Cichla ocellaris, popularmente conhecido como tucunaré, tucunaretinga, lucunari e lacunari, é peixe teleósteo, perciforme, da família Cichlidae. Seu habitat natural é a Amazônia. É prateado, com o dorso negro. No Brasil, existem pelo menos 12 espécies de tucunarés, sendo cinco descritas. O colorido, a forma e o número de manchas variam bastante de espécie para espécie; porém, todos os tucunarés apresentam uma mancha redonda, chamada de ocelo, no pedúnculo caudal.[1]
Etimologia
"Tucunaré" provém do termo tupi tukuna'ré.[1] "Tucunaretinga" vem do termo tupi para "tucunaré pequeno ".[2]
Descrição
Os tucunarés são peixes de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e um metro. Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal e são peixes ósseos. Possui nadadeira caudal homocerca, nadadeira dorsal, sendo duas dorsais contíguas, nadadeira peitoral, ventral e um tronco torácico. Possui três faixas negras transversais ao corpo. A nadadeira dorsal é escura com manchas amareladas. A base da nadadeira caudal possui uma mancha negra marginada de amarelo.
Biologia
Alimentação
Seus hábitos alimentares variam ao longo da vida. Nos primeiros 30 dias de vida, as larvas se alimentam de plâncton. A partir do segundo mês, começam a ingerir larvas de insetos. Quando os alevinos chegam ao terceiro mês, já se alimentam de pequenos peixes e camarões. A partir do quinto ou sexto mês se alimenta exclusivamente de peixes vivos.
Reprodução
O processo de reprodução começa antes do acasalamento, pois o macho costuma limpar cuidadosamente o local escolhido para a desova, com o auxílio da boca e de suas nadadeiras. Quando as larvas nascem, os pais possuem cuidados parentais, fazendo ninhos e cuidando dos filhotes, comportamento incomum entre outras espécies.
Habitat
Esse peixe é espécie sedentária, que não realiza migrações, e vive em lagos, lagoas e na boca e beira dos rios. Durante a cheia, é comum encontrá-los na mata inundada. Ele é originário das Bacias Amazônicas e Araguaia-Tocantins e foi introduzido nos reservatórios da Bacia da Prata, em algumas áreas do Pantanal, no Rio São Francisco e nos açudes do Nordeste.
Referências
- ↑ a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 725
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 678