Consciência

 Nota: Não confundir com Conscientização, Conscienciosidade ou Consciência (moral). Para outros significados, veja Consciência (desambiguação).
Representação gráfica de consciência do século XVII.

Consciência, na sua forma mais simples, é a consciência da existência interna e externa.[1] No entanto, a sua natureza levou a milênios de análises, explicações e debates por parte de filósofos, teólogos e cientistas. As opiniões divergem sobre o que exatamente precisa ser estudado ou mesmo considerado como "consciência".

Em algumas explicações, o termo é sinônimo de mente e, em outras ocasiões, de um aspecto da mente. No passado, era a “vida interior”, o mundo da introspecção, do pensamento privado, da imaginação e da volição.[2] Atualmente, muitas vezes inclui qualquer tipo de cognição, experiência, sentimento ou percepção. Pode ser consciência da consciência, metacognição ou autoconsciência, mudando continuamente ou não.[3][4] A diversidade de pesquisas, noções e especulações desperta a curiosidade sobre se as perguntas certas estão sendo feitas sobre esse tema.[5]

Exemplos da ampla gama de descrições, definições ou explicações são: distinção ordenada entre o eu e o ambiente, a simples vigília, o senso de individualidade ou alma explorado pelo "olhar para dentro"; sendo um "fluxo" metafórico de conteúdos, ou sendo um estado mental, evento mental ou processo mental do cérebro.

Etimologia

As palavras "consciente" e "consciência" derivam do latim conscius (con- “juntos” e scio “conhecer”) que significava “conhecer com” ou “ter conhecimento conjunto ou comum com outro”, especialmente no que diz respeito a compartilhar um segredo.[6] Thomas Hobbes em Leviathan (1651) escreveu: "Onde dois ou mais homens conhecem um e o mesmo fato, diz-se que estão conscientes dele um para o outro."[7] Houve também muitas ocorrências nos escritos latinos da frase conscius sibi, que se traduz literalmente como "conhecer consigo mesmo", ou em outras palavras, "compartilhar conhecimento consigo mesmo sobre algo".[8]

O latim conscientia, literalmente 'conhecimento com', aparece pela primeira vez em textos jurídicos romanos de escritores como Cícero. Significa um tipo de conhecimento partilhado com valor moral, especificamente o que uma testemunha sabe dos actos de outra pessoa.[9][10] Embora René Descartes (1596-1650), escrevendo em latim, seja geralmente considerado o primeiro filósofo a usar conscientia de uma forma menos parecida com o significado tradicional e mais parecida com a forma moderna usada para o "consciência", seu significado e definição não estão em lugar nenhum.[11] Em Regulæ ad directionem ingenii ut et inquisitio veritatis per lumen naturale, Amsterdã 1701) ele escreveu a palavra conscientiâ, vel interno testimonio (traduzível como "consciência, ou testemunho interno").[12][13] Pode significar o conhecimento do valor dos próprios pensamentos.[11]

John Locke, um filósofo britânico do século XVII do Iluminismo

A origem do conceito moderno de consciência é frequentemente atribuída a John Locke que definiu a palavra em sua obra Ensaio acerca do Entendimento Humano, publicada em 1690, como “a percepção do que se passa na própria mente de um homem”.[14][15] O ensaio influenciou fortemente a filosofia britânica do século XVIII e a definição de Locke apareceu no célebre Um Dicionário da Língua Inglesa de Samuel Johnson (1755).[16]

O termo francês conscience é definidono volume de 1753 da Encyclopédie de Diderot e d'Alembert como "a opinião ou sentimento interno que nós mesmos temos a partir do que fazemos".[17]

Problema da definição

Cerca de quarenta significados atribuídos ao termo “consciência” podem ser identificados e categorizados com base em “funções” e “experiências”. As perspectivas de alcançar qualquer definição de consciência única, acordada e independente da teoria parecem remotas.[18]

Os estudiosos estão divididos quanto à questão de saber se Aristóteles tinha um conceito de consciência. Ele não usa nenhuma palavra ou terminologia que seja claramente semelhante ao fenômeno ou conceito definido por John Locke. Victor Caston afirma que Aristóteles tinha um conceito mais claramente semelhante à consciência perceptiva.[19]

As definições modernas da palavra nos dicionários evoluíram ao longo de vários séculos e refletem uma série de significados aparentemente relacionados, com algumas diferenças que têm sido controversas, como a distinção entre 'consciência interior' e 'percepção' do mundo físico, ou a distinção entre 'consciente' e 'inconsciente', ou a noção de uma "entidade mental" ou "atividade mental" que não é física. O Cambridge Dictionary define consciência como "o estado de compreensão e realização de algo".[20] O Oxford Living Dictionary define consciência como "o estado de estar consciente e responsivo ao ambiente", "a consciência ou percepção de algo por uma pessoa" e "a consciência de si mesma e do mundo pela mente".[21]

Filósofos tentaram esclarecer as distinções técnicas usando um jargão próprio. Por exemplo, em 1998, a Enciclopédia de Filosofia Routledge define a consciência da seguinte forma:

Consciência—Os filósofos usaram o termo 'consciência' para quatro tópicos principais: conhecimento em geral, intencionalidade, introspecção (e o conhecimento que ela gera especificamente) e experiência fenomenal... Algo dentro da mente de alguém é 'introspectivamente consciente' apenas no caso de alguém introspectá-lo (ou estar preparado para fazê-lo). Muitas vezes acredita-se que a introspecção fornece o conhecimento primário da vida mental. Uma experiência ou outra entidade mental é “fenomenalmente consciente” apenas no caso de haver “algo como” para alguém tê-la. Os exemplos mais claros são: experiência perceptiva, como degustações e visitas; experiências corporais sensacionais, como dores, cócegas e coceiras; experiências imaginativas, como as das próprias ações ou percepções; e fluxos de pensamento, como na experiência de pensar “em palavras” ou “em imagens”. A introspecção e a fenomenalidade parecem independentes ou dissociáveis, embora isto seja controverso.[22]

Metáforas tradicionais para 'mente'

Durante o início de 1800, a geologia estava descobrindo camadas enterradas de história na crosta terrestre, inspirando uma metáfora popular de que a mente também havia escondido "camadas que registravam o passado do indivíduo".[23]:3Em 1875, a maioria dos psicólogos acreditava que "a consciência era apenas uma pequena parte da vida mental"[23]:3 e essa ideia está subjacente ao objetivo da terapia freudiana, de expor a camada inconsciente da mente.

Em 1892, William James observou que a "palavra ambígua 'conteúdo' foi recentemente inventada em vez de 'objeto'" e que a metáfora da mente como um recipiente parecia minimizar o problema dualista de como "estados de consciência podem reconhecer" as coisas, ou objetos;[24]:465 em 1899, os psicólogos estavam ocupados estudando o "conteúdo da experiência consciente por meio da introspecção e da experiência".[25]:365 Outra metáfora popular foi a "doutrina do" fluxo de consciência" de James, com sua continuidade, suas "franjas e transições"".[24]:vii Ele discutiu as dificuldades de descrever e estudar fenômenos psicológicos, reconhecendo que a terminologia comumente usada era um ponto de partida necessário e aceitável para uma linguagem mais precisa e cientificamente justificada. Os principais exemplos foram frases como “experiência interior” e “consciência pessoal”:

O primeiro e mais importante fato concreto que cada um afirmará pertencer à sua experiência interior é o fato de que algum tipo de consciência continua. 'Estados de espírito' se sucedem nele. [...] Mas todos sabem o que os termos significam [apenas] de uma forma aproximada; [...] Quando digo todo 'estado' ou 'pensamento' faz parte de uma consciência pessoal, 'consciência pessoal' é um dos termos em questão. Conhecemos seu significado enquanto ninguém nos pede para defini-lo, mas dar-lhe um relato preciso é a mais difícil das tarefas filosóficas. [...] Os únicos estados de consciência com os quais lidamos naturalmente são encontrados nas consciências pessoais, mentes, eus, eus e vocês particulares concretos.[24]:152-153

Da introspecção à consciência

Na filosofia antes do século XX, a consciência como fenômeno era o 'mundo interior' da 'própria mente' e a introspecção era a mente "atentando" a si mesma,[26]:191–192 uma atividade aparentemente distinta daquela de perceber o 'mundo exterior' e seus fenômenos físicos. Em 1892, William James notou a distinção juntamente com dúvidas sobre o caráter “interior” da mente:

“Coisas” foram postas em dúvida, mas pensamentos e sentimentos nunca foram postos em dúvida. O mundo exterior, mas nunca o mundo interior, foi negado. Todos presumem que temos um conhecimento introspectivo direto da nossa atividade pensante como tal, da nossa consciência como algo interno e contrastado com os objetos externos que ela conhece. Contudo, devo confessar que, de minha parte, não posso ter certeza desta conclusão. ... Parece que a consciência como atividade interna era mais um postulado do que um fato dado sensatamente...[24]:467

Na década de 1960, para muitos filósofos e psicólogos que falavam sobre consciência, a palavra não significava mais o 'mundo interior', mas uma categoria grande e indefinida chamada conscientização, como no exemplo a seguir:

É difícil para o homem ocidental moderno compreender que os gregos não tinham realmente nenhum conceito de consciência, na medida em que não classificavam fenômenos tão variados como a resolução de problemas, a recordação, a imaginação, a percepção, o sentimento de dor, o sonho e a ação, com base em que todas estas são manifestações de estar consciente ou consciente.[27]:4

Muitos filósofos e cientistas têm ficado insatisfeitos com a dificuldade de produzir uma definição que não envolva circularidade ou imprecisão. No Dicionário Macmillan de Psicologia (edição de 1989), Stuart Sutherland enfatizou a consciência externa e expressou mais uma atitude cética do que uma definição:

Consciência - Ter percepções, pensamentos e sentimentos; conhecimento. O termo é impossível de definir, exceto em termos que são ininteligíveis sem uma compreensão do que significa consciência. Muitos caem na armadilha de equiparar consciência com autoconsciência – para estar consciente, é necessário apenas estar ciente do mundo externo. A consciência é um fenômeno fascinante, mas elusivo: é impossível especificar o que é, o que faz ou por que evoluiu. Nada que valha a pena ler foi escrito nele.[28]

Usar “conscientização”, entretanto, como definição ou sinônimo de consciência não é uma questão simples:

Se a consciência do meio ambiente... é o critério da consciência, então até os protozoários são conscientes. Se a consciência da consciência for necessária, então é duvidoso que os grandes símios e as crianças humanas estejam conscientes.[25]

Influência na pesquisa

Muitos filósofos argumentaram que a consciência é um conceito unitário que é compreendido pela maioria das pessoas, apesar da dificuldade que tiveram para defini-la.[29] Max Velmans propôs que a "compreensão cotidiana da consciência" incontroversamente "refere-se à própria experiência e não a qualquer coisa particular que observamos ou experimentamos" e acrescentou que a consciência "é [portanto] exemplificada por todas as coisas que observamos ou experimentamos",[30]:4 sejam pensamentos, sentimentos ou percepções. Velmans observou, no entanto, a partir de 2009, que havia um nível profundo de "confusão e divisão interna"[30] entre os especialistas sobre o fenômeno da consciência, porque os pesquisadores não tinham "um uso suficientemente bem especificado do termo... para concordar que eles estão investigando a mesma coisa".[30]:3

Dentro da comunidade de "estudos modernos da consciência", a frase técnica 'consciência fenomenal' é um sinônimo comum para todas as formas de consciência, ou simplesmente 'experiência',[30]:4 sem diferenciar entre tipos internos e externos, ou entre tipos superiores e inferiores. Com os avanços na pesquisa do cérebro, "a presença ou ausência de fenômenos experimentados"[30]:3 de qualquer tipo está subjacente ao trabalho daqueles neurocientistas que procuram “analisar a relação precisa da fenomenologia consciente com o processamento de informação associado” no cérebro.[30]:10 Este objetivo neurocientífico é encontrar os “correlatos neurais da consciência”. Uma crítica a este objetivo é que ele começa com um compromisso teórico com a origem neurológica de todos os "fenômenos experienciados", sejam eles internos ou externos.[31] Além disso, o fato de que o 'conteúdo da consciência' mais fácil de ser analisado é "o mundo tridimensional experienciado (o mundo fenomênico) além da superfície do corpo"[30]:4 convida a outra crítica, a de que a maior parte da pesquisa sobre a consciência desde a década de 1990, talvez devido a preconceitos, se concentrou em processos de percepção externa.[32]

Do ponto de vista da história da psicologia, Julian Jaynes rejeitou "visões populares, mas superficiais, da consciência"[2]:447 especialmente aqueles que o equiparam a “o mais vago dos termos, a experiência”.[23]:8 Em 1976, ele insistiu que, se não fosse pela introspecção, que durante décadas foi ignorada ou tida como certa em vez de explicada, não poderia haver "concepção do que é a consciência"[23]:18 e em 1990, reafirmou a ideia tradicional do fenômeno denominado 'consciência', escrevendo que "sua definição denotativa é, como foi para Descartes, Locke e Hume, o que é introspectável".[2]:450 Jaynes via a consciência como uma parte importante, mas pequena, da mentalidade humana e afirmou: "não pode haver progresso na ciência da consciência até que ... o que é introspectável é nitidamente distinto"[2]:447 dos processos inconscientes de cognição, como percepção, consciência reativa e atenção, além de formas automáticas de aprendizagem, resolução de problemas e tomada de decisão.[23]:21-47

O ponto de vista da ciência cognitiva — com uma perspectiva interdisciplinar envolvendo campos como psicologia, linguística e antropologia[33] — não requer uma definição consensual de 'consciência', mas estuda a interação de muitos processos além da percepção. Para alguns pesquisadores, a consciência está ligada a algum tipo de "individualidade", por exemplo, a certas questões pragmáticas, como o sentimento de agência e os efeitos do arrependimento[32] e a ação na 'autoexperiência' do próprio corpo ou identidade social.[34] Da mesma forma, Daniel Kahneman, que se concentrou em erros sistemáticos na percepção, memória e tomada de decisão, diferenciou entre dois tipos de processos mentais, ou "sistemas" cognitivos:[35] as atividades "rápidas" que são primárias, automáticas e "não podem ser desligadas";[35]:22 e as atividades "lentas", deliberadas e esforçadas de um sistema secundário "frequentemente associadas à experiência subjetiva de agência, escolha e concentração".[35]:13 Os dois sistemas de Kahneman foram descritos como "correspondendo aproximadamente a processos inconscientes e conscientes".[36]:8Os dois sistemas podem interagir, por exemplo, na partilha do controle da atenção [35]:22 Embora o Sistema 1 possa ser impulsivo, "o Sistema 2 é responsável pelo autocontrole"[35]:26 e "quando pensamos em nós mesmos, nos identificamos com o Sistema 2, o eu consciente e racional que tem crenças, faz escolhas e decide o que pensar e o que fazer."[35]:21

Alguns argumentaram que deveríamos eliminar o conceito da nossa compreensão da mente, uma posição conhecida como semanticismo da consciência.[37]

Na medicina, uma terminologia de "nível de consciência" é usada para descrever a excitação e a capacidade de resposta de um paciente, que pode ser vista como uma série de estados que vão desde total alerta e compreensão, passando por desorientação, delírio, perda de comunicação significativa e, finalmente, perda de movimento em resposta a estímulos dolorosos.[38] Questões de preocupação prática incluem como o nível de consciência pode ser avaliado em pessoas gravemente doentes, em coma ou anestesiadas, e como tratar condições nas quais a consciência está prejudicada ou perturbada.[39] O grau ou nível de consciência é medido por escalas padronizadas de observação de comportamento, como a Escala de Coma de Glasgow.[40]

Ver também

Referências

  1. consciousness. Consultado em 4 de junho de 2012 
  2. a b c d Jaynes, Julian (2000) [1976]. The Origin of Consciousness in the Breakdown of the Bicameral Mind. [S.l.]: Houghton Mifflin. ISBN 0-618-05707-2 
  3. Rochat, Philippe (2003). «Five levels of self-awareness as they unfold early in life» (PDF). Consciousness and Cognition. 12 (4): 717–731. PMID 14656513. doi:10.1016/s1053-8100(03)00081-3. Cópia arquivada (PDF) em 9 de outubro de 2022 
  4. P.A. Guertin (2019). «A novel concept introducing the idea of continuously changing levels of consciousness». Journal of Consciousness Exploration & Research. 10 (6): 406–412. Consultado em 19 de agosto de 2021. Cópia arquivada em 15 de dezembro de 2021 
  5. Hacker, P.M.S. (2012). «The Sad and Sorry History of Consciousness: being, among other things, a challenge to the "consciousness-studies community"» (PDF). Royal Institute of Philosophy. supplementary volume 70. Cópia arquivada (PDF) em 9 de outubro de 2022 
  6. C. S. Lewis (1990). «Ch. 8: Conscience and conscious». Studies in words. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-39831-2 
  7. Thomas Hobbes (1904). Leviathan: or, The Matter, Forme & Power of a Commonwealth, Ecclesiasticall and Civill. [S.l.]: University Press. ISBN 9783932392382 
  8. James Ussher, Charles Richard Elrington (1613). The whole works, Volume 2. [S.l.]: Hodges and Smith 
  9. Barbara Cassin (2014). Dictionary of Untranslatables. A Philosophical Lexicon. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 978-0-691-13870-1 
  10. G. Molenaar (1969). «Seneca's Use of the Term Conscientia». Mnemosyne. 22 (2): 170–180. doi:10.1163/156852569x00670 
  11. a b Boris Hennig (2007). «Cartesian Conscientia». British Journal for the History of Philosophy. 15 (3): 455–484. doi:10.1080/09608780701444915 
  12. Charles Adam, Paul Tannery (eds.), Oeuvres de Descartes X, 524 (1908).
  13. Sara Heinämaa; Vili Lähteenmäki; Pauliina Remes, eds. (2007). Consciousness: from perception to reflection in the history of philosophy. [S.l.]: Springer. pp. 205–206. ISBN 978-1-4020-6081-6 
  14. Locke, John. «An Essay Concerning Human Understanding (Chapter XXVII)». Australia: Universidade de Adelaide. Consultado em 20 de agosto de 2010. Arquivado do original em 8 de maio de 2018 
  15. «Science & Technology: consciousness». Encyclopædia Britannica. Consultado em 20 de agosto de 2010 
  16. Samuel Johnson (1756). A Dictionary of the English Language. [S.l.]: Knapton 
  17. Jaucourt, Louis, chevalier de. "Consciousness." The Encyclopedia of Diderot & d'Alembert Collaborative Translation Project. Translated by Scott St. Louis. Ann Arbor: Michigan Publishing, University of Michigan Library, 2014. Originally published as "Conscience," Encyclopédie ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers, 3:902 (Paris, 1753).
  18. Vimal, RLP; Sansthana, DA (2010). «On the Quest of Defining Consciousness» (PDF). Mind and Matter. 8 (1): 93–121 [ligação inativa]
  19. Caston, Victor (2002). «Aristotle on Consciousness». Mind (PDF). [S.l.]: Oxford University Press. Cópia arquivada (PDF) em 9 de outubro de 2022 
  20. «CONSCIOUSNESS – meaning in the Cambridge English Dictionary». dictionary.cambridge.org. Consultado em 23 de outubro de 2018. Arquivado do original em 7 de março de 2021 
  21. «consciousness – Definition of consciousness in English by Oxford Dictionaries». Oxford Dictionaries – English. Arquivado do original em 25 de setembro de 2016 
  22. Edward Craig (1998). «Consciousness». Routledge Encyclopedia of Philosophy. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-0-415-18707-7 
  23. a b c d e Jaynes, Julian (1976). The Origin of Consciousness in the Breakdown of the Bicameral Mind. [S.l.]: Houghton Mifflin. ISBN 0-395-20729-0 
  24. a b c d James, William (1892). Psychology. Cleveland: Fine Editions Press, World Publishing Co. 
  25. a b Thomas, Garth J. (1967). «Consciousness». Encyclopædia Britannica. 6. 366 páginas 
  26. Landesman, Charles Jr. (1967). «Consciousness». In: Edwards, Paul. The Encyclopedia of Philosophy. 2 Reprint 1972 ed. Macmillan, Inc. pp. 191–195 
  27. Peters, R. S.; Mace, C. A. (1967). «Psychology». In: Edwards, Paul. The Encyclopedia of Philosophy. 7 Reprint 1972 ed. Macmillan, Inc. pp. 1–27 
  28. Stuart Sutherland (1989). «Consciousness». Macmillan Dictionary of Psychology. [S.l.]: Macmillan. ISBN 978-0-333-38829-7 
  29. Michael V. Antony (2001). «Is consciousness ambiguous?». Journal of Consciousness Studies. 8: 19–44 
  30. a b c d e f g Max Velmans (2009). «How to define consciousness—and how not to define consciousness». Journal of Consciousness Studies. 16: 139–156 
  31. Gomez-Marin, Alex; Arnau, Juan (2019). «The False Problem of Consciousness» (PDF). Behavior of Organisms Laboratory 
  32. a b Frith, Chris; Metzinger, Thomas (Março de 2016). «What's the Use of Consciousness? How the Stab of Conscience Made Us Really Conscious». In: Engel. The Pragmatic Turn: Toward Action-Oriented Views in Cognitive Science. [S.l.: s.n.] pp. 193–214. ISBN 9780262034326. doi:10.7551/mitpress/9780262034326.003.0012 
  33. Cohen A.P., Rapport N. (1995). Questions of Consciousness. London: Routledge. ISBN 9781134804696 
  34. Seth, Anil (Março de 2016). «Action-Oriented Understanding of Consciousness and the Structure of Experience». In: Engel. The Pragmatic Turn: Toward Action-Oriented Views in Cognitive Science. [S.l.: s.n.] pp. 261–282. ISBN 9780262034326. doi:10.7551/mitpress/9780262034326.003.0012 
  35. a b c d e f Daniel Kahneman (2011). Thinking, Fast and Slow. [S.l.]: Macmillan. ISBN 978-1-4299-6935-2 
  36. Kuijsten, Marcel (2016). «Introduction». In: Kuijsten, Marcel. Gods, Voices, and the Bicameral Mind: The Theories of Julian Jaynes. Henderson, Nevada: Julian Jaynes Society. pp. 1–15. ISBN 978-0-9790744-3-1 
  37. Anthis, Jacy (2022). «Consciousness Semanticism: A Precise Eliminativist Theory of Consciousness». Biologically Inspired Cognitive Architectures 2021. Col: Studies in Computational Intelligence. 1032. [S.l.: s.n.] pp. 20–41. ISBN 978-3-030-96992-9. doi:10.1007/978-3-030-96993-6_3. Consultado em 7 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 7 de agosto de 2022 
  38. Güven Güzeldere (1997). Ned Block; Owen Flanagan; Güven Güzeldere, eds. The Nature of Consciousness: Philosophical debates. Cambridge, MA: MIT Press. pp. 1–67 
  39. J.J. Fins; N.D. Schiff; K.M. Foley (2007). «Late recovery from the minimally conscious state: ethical and policy implications». Neurology. 68 (4): 304–307. PMID 17242341. doi:10.1212/01.wnl.0000252376.43779.96 
  40. Teasdale G, Jennett B (Julho de 1974). «Assessment of coma and impaired consciousness. A practical scale». The Lancet. 2 (7872): 81–4. PMID 4136544. doi:10.1016/s0140-6736(74)91639-0 

Bibliografia

Ligações externas

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Consciência

Read other articles:

Den här artikeln omfattas av Wikipedias policy om biografier. Den saknar källhänvisningar och kan inte verifieras. (2022-03) Åtgärda genom att lägga till pålitliga källor (gärna som fotnoter). Uppgifter utan källhänvisning kan ifrågasättas och tas bort utan att det behöver diskuteras på diskussionssidan. Joss Whedon Whedon juli 2018.FöddJoseph Hill Whedon23 juni 1964 (59 år)New York, USAÅr som aktiv1989–nutidMakaKai ColeBetydande verk1995 - Toy Story (manus) 1997 - Al...

 

Secretaría de Recursos Naturales y Ambiente LocalizaciónPaís HondurasInformación generalJurisdicción Honduras HondurasTipo ministerioSede Tegucigalpa, M.D.C. OrganizaciónMinistros Lucky MedinaViceministro Malcolm StufkenDepende de Poder Ejecutivo de HondurasDependencias Agencias regionalesHistoriaFundación 1955Sucesión Secretaría de Recursos Naturales y Ambiente (SERNA) (2000-2015) ←Secretaría de Recursos Naturales y Ambiente Sitio web oficial[editar datos en Wikida...

 

House close to the pergola (ul. Tramwajowa 2). As of 2018 it has been refurbished as an info centre and café called INFOWUWA, and is a vibrant meeting place for local Wroclawians. WUWA map (in Polish) One of the WUWA buildings, Zielonego Dębu street WUWA (German: Wohnungs- und Werkraumausstellung, Workplace and House Exhibition) was a building exhibition held in Breslau, Weimar Republic (today Wroclaw, Poland) in 1929. Organized by the Silesian committee of the Deutsche Werkbund, close to t...

1976 Indian filmJyothiTheatrical posterDirected byK. Raghavendra RaoWritten bySatyanandBased onMamatala kovelaby C. Ananda RaoProduced byKranthi KumarStarringMurali MohanJayasudhaGummadiChaya DeviGiribabuRao Gopala RaoJ.V. SomayajuluKrishna KumariShubhaCinematographyA. VincentEdited byV. AnkireddyMusic byK. ChakravarthyRelease date 4 June 1976 (1976-06-04) CountryIndiaLanguageTelugu Jyothi is a 1976 Telugu-language film directed by K. Raghavendra Rao. It is based on the story o...

 

Gunung PulosariTitik tertinggiKetinggian1.346 m (4.416 kaki)Koordinat6°20′31″S 105°58′41″E / 6.342083°S 105.977945°E / -6.342083; 105.977945Koordinat: 6°20′31″S 105°58′41″E / 6.342083°S 105.977945°E / -6.342083; 105.977945 GeografiGunung PulosariLetak Gunung Pulosari di Provinsi BantenLetakPandeglang, Banten, IndonesiaGeologiJenis gunungStratovolcanoLetusan terakhirtidak diketahuiPendakianRute termudahDesa Cilentung...

 

Präsident Franklin D. Roosevelt, ein Gemälde von Frank O. Salisbury, 1947 Der Four Freedoms Award ist eine Auszeichnung, die jährlich an Personen oder Gruppen verliehen wird, welche sich um „Die vier Freiheiten“, die US-Präsident Franklin D. Roosevelt in seiner Rede vor dem amerikanischen Kongress am 6. Januar 1941 beschworen hat, verdient gemacht haben.[1] In ungeraden Jahren wird der Preis in Hyde Park, New York, vom „Franklin and Eleanor Roosevelt Institute“ an US-Ameri...

Dubai government entity Mohammed bin Rashid Space Centre (MBRSC)MBRSC official logoAgency overviewFormed6 February 2006 (as EIAST)JurisdictionEmirate government of DubaiHeadquartersDubai, United Arab EmiratesAgency executiveYousuf Hamad Alshaibani, Director GeneralWebsitewww.mbrsc.ae The Mohammed bin Rashid Space Centre (MBRSC; Arabic: مركز محمد بن راشد للفضاء, romanized: markaz Muḥammad bin Rāshid lil-faḍāʾ) is a Dubai government organisation working on the UA...

 

天主教法國東方禮教長區Galliae教会管区 基本信息教座位置法國禮儀形式拜占庭礼創設時間1954年首長職銜教長教務首長教區主教安德烈·万-特鲁瓦 枢机統計資料教友人數125,000 天主教法國東方禮教長區(拉丁語:Galliae)是阿根廷一個東儀天主教教區,直屬聖座。成立於1954年6月15日[1],服務除了馬龍尼禮教會、烏克蘭希臘禮和亞美尼亞禮教會以外共七種禮儀形式的東方...

 

  لمعانٍ أخرى، طالع بوليفار (توضيح). بوليفار معلومات شخصية الميلاد 16 أغسطس 1980 (43 سنة)[1]  سانتا كروز دو سول  الطول 1.85 م (6 قدم 1 بوصة) مركز اللعب مدافع الجنسية البرازيل  معلومات النادي النادي الحالي شابيكوينسي (مؤقت) مسيرة الشباب سنوات فريق 1997–1998 Esporte Clube ...

FolkestoneFolkestone Racecourse logoLocationWestenhanger, KentOwned byArena Leisure PlcScreened onAt The RacesCourse typeFlatNational HuntOfficial website Grandstand seen from the station Folkestone Racecourse was a thoroughbred horse racing venue in southeast England, until it closed in 2012. It is located in Westenhanger, by junction 11 of the M20 motorway and about 6 miles (9.7 km) west of Folkestone. The course remains closed and all running rail and steeplechase fences have been rem...

 

1982 film by Sidney Poitier Hanky PankyTheatrical release posterDirected bySidney PoitierWritten byHenry RosenbaumDavid TaylorProduced byMartin RansohoffStarring Gene Wilder Gilda Radner Kathleen Quinlan Richard Widmark Johnny Brown CinematographyArthur J. OrnitzEdited byHarry KellerMusic byTom ScottProductioncompanyColumbia PicturesDistributed byColumbia PicturesRelease date June 4, 1982 (1982-06-04) Running time110 minutesCountryUnited StatesLanguageEnglishBudget$14 million&#...

 

Coordenadas: 41° 32' 11 N 6° 57' 22 O  Portugal Macedo de Cavaleiros    Freguesia   Gentílico Macedense Localização Macedo de CavaleirosLocalização de Macedo de Cavaleiros em Portugal Coordenadas 41° 32' 11 N 6° 57' 22 O Região Norte Sub-região Terras de Trás-os-Montes Distrito Bragança Município Macedo de Cavaleiros Código 040520 Administração Tipo Junta de freguesia Características geográficas Área total 15,34...

Election in Pennsylvania Main article: 1988 United States presidential election 1988 United States presidential election in Pennsylvania ← 1984 November 8, 1988 1992 →   Nominee George H. W. Bush Michael Dukakis Party Republican Democratic Home state Texas Massachusetts Running mate Dan Quayle Lloyd Bentsen Electoral vote 25 0 Popular vote 2,300,087 2,194,944 Percentage 50.70% 48.39% County Results Bush   50-60%  60-70% &...

 

Not to be confused with Armenian Airlines, Armenian Airlines (1991), or Armenia Aircompany. Airline of Armenia Armenia Airways Արմենիա Էյրվեյզ IATA ICAO Callsign 6A AMW ARMENIA Founded2013 (2013)AOC #063Operating basesZvartnots International AirportFleet size2Destinations4HeadquartersYerevan, ArmeniaWebsitearmeniaairways.am Armenia Airways (Armenian: Արմենիա Էյրվեյզ) is an Armenian carrier based at Zvartnots International Airport in Yerevan, Armenia. It w...

 

Municipal building in Buxton, Derbyshire, England Town HallBuxton Town HallGeneral informationTown or cityBuxton, DerbyshireCountryEnglandCoordinates53°15′23″N 1°54′49″W / 53.2564°N 1.9136°W / 53.2564; -1.9136Elevation319mConstruction started1887Completed1889Design and constructionArchitect(s)William PollardDesignations Listed Building – Grade IIDesignated31 January 1997Reference no.1259171 Buxton Town Hall was opened in 1889 on the Market Place in B...

Mohamad MurazWali Kota Sukabumi ke-21Masa jabatan2013–2018PresidenSusilo Bambang YudhoyonoJoko WidodoGubernurAhmad HeryawanWakilAchmad FahmiPendahuluMokh. Muslikh AbdussyukurPenggantiAchmad Fahmi Informasi pribadiLahir6 Mei 1956 (umur 67)Sukabumi, Jawa BaratKebangsaanIndonesiaPartai politikPartai Demokrat (Indonesia)Suami/istriEsih Setiasih Muraz, SEAnakOlga Pragosta, SHAlma materSTH Pasundan Sukabumi, Magister Manajemen di Universitas Padjadjaran BandungProfesiBirokrat dan Politik...

 

Chinese oolong tea Not to be confused with Tieluohan, another type of oolong tea from Fujian province. Tieguanyin鐵觀音TypeOolongOther namesIron Goddess, Iron Guanyin, Ti Kuan Yin, Tiet Kwun YumOriginAnxi County at Fujian in ChinaQuick descriptionThe harvests in spring (also known as Jade) and autumn are most prized for the fruity, sometimes even berry taste and aromaTemperature90–95 °C (194–203 °F) Statue of Guanyin at Mount Putuo, Zhejiang, China Tieguanyin (simplified Ch...

 

Kepulauan LakadewaKepulauan KannanurKepulauan Kepulauan Lakadewa (India)Peta Kepulauan dari tahun 1800NegaraIndiaNegara bagianLakshadweepDistrikLakshadweepLuas • Total17,5 km2 (68 sq mi)Bahasa • ResmiMalayalamZona waktuUTC+5:30 (IST)Pelat kendaraanLD Kepulauan Lakadewa atau Kepulauan Kannanur adalah salah satu dari tiga kepulauan di wilayah persatuan Lakshadweep di India. Kepulauan ini merupakan kepulauan utama di Lakshadweep. Di kepulauan ini terdapat p...

Unión Internacional de Estudiantes Acrónimo IUSTipo estudiantil universitariaFundación 27 de agosto de 1946, 77 añosSede central República Checa República Checa, Praga 17.º Calle de noviembre 110 01 Praga 01Sitio web Página oficial del IUS[editar datos en Wikidata] La Unión Internacional de Estudiantes (en inglés International Union of Students, IUS) es una organización internacional que agrupa las organizaciones estudiantiles. Fundada el 27 de agosto de 1946 en...

 

ХібралеонGibraleón Герб {{{official_name}}}ГербFlag of {{{official_name}}}ПрапорМуніципалітетКраїна  ІспаніяАвтономна спільнота АндалусіяПровінція УельваКоординати 37°22′01″ пн. ш. 6°58′01″ зх. д. / 37.367° пн. ш. 6.967° зх. д. / 37.367; -6.967Координати: 37°22′01″ пн. ш. 6...

 

Strategi Solo vs Squad di Free Fire: Cara Menang Mudah!