Cinnamomum camphora (L.) J. Presl, conhecida pelo nome comum de canforeira, é uma árvore de grande porte, que pode atingir os 20 m de altura, pertencente à família Lauraceae e ao género Cinnamomum,[1][2] o mesmo da árvore que produz a canela. Esta árvore é nativa do Extremo Oriente, particularmente do Taiwan, do Japão e da China meridional. A espécie é rica em óleos essenciais, sendo cultivada como árvore ornamental e para produção de cânfora.
Descrição
Cinnamomum camphora é uma grande árvore (megafanerófito) de folha perene, com ramos frágeis que alcançam os 20 metros de altura.
As folhas são de filotaxia alterna, pecioladas, de forma ovalada, coriáceas e acuminadas, de coloração verde brilhante e com três nervuras principais. As folhas apresentam nas axilas umas pequenas glândulas.
As flores são brancas amareladas e ocorrem em maio-junho, agrupadas em panículascorimbosas dispostas nas suas axilas. O fruto é uma baga em forma de globo de coloração avermelhada que se torna negro quando amadurece.
A espécie apresenta uma fitoquímica complexa, rica em princípios activos. O óleo de cânfora é obtido por destilação a vapor da madeira desta espécie.
A espécie Cinnamomum camphora foi inicialmente descrita por Lineu, como Laurus camphora, sendo incluída no género Cinnamomum por Jan Svatopluk Presl em texto publicada em O přirozenosti rostlin aneb rostlinář 2: 47. 1825.[3]
Esta árvore é a origem da cetona conhecida como cânfora (C10H16O), uma substância branca, cristalina, com um forte odor característico e obtida a partir da seiva. A extracção é feita pela oxidação do pineno (parte principal da essência de terebentina). É uma combinação acíclica. Apresenta-se em grandes massas brancas, grano-cristalinas, translúcidas de cheiro particular penetrante e de um sabor um tanto amargo. É pouco solúvel na água, dissolvendo-se facilmente no álcool, éter e demais solventes orgânicos. Volatiliza-se desde a temperatura comum. É usada na fabricação de celulóide e de pólvora sem fumo.
↑Berdonces i Serra. Gran Enciplopedia de Plantas Medicinales (ISBN 84 305 8496-X).
Bibliografia
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