O canal Vistula Spit (em polonês/polaco: Kanał przez Mierzeję Wiślaną), oficialmente conhecido como canal de navios Nowy Świat (em polonês/polaco: Kanał żeglugowy Nowy Świat),[1] é um canal que atravessa a seção polonesa do Vistula Spit que cria uma segunda conexão entre a Lagoa do Vístula e o Golfo de Gdańsk. Esse canal permite que os navios entrem na Lagoa do Vístula e no porto de Elbląg sem ter que depender do Estreito Russo de Baltiysk, poupando 100 quilômetros (62 mi) em sua jornada. Sua construção foi iniciada em fevereiro de 2019. O canal posui 1,305 m (4,281 ft) de comprimento e permite a passagem de navios de calado de até 4 m (13 ft), com comprimento de até 100 m (330 ft) e boca de até 20 m (66 ft).[2]
O canal foi inaugurado oficialmente em 17 de setembro de 2022. Há a previsão de outras obras que continuarão para expansão futura.[3][4][5]
O canal está localizado entre as aldeias de Skowronki e Przebrno, no local de um assentamento abandonado chamado Nowy Świat, daí o seu nome oficial.
As obras começaram em fevereiro de 2019 com o corte de árvores, que foi concluído de 15 a 20 de fevereiro de 2019. A extração de madeira e a remoção de galhos deveriam ser concluídas até o final de março.[2]
A primeira das duas pontes sobre o canal, a sul, foi concluída em junho de 2021. Fica na estrada que liga Krynica Morska e Stegna.[7]
Custos
Foi assinado um contrato com um consórcio polaco-belga em outubro de 2019 para construir o canal a um custo de 992 milhões de PLN (230 milhões de euros). O custo total do projeto deverá ser de 2 bilhões de PLN.[8]
Preocupações
A Federação Russa opôs-se fortemente ao canal por razões ambientais e de segurança alegando que uma vez que o canal poderia permitir que navios de guerra da OTAN entrassem na Lagoa do Vístula sem passar perto das instalações militares russas em Baltiysk isto supostamente representaria uma ameaça direta à segurança de Kaliningrado e a Federação Russa como um todo.[9]
As preocupações ambientais foram expressas por ativistas ambientais na Europa e na Polónia, o que não impediu o projeto.
Segundo a bióloga marinha Dra Agata Błaszczyk, há preocupações quanto à eutrofização da lagoa que era quase fechada, resultando em fortes proliferações de cianobactérias, que por sua vez contribuem para a proliferação de algas na lagoa, conferindo-lhe uma cor esverdeada distinta em comparação com o resto do Mar Báltico. Especulava-se que a nova via navegável contribuiria para a mobilidade dos sedimentos, resultando possivelmente em alterações na ecologia das áreas adjacentes do Mar Báltico, com consequências desconhecidas. A preocupação é que as cianobactérias da lagoa sejam diferentes das do mar aberto, com maior toxicidade.[10]