Cristóbal de Guzmán Cecetzin (ou Cecepaticatzin) foi nobre asteca. Era filho de Diego de Alvarado Huanitzin (15º Tlatoani), foi prefeito de Tenochtitlan em 1556 antes de se tornar o penúltimo Tlatoani de Tenochtitlan e Terceiro Governador em 1557, títulos que ocupou até sua morte em 1562 [1].
Muito se falou sobre o espaço de tempo entre a morte de Tehuetzquititzin (1554) e a posse de Huanitzin (1557), o mais provável é que Cecetzin fosse o melhor candidato a governador universalmente aceito por todos os envolvidos, mas que ainda não tinha atingido a maioridade [2].
Em 1555 ocorreu uma grande inundação, ainda no governo de Estevan Guzman. Como primeiro ato de seu governo Cecetzin ordenou a construção do Dique de São Lazaro, e do Canal de Tehuiloyacan. Foi nesta época que foi construído o Tumulo (imperial) em São Francisco [3].
Um dos principais acontecimentos de seu mandato ocorreu em 06 de junho de 1957 jura (juramento de fidelidade ao novo rei) a Filipe II, para essa ocasião foi montada uma plataforma elevada, chamada de cadalso, medindo cerca de 9 metros de comprimento e cinco de largura que foi erguida na Plaza Mayor, do lado de fora da porta oeste da Catedral e em frente ao Palácio Real, na região oeste da praça. Nela se posicionaram os mais graduados funcionários espanhóis do governo real e da Igreja Católica, incluindo o vice-rei Luis de Velasco e o arcebispo Alonso de Montúfar. Além de Cecetzin , governante de Tenochtitlan participaram da celebração Diego de Mendoza Imauhyantizin, Tlatoani de Tlatelolco, Antonio Cortes Totoquihuaztli , Tlatoani de Tlacopan, e Hernando de Pimentel, o Tlatoani de Texcoco. Nesta houve uma apresentação de quase oito mil dançarinos indígenas, e segundo as Actas de Cabildo, multidões de indígenas foram à praça como testemunhas, além da participação dos espanhóis alocados na cidade, que também fizeram o juramento [4].
Em 1562, pouco antes de morrer Cecetzin empreendeu uma ambiciosa expansão nos edifícios da cidade, e os moradores da cidade foram convocados para ir a floresta ao redor de Cuauhximalpa para fabricarem 200 Viguetas (com cerca de cerca de 6 metros de comprimento), 300 feixes de 5 braças (cerca de 9 metros), e 500 tábuas de tamanho não especificado para a construção. Foram pelo menos, 4100 metros de madeira (sem contar as pranchas). Isso sem falar que a maior parte da arquitetura da cidade era feita em pedra e adobe, a madeira serviu apenas para os alicerces e telhados [5].
Referências