Clodiano foi eleito pretor por volta de 75 a.C.[6] e suas ligações com Pompeu asseguraram sua eleição para o consulado em 72 a.C.[7] Imediatamente Clodiano começou a proteger os interesses de seu protetor, apresentando uma lei para validar as concessões de cidadania romana feitas por Pompeu[a] durante sua campanha na Hispânia. Ele e seu colega, Lúcio Gélio Publícola, também asseguraram que nenhum cidadão romano nas províncias poderia ser julgado in absentia por uma pena capital — uma tentativa de proteger Estênio de Termas das maquinações de Caio Verres na Sicília.[9][10] Finalmente, Clodiano propôs ainda uma lei, repelida pelo ditadorSula, para exigir o pagamento dos que haviam comprado propriedades confiscadas dos que sofreram durante as proscrições sulanas.[11][12]
Porém, o grande evento de seu consulado foi a revolta de Espártaco e a irrupção da Terceira Guerra Servil. Depois de conseguir diversas vitórias sobre algumas forças romanas mal-preparadas, o Senado finalmente reconheceu Espártaco como uma ameaça série e enviou os dois cônsules para enfrentar o exército de escravos com quatro legiões.[13] Publícola marchou para o norte perseguindo as forças de Espártaco[14] e Clodiano moveu-se para interceptá-lo, com o objetivo de tentar aprisionar Espártaco entre os dois exércitos. O exército de escravos de Espártaco destruiu as duas legiões de Clodiano nos Apeninos (perto da moderna Pistoia), num vale chamado Lêntula.[15] Espártaco então se virou e derrotou as outras duas legiões de Publícola.[16] Reunindo o que restou de suas respectivas forças, os dois cônsules foram novamente derrotados perto de Piceno.[17][14]
Humilhados por estas derrotas, logo depois, no início do outono, Publícola e Clodiano foram sacados do comando pelo Senado Romano e a direção da guerra foi entregue a Crasso.[18][19] Este revés na carreira de Clodiano foi, porém, temporário. Com o apoio de Pompeu, os dois foram nomeados censores em 70 a.C.[20] e deram início a um expurgo sistemático do Senado Romano, removendo cerca de 64 senadores, entre eles diversos ligados ao julgamento de Opiânico, além de outras importantes figuras da política romana na época, como Caio Antônio Híbrida e Públio Cornélio Lêntulo Sura[21] (a maioria deles foi depois inocentados pela corte e reassumiram suas funções).[22][23] Eles identificaram 910 000 cidadãos[b] e possivelmente nomearam Mamerco Emílio Lépido Liviano como príncipe do senado.[25]
Embora Clodiano tenha sido um notável orador, dizia-se que ele escondia sua falta de talento com sua teatralidade e sua boa voz.[27][29] Teve um filho, de mesmo nome, foi enviado com Quinto Cecílio Metelo Crético e Lúcio Flaco ao território dos helvécios.[30]
Broughton, T. Robert S. (1952). The Magistrates of the Roman Republic. Volume II, 99 B.C. - 31 B.C. (em inglês). Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
Holmes, T. Rice, The Roman Republic and the Founder of the Empire, Vol. I (1923)
Syme, Ronald, The Roman Revolution, Clarendon Press, Oxford, 1939.
Anthon, Charles & Smith, William, A New Classical Dictionary of Greek and Roman Biography, Mythology and Geography (1860).
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