Em mãos portuguesas, estes reforçaram e melhoraram-lhe as defesas construindo novos panos de muralhas e reforçando-lhe os baluartes tornando-o numa fortaleza quase que inexpugnável. Por essa razão, as tropas espanholas prepararam-se para ocupar a Monção, contornando a cabeça de ponte em Salvaterra e cercando o castelo com as fortificações de Santiago de Aitona, Filaboa, e a Atalaia de San Pablo de Porto.
A Fortaleza de Fillaboa, ainda em obras, foi assaltada e arrasada por 2.000 infantes e 50 cavaleiros portugueses, sendo reerguida imediatamente pelos espanhóis. A Atalaia de San Pablo, poucos meses após ser concluída, também foi atacada e destruída pelos portugueses, para ser reconstruída pelos espanhóis.
De qualquer modo, este conjunto de forticações cumpriu o seu papel ao permitir a investida espanhola sobre Monção, apoiada pela artilharia do Forte de Santiago de Aitona, que veio a cair em 7 de Fevereiro de 1659. As tropas portuguesas, completamente cercadas em Salvaterra, capitularam dez dias depois ao marquês de Viana.
Com a vitória, as fortificações auxiliares passaram a se constituir em um perigo. Desse modo, a Junta de Guerra determinou a demolição das duas primeiras (29 de Maio de 1659), permanecendo apenas a Atalaia.
Em nossos dias, o concelho de Salvaterra de Minho adquiriu a sua propriedade e iniciou um plano de reabilitação ainda não concluído. Ainda assim, encontra-se em bom estado de conservação, aberto à visitação pública como espaço cultural. Integra o Programa Fortrans, aprovado em 2006, com o objetivo da recuperação e valorização das fortalezas fronteiriças, em ambas as margens do rio Minho.
Características
O conjunto ocupa uma superfície de 9.700 metros quadrados, compreendido pelo recinto murado com as suas guaritas, a Casa do Conde, o Paço de Dona Urraca e a Capela da Virgem da Oliva. Do século XII conservam-se as chamadas Covas de Dona Urraca, com a sua escada em caracol.
A Capela da Virgem da Oliva apresenta planta retangular e é recoberta com telha árabe em várias vertentes. Aparece brasonada com uma representação da Virgem e é coroada por uma cruz e pináculos em estilo barroco com bolas.
Bibliografia
(em galego) BOGA MOSCOSO, Ramón (2003). Guía dos castelos medievais de Galicia, págs. 264-265. Guías Temáticas Xerais. Edicións Xerais de Galicia, S.A. [S.l.: s.n.] ISBN84-9782-035-5