A primeira referência à freguesia do Couto surge no Censual de entre Lima e Ave, organizado pelo bispo D. Pedro entre 1085 e 1091. Neste, surge a referência à paróquia "DeSancto Jacobi de Asinas", a qual, segundo historiadores modernos, corresponde à atual paróquia de S. Tiago do Couto.[4]
Século XIII
Nas inquirições gerais de 1220, elaboradas a mando de D. Afonso II, surge com a denominação de "De Sancto Jacobi de Tamial (...) est cautum", estando situado na terra de Neiva. Estas inquirições referem que o rei não tem ali reguengo algum porque é couto; que o rei não é padroeiro e que a igreja tinha sesmarias. Referem ainda que a igreja de Galegos tinha ali 3 casais, Banho 1 casal, Manhente 1 casal, S. Pedro de Calvelo 1 casal e S. Salvador meio casal.[5]
Já nas inquirições de 1258, sob reinado de D. Afonso III, é referenciado como "Sancti Jacobi de Cauto de Cidi", situando-se "In Judicato de Nevia" referindo-se ainda:[6]
"que est Couto est (sic) per padroes, et que non fazem al Rey nen uno foro, ergo que dam cada ano al Rey de renda 4 maravedis"
Século XVI
Em 1529, foi edificada a atual Igreja Paroquial de São Tiago do Couto, a mando de Jorge de Miranda. Esta data comprova-se através da inscrição embutida na silharia do lado direito da fachada principal:[7]
"HO LICENCIADO GEORGE DE MIRÃDA MANDOV FAZER ESTA EGREJA E ASENTO DELLA E. 1529"
Século XVIII
Nas Memórias Paroquiais de 1758, refere-se que a freguesia pertencia à então comarca e termo da Vila de Barcelos. É feita uma menção aos residentes na freguesia, referindo-se que contava com 28 fogos, 15 casados, 4 viúvos, 12 solteiros, 10 menores e 20 ausentes.
Em relação aos lugares da freguesia, são referidos os seguintes: Midos, Cangostas, Latas, Nogueira, Casal, Portelinha, Casais e Aldeia.
No que toca à prática agrícola na freguesia, estas Memórias referem:
"É esta freguesia uma porção de terra a mais fértil das que em si contém o Vale de Tamel e por isso produz bom vinho de enforcado, abundância de milho grosso, o que vulgarmente se chama maís, milho miúdo e centeio também em suficiente quantidade, além do feijão de toda a casta e boas frutas que também produz."[8]
Século XIX
A paróquia de São Tiago do Couto, que desde 1528 estava referenciada como sendo anexa à de Campo (Barcelos)[4], tornou-se independente da mesma em 1848.[9]
↑ abda Costa, Avelino de Jesus (1997). O Bispo D. Pedro e a Organização da Arquidiocese de Braga, 2ª Ed. Braga: Irmandade de S. Bento da Porta Aberta. p. 179
↑da Fonseca, Teotónio (1987). O concelho de Barcelos aquém e além Cávado. Barcelos: Santa Casa da Misericórdia | Câmara Municipal de Barcelos. pp. 211–214