Filho do Major José Luís Osório e Florinda da Rocha Osório, o sétimo de dez filhos, ficou órfão de pai e mãe muito cedo.[2] Iniciou sua vida profissional aos 14 anos, como tropeiro.[1] Em 20 de junho de 1871, chegou a Pelotas aos 17 anos de idade, empregando-se como caixeiro na loja de tecidos de Januário Joaquim Amarante e mais tarde, em 1875, caixeiro da Charqueada Boa Vista de Francisco Antunes Gomes da Costa, Barão do Arroio Grande.[2]
A Charqueada do Cascalho
Experimentado neste ramo, abriu sua própria charqueada e rapidamente prosperou. Iniciou em 1886 a sua primeira indústria, comprando de Leonídio Antero da Silveira o estabelecimento denominado Cascalho, à margem direita do Arroio Pelotas, envelhecido e quase inteiramente desmontado, que teve como seu primeiro proprietário Domingos de Castro Antiqueira, o Visconde de Jaguary.[1][2]
Em 1907 fundou a Charqueada de Tupanciretã, a pioneira na região da serra, trazendo progresso espantoso ao então povoado, sendo por isto considerado pela população local como patrono do vilamento de Tupanciretã.[2]
Envolvimento com a política
Em 1888, foi um dos fundadores da União Republicana, participando de comícios e reuniões públicas para difundir as idéias republicanas e abolicionistas.[2] Neste mesmo ano, fez parte do Clube Republicano de Pelotas.[1] Após a morte de Piratinino de Almeida, assumiu a chefia do Partido Republicano Rio-Grandense, permanecendo no cargo até a sua morte. Tornou-se o chefe político mais importante da zona sul do estado. Instalado o regime republicano, fez parte da 1ª Junta Administrativa de Pelotas, criada para implantar a organização republicana na administração do município.[3] Em 1894 foi nomeado Comandante Superior da Guarda Nacional, recebendo no mesmo ano as honras de Coronel do Exército, por relevantes serviços prestados à república.[1][2] Nos anos seguintes, desenvolveu suas atividades nas Charqueadas Pelotas e São Gonçalo.[2]
Em 1903, Borges de Medeiros o nomeou vice-presidente do Estado (cargo semelhante ao de vice-governador) para o período 1903/1908.[1]
Até hoje o Rei do Arroz, como o coronel Pedro Osório ficou conhecido, é referência de empreendedorismo. Não esperou declinar o ciclo do charque para sair em busca de novas alternativas econômicas. Investiu - e forte - no plantio e beneficiamento do cereal. Era um visionário na zona sul, no final do século XIX.[2]
A Praça Coronel Pedro Osório, que leva esse nome em homenagem a ele, é a principal praça da zona central de Pelotas e um dos principais pontos turísticos da cidade.[4] O município de Pedro Osório está localizado sobre terras que pertenceram ao coronel, motivo pelo qual foi homenageado no topônimo.[5]