O Banco de Crédito Real de Minas Gerais ou Credireal foi um banco fundado em 1889 por Bernardo Mascarenhas, Francisco Batista de Oliveira e Marcelino de Brito Ferreira de Andrade.[1]
História
Até a década de 1920, foi o único banco da Zona da Mata Mineira.[1] Surge como um empreendimento financiado basicamente pelo capital agrário local, liderado por importantes fazendeiros da região.[1] Já em 1891, assume as funções de "banco misto", reunindo operações de longo e curto prazo.[1]
O controle acionário é assumido pelo Estado em 1911, e em 1919 este realiza sua encampação efetiva, transformando o Credireal em uma instituição oficial.[1]
Foi adquirido em agosto de 1997 pelo Banco de Crédito Nacional (BCN)[2] e em dezembro do mesmo ano o BCN foi vendido pelo Bradesco, com todas as suas 84 agências sendo convertidas até março de 1998.[3]
Em sua sede, em Juiz de Fora[4], funciona atualmente o Museu do Crédito Real.
Notas e referências
Notas
- ↑ O BCN adquiriu o Credireal em agosto de 1997, mas só aconteceu cinco meses antes de ser vendida pelo Bradesco.
Referências
- ↑ a b c d e «Etnia e proto-industrialização: história e historiografia da participação dos imigrantes alemães no desenvolvimento econômico de Juiz de Fora – 1856/1887» (PDF). Revista Ágora. Universidade Federal do Espírito Santo. 2008. pp. 7;10. Consultado em 7 de novembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 20 de janeiro de 2012.
[...]a criação em 1889 do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (CREDIREAL S/A)[...]. [...] a fundação do [...] do Banco de Crédito Real de Minas Gerais S/A em 1889, este sim, a instituição bancária mais importante da região [...]. Podemos dizer que até o início da década de 1920 o Crédito Real atua como único banco da zona da Mata, surgido como um empreendimento financiado basicamente pelo capital agrário local, sob a liderança de importantes fazendeiros da região. O Banco de Crédito Real assume, já em 1891, as funções de um “banco misto”, ou seja, de um banco que reuniu na mesma instituição operações de longo prazo (com os empréstimos hipotecários e venda de letras) e aquelas de curto prazo (desconto e empréstimos comerciais). Além disso, em 1911, o Estado assume o controle acionário do banco e, em 1919, realiza sua encampação efetiva, tornando o CREDIREAL uma instituição oficial. [...] Como fez Bernardo Mascarenhas, que ao migrar da região central da província, fundou [...] o Banco de Crédito Real de Minas Gerais (CREDIREAL), este último em parceria com Francisco Batista de Oliveira – um comerciante católico – e com o cafeicultor e político Marcelino de Brito Ferreira de Andrade, o Visconde de Monte Mário.
- ↑ «Credireal é vendido sem ágio pelo preço de R$ 121,3 milhões». Folha de S. Paulo. 8 de agosto de 1997
- ↑ «Credireal sai do mercado em 16 de março». Folha de S. Paulo. 7 de fevereiro de 1998
- ↑ «Pharol (MG) - 1876 a 1933 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 25 de setembro de 2022
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