A corticeira (Erythrina crista-galli), também chamada eritrina-crista-de-galo, bico-de-papagaio, sapatinho-de-judeu, flor-de-coral, sanandu ou sananduva,[1] é uma árvore da família das leguminosas (Fabaceae), nativa do sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, podendo atingir 10 metros de altura. Tem um tronco tortuoso, folhas compostas, trifolioladas com folíolos glabros e flores vermelhas de cálice campanulado. O fruto é uma vagem com sementes semelhantes ao feijão. Pertence ao mesmo gênero científico que as demais espécies conhecidas como suinã ou mulungu.
Etimologia
Sanandu e sananduva são termos originários da língua tupi.[2][3]
Sinonímia
Corallodendron crista-galli (L.) Kuntze
Erythrina crista-galli L. Var. hasskarlii Backer
Erythrina crista-galli L. Var. leucochlora A. Lombardo
Tem grande importância para o paisagismo, pois, quando florida, é extremamente ornamental. O que mais chama a atenção é que, durante a sua floração, as folhas caem. Alguns autores denominam essas plantas como sendo floríferas decíduas. Essa característica também ocorre em algumas outras espécies como o ipê e a cerejeira. A flor da corticeira é a flor nacional da Argentina e Uruguai.
Algumas espécies conhecidas popularmente como “corticeira” e "mulungu" são utilizadas medicinalmente devido à ação sedativa.
[4][5][6] Estudos fitoquímicos utilizando vários órgãos dessas plantas, demostraram a presença de alcaloides, flavonoides, pterocarpanos e triterpenóides. Segundo Merlugo, várias espécies são encontradas no Brasil, dentre elas Erythrina falcata e Erythrina crista-galli e o extrato aquoso da E. falcata mostrou-se um potente hipotensor dose-dependente, podendo este efeito estar relacionado com a via dos receptores β-adrenérgicos.[7]
Referências
↑FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 487.
↑FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 544.
↑FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 170.
↑MARCHIORO, M. et al. Anti-nociceptive activity of the aqueous extract of Erythrina velutina leaves. Fitoterapia, v.76, n.7, p.637-42, 2005.
↑VASCONCELOS, S.M. et al. Central activity of hydroalcoholic extracts from Erythrina velutina and Erythrina mulungu in mice. Journal of Pharmacy and Pharmacology, v.56, n.3, p.389-95, 2004.