Cem Anos de Solidão (série de televisão)

Cem Anos de Solidão (série de televisão)
Produção
Diretores
Editores
  • Irene Blecua
  • Miguel Schverdfinger

Cem Anos de Solidão (do espanhol: Cien años de soledad), é uma série de tv colombiana de realismo mágico baseada no romance de 1967 de mesmo nome escrito por Gabriel García Márquez. A série será dividida em dezesseis episódios na Netflix, com os oito primeiros lançados no dia 11 de dezembro de 2024.

Elenco

  • Diego Vásquez como José Arcadio Buendía
  • Marco Antonio González Ospina como o jovem José Arcadio Buendía
  • Marleyda Soto como Úrsula Iguarán
  • Susana Morales Cañas como a jovem Úrsula
  • Claudio Cataño como Coronel Aureliano Buendía
  • Jerónimo Echeverría Monsalve como Aureliano criança
  • Jerónimo Barón Lyentsova como Aureliano adolescente
  • Santi Vásquez como o Aureliano jovem
  • Loren Sofía como Amaranta
  • Luna Ruiz Jiménez como a Amaranta jovem
  • Janer Villarreal como Arcadio
  • Juan Eduardo Florido como Arcadio jovem
  • Akima como Rebeca
  • Nicole Montenegro Sánchez como Rebeca jovem
  • Viña Machado como Pilar Ternera
  • Moreno Borja como Melquíades
  • Ruggero Pasquarelli como Pietro Crespi
  • Édgar Vittorino como José Arcadio
  • Thiago Padilla como José Arcadio criança
  • Andrius Leonardo Soto como José Arcadio adolescente
  • Helber Sepúlveda Escobar como Prudencio Aguilar
  • Jairo Camargo como Apolinar Moscote
  • Jacqueline Arenal como Leonor Moscote
  • Cristal Aparicio como Remedios Moscote
  • Ella Becerra como Petronila
  • Salvador del Solar como General Moncada

Episódios

No. Título Diretor Data de lançamento original
1 "Macondo" Alex García López 11 de dezembro de 2024
Os primos José Arcadio Buendía e Úrsual Iguarán casam-se contra a vontade de suas famílias. Inicialmente, Úrsula se recusa a consumar o casamento, temendo que seus filhos nasçam com má-formações. Após José Arcadio matar Prudencio Aguilar num duelo, ele e Úrsula passam a ser assombrados pelo fantasma de Prudencio, forçando-os a deixar a cidade e encontrar um novo lar. Enquanto José Arcadio, Úrsula e vários de seus amigos caminham pela natureza, Úrsula entra em trabalho de parto e dá à luz a um menino chamado José Arcadio. Eles acabam estabelecendo a pequena vila de Macondo, onde são visitados por Melquíades e seu bando de ciganos. Com as invenções de Melquíades, José Arcadio se retrai, mergulhando na ciência e na exploração, enquanto Úrsula dá à luz um segundo filho, Aureliano.
2 "Parece com um terremoto" Alex García López 11 de dezembro de 2024
Macondo cresce e vira uma pequena cidade. Os ciganos retornam e Melquíades apresenta a alquimia a José Arcadio, fazendo-o se retrair ainda mais em suas obsessões. Quando os ciganos retornam uma vez mais, eles informam a José Arcadio que Melquíades está morto. Úrsula dá à luz a uma terceira criança, uma filha chamada Amaranta. Enquanto isso, seu filho mais velho, José Arcadio, é molestado por Pilar Ternera, que logo engravida. Apesar disso, ele se apaixona por uma jovem cigana e foge com ela, deixando Pilar e sua família com o coração partido. Úrsula passa cinco meses procurando seu filho, mas retorna após descobrir civilização no outro lado do pântano. Pilar dá à luz a um menino, Arcadio, e José Arcadio e Úrsula o criam como se fossem seu próprio filho.
3 "Um Daguerreótipo de Deus" Alex García López 11 de dezembro de 2024
Após a partida de seu irmão, Aureliano se isola, passando seus dias no laboratório de seu pai. Rebeca, uma jovem órfã , chega à casa dos Buendía carregando um saco com os ossos de seus pais. Inicialmente, ela é selvagem, mas rapidamente se insere na família, fazendo com que Amaranta fique com ciúmes. No entanto, Rebeca logo fica doente com a praga da insônia, que se espalha por toda a cidade. À medida que a praga piora, os moradores começam a experimentar amnésia, levando a cidade ao caos, mas Melquíades retorna dos mortos com um antídoto que cura todos rapidamente.

Anos depois, Melquíades mostra aos Buendías o daquerreótipo, e José Arcadio fica obcecado em usá-lo para capturar a imagem de Deus. Pietro Crespi chega à casa dos Buendía para instalar a pianola, e tanto Rebeca quanto Amaranta competem por suas afeições. O governo colombiano nomeia Moscote como magistrado de Macondo, irritando José Arcadio.

4 "O Castanheiro" Alex García López 11 de dezembro de 2024
José Arcadio e seus homens expulsam Apolinar Moscote da cidade, mas ele logo retorna com sua família e um bando de soldados. Aureliano se apaixona pela filha mais nova de Apolinar, Remedios, enquanto Rebeca troca cartas de amor com Pietro. Após uma noite fora com seus amigos, Aureliano desmaia e perde a virgindade com Pilar. Pietro pede a mão de Rebeca em casamento, para desapontamento de Amaranta, que começa a se automutilar e ameaçar suicídio. Aureliano pede a mão de Remedios em casamento, mas deve esperar até que ela atinja a maioridade. Melquíades morre, deixando Macondo num período de luto. Para lidar com a morte de Melquíades, José Arcadio mergulha novamente na ciência e, gradualmente, cai na insanidade. Quando ele se torna violento e destrutivo, os homens o amarram num castanheiro no quintal de sua casa.
5 "Remedios Moscote" Alex García López 11 de dezembro de 2024
Aureliano e Remedios se casam, enquanto o casamento de Rebeca com Pietro é adiado. Como nora, Remedios traz doçura e alegria ao lar dos Buendía, atendendo inclusive José Arcadio, que permanece amarrado à árvore e só fala em latim. Pilar dá à luz ao filho de Aureliano, Aureliano José. Aureliano e Remedios o criam como se fosse seu próprio filho. Apesar da história secular de Macondo, os Moscotes financiam a construção de uma igreja na cidade. Apolinar convence Arcadio a supervisionar a escola de Macondo, o que lhe dá um propósito. Sem saber sobre seu parentesco, ele tenta estuprar Pilar, mas ela, em vez disso, arranja para ele fazer sexo com Santa Sofía de la Piedad, uma jovem virgem. Remedios fica grávida de gêmeos, mas morre de uma infecção no sangue. A família entre num período de luto que é interrompido pelo retorno do filho mais velho dos Buendía, José Arcadio.
6 "Coronel Aureliano Buendía" Laura Mora 11 de dezembro de 2024
7 "Arcadio e o Paraíso Liberal" Alex García López 11 de dezembro de 2024
8 "Tantas Flores Caíram do Céu" Alex García López 11 de dezembro de 2024

Produção

Desenvolvimento

A Netflix adquiriu os direitos de One Hundrer Years of Solitude [No Brasil: "Cem Anos de Solidão"] em março de 2019. Antes da morte de Gabriel García Márquez em 2014, ele tinha se recusado a vender os direitos do romance, pois não acreditava que as restrições de tempo de um filme fossem suficientes para uma adaptação adequada. A série foi filmada com o apoio da família de Gabriel García Márquez, que solicitou que fosse filmada na Colômbia, com atores colombianos e em espanhol. Os produtores exploraram vários locais na Colômbia, incluindo Cali, Vilavicencio, Girardot, Palomino, Santa Marta e Barranquilla.


"Como cineasta, como colombiana, foi uma honra e um enorme desafio trabalhar num projeto da complexidade e responsabilidade de "Cem Anos de Solidão", sempre tentando entender a diferença entre a linguagem literária e a audiovisual, para poder construir imagens que contenham algo da beleza, poesia e profundidade de uma obra que impactou o mundo inteiro. Fizemos isso com amor e respeito ao romance, com a ajuda de uma equipe técnica e humana excepcional". - Laura Mora.

Elenco

O elenco foi escolhido por meio de uma chamada aberta em meados de 2022. A equipe de elenco viu mais de 10 mil candidatos para os 25 papeis principais. Apenas 30% do elenco é composto por atores profissionais. Além do elenco principal, 20 mil figurantes também foram selecionados para as filmagens. Os nomes dos atores do elenco foram parcialmente vazados em 26 de abril de 2023.

Filmagens

As filmagens principais aconteceram de maio a dezembro de 2023. A série foi filmada inteiramente na Colômbia, especificamente em La Guajira, Magdalena, Cesar, Cundinamarca e Tolima. A cidade fictícia de Macondo foi construída perto de Alvarado e exigiu o trabalho de 1.100 trabalhadores. Quatro versões da cidade foram construídas para mostrar a passagem do tempo, conforme a série avançava. Os produtores compraram móveis de lojas de antiguidades locais e mandaram fazer tecidos e artefatos por artesões locais para os cenários. As filmagens exigiram uma equipe de quase 600 pessoas, todas da Colômbia.

A Netflix informou que a produção da série gerou 225 bilhões de COP (US$ 51,8 milhões) para a economia da Colômbia.

Lançamento

Uma exposição promocional da série na Feira Internacional do Livro de Guadalajara em dezembro de 2024

Um teaser trailer da primeira temporada foi lançado em 17 de abril de 2024. Fotos promocionais foram lançadas em 18 de outubro de 2024.

Os dois primeiros episódios tiveram sua estreia no Círculo de Bellas Artes de Madri em 22 de novembro de 2024. O primeiro episódio da série foi exibido na Biblioteca Vasconcelos na Cidade do México em 28 de novembro de 2024. Seus dois primeiros episódios foram exibidos no Festival de Cinema de Havana em 6 de dezembro de 2024.

A primeira temporada, composta por oito episódios, foi lançada integralmente na Netflix em 11 de dezembro de 2024. Uma segunda temporada, também composta por oito episódios, está sendo planejada.

Receptividade

No site agregador de críticas Rotten Tomatoes [site norte-americano agregador de críticas de filmes e programas de televisão], 83% das 24 avaliações dos críticos foram positivas, com uma classificação média de 7,7/10. O consenso do site diz: "Cem Anos de Solidão realiza fielmente o romance seminal de Gabriel García Márquez com polimento suntuoso, criando uma adaptação que é nada menos que mágica". No Metacritic [site norte-americano de revisão de filmes], houve uma pontuação média ponderada de 79 em 100, com base em 11 críticos, indicando avaliações "geralmente favoráveis".

Keith Watson do The Telegraph [jornal online britânico] avaliou a série com cinco estrelas de cinco, chamando-a de uma "abordagem fiel, mas não excessivamente reverente de Márquez". Ele elogiou as performances do elenco, especialmente as de Marleyda Soto e Claudio Cataño. Helen Coffey do The Independent [jornal online britânico] chamou a série de "quase perfeita" e "nada menos que milagrosa". Ela elogiou os criadores da série por permanecerem fieis ao material de origem enquanto criavam "uma peça da narrativa visualmente deslumbrante". Ela também elogiou o elenco, o roteiro, a cinematografia e a música. Julio Ricardo Varela da MSNBC [canal de notícias norte-americano] escreveu que a série oferece "inúmeros momentos de brilhantismo que provam que criar arte a partir de outras obras de arte ainda é possível". Ele elogiou as performances de todo o elenco, especialmente as de Soto, Cataño e Marco Antonio González, e destacou o cuidado dedicado à produção da série. Judy Berman, da Time [revista de notícias norte-americana] escreveu: "Considerando a dificuldade da tarefa, é notável o quão perto do esplêndido está "Cem Anos de Solidão" da Netflix... chega de recriar não apenas a substância, mas também o espírito cinético do livro". Ela apontou que a série transmitiu com sucesso a história do romance sem simplificar demais seus temas principais, incluindo os "aspectos feios, mas simbolicamente significativos da história, da automutilação ao incesto". Ela elogiou o valor da produção, a direção e a cinematografia da série.

Daniel Fienberg do The Hollywood Reporter [revista norte-americana da indústria do entrentenimento] chamou a série de "uma adaptação deslumbrante e ambiciosa" do romance, que é "honrosa e bonita, se não sem falhas". Ele observou que muito do conteúdo da série foi retirado literalmente do romance, o que "nem sempre funciona" quando atuado na tela e que "tudo funciona melhor quando o show está em seu momento mais figurativo e menos literal". Ele elogiou a direção de García López e Mora, chamando a série de "bela, às vezes, lírica e viva, e repleta de ideias visuais e intelectuais". Ele finalmente conclui que "Cem Anos de Solidão pode não ser tão bom quanto Underground Railroad [no Brasil: "Os Caminhos Para a Liberdade". Livro escrito por Colson Whitehead adaptado para a TV na minissérie de mesmo nome produzida pela PrimeVideo] ou mesmo Station Eleven [no Brasil: "Estação Onze". Livro escrito por Emily St. John Mandel, adaptado para a TV na minissérie de mesmo nome produzida pela HBO], mas é um final digno e admirável para um ano de adaptações de prestígio frequentemente excepcionais". Aramide Tinubu, da Variety [companhia de mídia norte-americana], chamou a série de "primorosamente detalhada e em camadas de simbolismo intrincado" e "uma das adaptações para tela mais fieis dos últimos anos". Ela elogiou as performances do elenco como "excepcionais", mas notou que certas sequências pareciam densas. Embora ela sentisse que o ritmo da série parecia "muito deleixado às vezes", ela notou que "a beleza de "Cem Anos de Solidão" permite que o espectador absorva cada quadro e momento intricadamente curados". Carly Lane do Collider [publicação digital de entrentenimento] chamou a série de "uma obra-prima por si só" e escreveu: " A série em espanhol não apenas dá nova vida ao romance supostamente infilmável de Márquez, mas também tem sucesso como um triunfo da produção cinematográfica impressionante e uma história épica que abrange várias gerações da malfadada família Buendía". Ela elogiou os visuais de Paulo Pérez e Mária Sarasvati, o design de produção de Eugenio Caballero e Bárbara Enríquez e a atuação do conjunto.

Jack Seale, do The Guardian [jornal diária britânico], avaliou a série com três estrelas de cinco, escrevendo que "pode ter dificuldades com as políticas sexuais problemáticas do romance, mas é uma adaptação grande e linda". Ed Potton, do The Times [jornal britânico nacional], avaliou a série com duas estrelas de cinco, chamando-a de "linda, mas letárgica" e escreveu que "falta a vibração e a energia do romance". Ele elogiou o design de produção de Caballero e Enríquez, mas observou que a série teve dificuldades para traduzir o realismo mágico para a tela.

Referências

Strategi Solo vs Squad di Free Fire: Cara Menang Mudah!