Cabeça Dinossauro

Cabeça Dinossauro
Cabeça Dinossauro
Álbum de estúdio de Titãs
Lançamento 25 de junho de 1986 (1986-06-25)[1]
Gravação Março–abril de 1986
Estúdio(s) Nas Nuvens, Rio de Janeiro
Gênero(s)
Duração 38:41
Gravadora(s) WEA
Produção Liminha, Pena Schmidt, Vitor Farias[5][1]
Cronologia de Titãs
Singles de Cabeça Dinossauro
  1. "AA UU"
    Lançamento: 1986
  2. "O Que"
    Lançamento: 1986
  3. "Polícia"
    Lançamento: 1986
  4. "Homem Primata"
    Lançamento: 1987
  5. "Família"
    Lançamento: 1987
  6. "Bichos Escrotos"
    Lançamento: 1987

Cabeça Dinossauro é o terceiro álbum de estúdio da banda brasileira de rock Titãs, lançado em 25 de junho de 1986 pela gravadora WEA.[1] Não só marcou a estreia da parceria da banda com o produtor Liminha, que na época era diretor da WEA, o que facilitou a aproximação de ambas as partes;[6] como também garantiu o primeiro disco de ouro deles, em dezembro do mesmo ano.[7]

O álbum marca a mudança sonora que o grupo queria tomar a partir do relativo fracasso de seu disco anterior, Televisão,[8][9] e uma fusão de fatores, como a prisão do vocalista Arnaldo Antunes e do guitarrista Tony Bellotto no final do 1985,[3] e o relacionamento dos Titãs com sua gravadora.[5]

As sessões de gravação para Cabeça Dinossauro aconteceram no estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, entre os meses de março e abril. A nova paleta sonora da banda apresentou influências evidentes do punk rock, pós-punk, funk rock e reggae.[10][11][12] Para o crítico Alberto Villas, escrevendo na época de seu lançamento para O Estado de S. Paulo, "é um disco chocante, punk, nervoso e muito curioso. Um disco de 'rock-veneno', um grito. Um álbum de surpresas."[3][13]

Se tornou um dos discos fundamentais do rock brasileiro,[4] e ao lado de outros trabalhos, configurou o cenário brasileiro em meio à redemocratização. É reconhecido por sua famosa capa que apresenta um esboço de Leonardo Da Vinci, intitulado "A expressão de um homem urrando".[2] O álbum trouxe sucessos da banda, como "Homem Primata", "Família" e "Bichos Escrotos". Em 2007, foi incluído na lista dos "100 Melhores Discos da Música Brasileira" da revista Rolling Stone Brasil, ficando na 19ª posição.[14]

Contexto

Em fevereiro de 1986, antes de um show em São Paulo, Branco Mello já havia antecipado ao jornal O Estado de S. Paulo que o próximo álbum da banda teria um "rock mais seco, mais cru" e um som "mais primitivo, mais visceral".[4]

A prisão de Arnaldo Antunes e Tony Bellotto por porte de heroína no final do ano anterior,[3] o "relativo fracasso" de Televisão e a clara vontade da banda de buscar uma sonoridade pesada influenciaram na mudança estética que o grupo tomou neste disco.[8][9] Além disso, eles não decidiram virar punks da "noite para o dia". Os ingredientes, segundo Sérgio Britto, já estavam presentes na banda anteriormente;[8] Tony vê "Massacre", do disco anterior, como um indicativo dessa sonoridade mais pesada que viria.[15]

Tony diz ainda que a banda já dava sinais desta sonoridade no palco, dizendo que "o tempo mostrou que essa vertente estava no nosso DNA, por isso o Cabeça é uma grande marca, com toda a coisa do questionamento, com a crítica que a gente vê nas letras, com o punk, mas também o reggae, o funk. Acho que nesse disco a gente achou o caminho."[6]

Além disso, o então baterista da banda, Charles Gavin, considerava que o momento conturbado vivido tanto pela banda quanto pelo Brasil também foram fatores de influência para o disco:[5]

Para o coprodutor Pena Schmidt, Cabeça Dinossauro "era o momento da verdade. Os Titãs tinham crises entre se entregar à perfeição fonográfica ou à afirmação da rebeldia. Ali o resultado se equilibra faixa a faixa."[5]

A banda também buscava estabelecer uma identidade mais clara, algo que não haviam conseguido até então com uma formação incomum de oito integrantes, vários vocalistas e nenhum crooner. Uma prova disso foi um show que fizeram num festival em comemoração aos 20 anos de carreira de Gilberto Gil, quando subiram ao palco logo após Os Paralamas do Sucesso; Gil os apresentou dizendo que "os Paralamas sobrem ao palco em trio e seu som lembra o de um trem. Os Titãs sobem em oito e soam como uma caixinha de música".[16]

Produção

Apesar dos próprios Titãs terem criticado o trabalho do produtor Liminha, chamando-o de "pasteurizador", ele acabou contratado para produzir Cabeça Dinossauro.[15] O material musica do disco já estava todo definido antes das sessões de gravação começarem. A banda tinha a vontade de reproduzir em estúdio a energia que eles acreditavam ter no palco.[17][18] O álbum foi gravado e mixado em um mês no estúdio Nas Nuvens, no Jardim Botânico,[8][9] enquanto que sua fita demo foi gravada em apenas dois dias em fevereiro de 1986,[19] em um estúdio na Pompeia.[20]

A primeira canção a ser gravada foi o single "AA UU", que já era tocado em shows. A última a ser gravada foi a faixa de encerramento, "O Que".[9] "O Que" e "Família" foram as únicas que sofreram mudanças significativas em seus arranjos.[8] O vocal de "A Face do Destruidor" foi gravado "em um fôlego só"[6] em cima da base tocada de trás para frente. Segundo Sérgio, "quando gravamos tínhamos que pensar que aquilo ia ser ouvido dessa maneira".[9]

Alguns dos solos de Bellotto no disco foram feitos alternando a palheta com um anel grande que ele usava. Desta forma, ele tocava ao mesmo tempo em que fazia uma espécie de percussão na guitarra.[9]

Arte da capa

A capa do álbum foi baseada em um esboço do pintor italiano Leonardo da Vinci, intitulado "A expressão de um homem urrando". Um outro desenho de Da Vinci, "Cabeça grotesca", serviu como a contracapa.[2][21] Ambos os acetatos das imagens vieram diretamente do Museu do Louvre, trazidos por um amigo de Almino Monteiro, pai de Britto. Eles vieram substituir pequenas reproduções das quais a banda dispunha mas que tinham qualidade insuficiente para o projeto.[6] Foi uma das primeiras capas do rock brasileiro a não envolverem uma foto do artista.[22]

Conforme relatou Sérgio em 2006: "As primeiras 30 mil cópias do disco foram feitas em um papel fosco e poroso muito mais caro que o normal. Generosidade do André Midani, então presidente da Warner, que nos deu total apoio antes, durante e depois da gravação atendendo a quase tudo o que pedíamos."[9]

Em 1987, a arte da capa foi a vencedora do prêmio "Concurso Company de Capas de Rock", promovido pela Rádio Cidade, do Rio de Janeiro.[23]

Canções

Lado um

"Cabeça Dinossauro"

A faixa-título foi concebida durante uma viagem de ônibus da banda. Paulo Miklos mostrou aos colegas uma fita cassete com gravações de música tribal Xingu.[2][22] Sobre aquele ritmo, Branco Mello improvisou os primeiros versos,[20] e logo a letra estava pronta.[5] Outra fonte conta que Paulo pegou seu violão e começou a executar as notas e dó sustenido, numa sequência que remetia ao tema do filme Tubarão de Steven Spielberg. Branco, sentado na fileira seguinte, levantou e começou a cantar os versos "Cabeça dinossauro. Cabeça dinossauro. Cabeça, cabeça. Cabeça dinossauro". Depois de alguns minutos, ele veio com os outros versos: "Pança de elefante. Pança de elefante. Pança, pança. Pança de elefante". O último verso, "Espírito de porco. Espírito de porco. Espírito, espírito. Espírito de porco", foi proferido por Arnaldo Antunes, que dormia na primeira fileira e se levantou para vir esbravejar as palavras. A letra sofreu uma única alteração antes de ser gravada: "elefante" foi trocado por "mamute".[24]

A percussão foi tocada por Liminha. Após várias tentativas elaboradas, ele a improvisou com as paredes, o chão e as colunas do estúdio, e a performance "em transe" foi aprovada por todos.[9]

"AA UU"

"AA UU" foi composta por Marcelo Fromer e Britto, sendo a primeira faixa a ser gravada para o disco; ela já era tocada antes em shows.[9] Foi tocada por rádios, mas não sem resistência. Ela só estourou após seu clipe ser exibido no programa Fantástico.[6] Foi incluída na telenovela Hipertensão,[25] e na trilha sonora do filme Meu Nome Não É Johnny, de 2008.[26] A faixa expressa a frustração da banda em não conseguir se comunicar.[15]

"Igreja"

"Igreja" foi composta apenas por Nando Reis na casa de sua mãe. Foi uma das últimas canções a entrar no álbum e provocou discórdia entre os membros. Arnaldo Antunes inicialmente se recusou a gravar a faixa, e chegou a deixar o palco em algumas ocasiões em que ela foi apresentada ao vivo.[27][28][6] Miklos também se opôs à inclusão da faixa, porém mudou de ideia após executá-la nos shows.[28]

"Polícia"

"Polícia" foi composta pelo Bellotto, inspirada em sua prisão por porte de heroína no final de 1985. Tony tinha em mente Paulo nos vocais, porém como Sérgio havia cantado em apenas outras duas canções, acabou ficando com esta.[6] Os membros da banda não achavam que a faixa tinha potencial em primeiro momento, e Bellotto mais tarde atestou uma certa "ingenuidade" na letra.[3]

"Estado Violência"

"Estado Violência" foi composta por Charles Gavin, e havia sido inicialmente oferecida ao Ira!,[16] banda na qual ele tocava antes. Nando o ajudou a estruturar a música, mas não interveio o suficiente para querer constar como coautor.[20] A letra, por sua vez, a exemplo de "Polícia", também foi inspirada pela prisão dos dois colegas de banda, mais especificamente pelo poder de que o Estado dispõe para "julgar o que você faz na sua casa, com o seu corpo".[3]

"Tõ Cansado"

A faixa foi composta num quarto de hotel no Rio de Janeiro após Arnaldo Antunes e Branco Mello passarem uma noite em claro na casa do músico Lobão e voltarem de lá exaustos.[24]

Lado dois

"Bichos Escrotos"

"Bichos Escrotos" foi composta por Reis, Britto e Antunes. Durante a gravação de uma demo, os três aproveitaram para descansar em um pátio. Em dado momento, Nando viu uma barata saindo de um ralo e isso inspirou os três a começarem a criar uma música ali mesmo sobre o tema.[29] Segundo ele, a canção utiliza os animais citados em sua letra (baratas, ratos e pulgas), que são considerados marginais, como metáforas para os próprios Titãs, que buscavam fugir de padrões e estereótipos estéticos, musicais e morais.[29]

"Família"

"Família" foi composta por Antunes e Bellotto, e retrata eventos do dia-a-dia de uma família típica. É musicalmente estruturada no reggae. Sua versão inicial era mais lenta, porém o produtor Liminha a tornou mais longa, embora a banda não tenha gostado de imediato do resultado.[6]

"Homem Primata"

"Homem Primata" já havia sido feita antes das sessões. Entre os compositores, Ciro Pessoa, vocalista que resolveu sair da banda antes das gravações do primeiro álbum.[6] O videoclipe da canção começa com a banda em imagens preto e branco andando em meio a uma multidão, com imagens alternadas de homens das cavernas. Depois (agora em cores), a banda picha um caminhão (com ilustrações que incluem o símbolo do anarquismo) e passa a tocar a música em cima do mesmo, enquanto passeiam pelo Centro de São Paulo. Alternadamente, imagens da banda tocando dentro de uma jaula com pessoas assistindo de fora aparecem.[20]

"O Que"

"O Que" é composta e cantada por Antunes, sendo a canção de maior duração do álbum. Foi a última faixa gravada para Cabeça Dinossauro e a que mais sofreu mudanças em seu arranjo.[6] O seu uso de experimentações da música eletrônica influenciaria os próximos trabalhos dos Titãs, principalmente seu álbum seguinte, Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas.

Lançamento

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic 4.5 de 5 estrelas. [30]

Precedido pelo single "AA UU", Cabeça Dinossauro foi lançado em 25 de junho de 1986 pela gravadora WEA. Inicialmente ignorado pelas rádios,[31] o disco rendeu uma turnê nacional que, até dezembro daquele ano, já havia levado o grupo a cerca de quarenta palcos. Na época, estava prevista para ir até abril do ano seguinte.[25] Os cenários dos palcos traziam peles de animais.[32]

Na época do lançamento do álbum, Tony Bellotto apostou uma garrafa de uísque com Branco Mello que o álbum não chegaria a 100 mil cópias vendidas. Ele acabou perdendo a aposta (o disco atingiu a marca em dezembro[33]). Até seu primeiro aniversário, é certo que o álbum havia vendido 250 mil cópias,[22] número que havia aumentado para 700 mil em 2016.[5][6] Quando atingiu a marca de 100 mil, rendeu à banda seu primeiro disco de ouro e a marca foi celebrada com um show em São Paulo.[25] Só no período até o primeiro show da turnê, em 23 de agosto, o disco já havia vendido mais que seus dois antecessores somados.[31]

Também naquela altura, o crítico Alberto Villas, escrevendo para O Estado de S. Paulo, afirmou que o álbum era "a grande surpresa do ano. (...) É um disco chocante, punk, nervoso e muito curioso. Um disco de 'rock-veneno', um grito. Um álbum de surpresas."[3][13] Ele também disse não conseguir "ahar os Titãs. Cólera? Olho Seco? Exploited? Bauhaus? Que som é esse?"[34]

A partir da turnê do disco, a banda encontrou uma identidade mais consistente e direta; os shows dispensaram hits pop como "Sonífera Ilha" e incluíam quatro faixas de Televisão (a saber: "Massacre", "Televisão", "Dona Nenê" e "Pavimentação") e apenas uma do disco de estreia ("Querem Meu Sangue"). Os vocalistas passaram a se revezar num microfone em vez de ficarem juntos na beira do palco.[31]

Na etapa da turnê no Rio de Janeiro, o grupo não encontrou palcos disponíveis e teve de se apresentar no Teatro Carlos Gomes. Duas datas estavam previstas inicialmente (2 e 3 de fevereiro), mas o sucesso motivou a abertura de uma nova e maior temporada, entre 11 e 15 de março. No dia 14, contudo, uma multidão invadiu o local ainda durante a passagem de som e destruiu as poltronas da casa, e a banda acabou proibida de prosseguir com a temporada.[33]

Legado

Cabeça Dinossauro é considerado um dos discos mais importantes do rock brasileiro da década de 1980, tendo sido lançado no mesmo ano de outros trabalhos importantes como Dois (Legião Urbana), Vivendo e Não Aprendendo (Ira!), Rádio Pirata ao Vivo (RPM) e Selvagem? (Os Paralamas do Sucesso).[4][22][1]

Numa entrevista em 2020, Charles comparou a importância do disco para os Titãs com a importância que A Night at the Opera teve para o Queen.[35] Num artigo para a revista Rolling Stone Brasil em 2006, Sérgio comentou:[9]

Foi incluído na lista dos "100 Melhores Discos da Música Brasileira" da revista Rolling Stone Brasil, ficando na 19ª posição.[14] Em setembro de 2012, foi eleito pelo público da rádio Eldorado FM, do portal Estadão e do Caderno C2+Música como o sétimo melhor disco brasileiro da história.[36]

Em 2016, celebrando 30 anos do disco, um livro de contos inspirados nas faixas e uma peça inspirada no álbum foram lançados com os nomes Cada um por si e Deus contra todos e Cabeça, respectivamente.[5]

Regravações por outros artistas

  • A canção "Polícia" foi regravada pela banda brasileira de thrash metal Sepultura, incluindo-a como faixa bônus da versão brasileira do álbum Chaos A.D. Na edição de 1994 do festival Hollywood Rock, os Titãs chamaram os membros do Sepultura para participarem da performance da faixa ao vivo. Em algumas ocasiões, o guitarrista Andreas Kisser participa de shows do Titãs tocando guitarra nessa canção. Os Paralamas do Sucesso, em algumas ocasiões, citam trechos de "Polícia" em sua canção "Selvagem". A banda liderada por Herbert Vianna ainda regravou as duas canções junto com a banda paulista, no CD e DVD Paralamas e Titãs Juntos e Ao Vivo, também com a participação de Andreas Kisser.
  • A canção "Estado Violência" foi regravada pela banda Biquíni Cavadão em seu álbum de covers, 80 (2001).
  • A canção "Família" foi adaptada pelo grupo de pagode Molejo para o ritmo de samba, na versão gravada no álbum de 1998. A introdução de teclados da versão original foi utilizada em uma das faixas, com o aval dos Titãs.

Relançamentos

Em comemoração aos 30 anos da banda,[22] o álbum passou a ser executado na íntegra nos shows. Uma das apresentações dessa turnê foi registrada e lançada em vários formatos, intitulada Cabeça Dinossauro ao Vivo 2012. A turnê foi determinante para o direcionamento musical que a banda tomou em seu próximo álbum, Nheengatu,[37] que traz novamente a agressividade e críticas sociais.[6]

Em 2012, o álbum foi relançado com as 13 canções originais, mais as suas versões demo e a inédita "Vai pra Rua", de Antunes e Miklos[38] – que estava prevista para fazer parte do disco original, mas foi substituída por "Porrada".[6]

Disco 2 da edição comemorativa
N.º Título Duração
1. "Cabeça Dinossauro (Demo)"   1:58
2. "AA UU (Demo)"   3:00
3. "Igreja (Demo)"   2:48
4. "Polícia (Demo)"   2:01
5. "Estado Violência (Demo)"   2:33
6. "A Face do Destruidor (Demo)"   0:44
7. "Vai pra Rua (Demo)"   2:18
8. "Tô Cansado (Demo)"   2:20
9. "Bichos Escrotos (Demo)"   3:17
10. "Família (Demo)"   4:09
11. "Homem Primata (Demo)"   3:13
12. "Dívidas (Demo)"   3:09
13. "O Que (Demo)"   2:12

Em 2021, em comemoração aos seus 35 anos, o disco foi relançado pela terceira vez, agora em disco compacto e apenas com as faixas originais.[1]

Lista de faixas

Créditos de composição de acordo com o encarte:

Lado um
N.º TítuloCompositor(es)Vocais principais[39] Duração
1. "Cabeça Dinossauro"  Miklos, Mello, AntunesBranco Mello 2:19
2. "AA UU"  Fromer, BrittoSérgio Britto 3:01
3. "Igreja"  ReisNando Reis 2:47
4. "Polícia"  BellottoSérgio Britto 2:07
5. "Estado Violência"  GavinPaulo Miklos 3:07
6. "A Face do Destruidor"  Antunes, MiklosPaulo Miklos 0:34
7. "Porrada"  Antunes, BrittoArnaldo Antunes 2:49
8. "Tô Cansado"  Antunes, MelloBranco Mello 2:16
Lado dois
N.º TítuloCompositor(es)Vocais principais[39] Duração
1. "Bichos Escrotos"  Antunes, Reis, BrittoPaulo Miklos 3:14
2. "Família"  Antunes, BellottoNando Reis 3:32
3. "Homem Primata"  Pessoa, Fromer, Reis, BrittoSérgio Britto 3:27
4. "Dívidas"  Antunes, MelloBranco Mello 3:06
5. "O Que"  AntunesArnaldo Antunes 5:38

Ficha técnica

De acordo com o encarte do CD:[39]

Titãs
Participações especiais
Produção musical
Produção gráfica
  • Sérgio Britto – capa
  • Vânia Toledo – fotografias
  • Silvia Panella - arte final
  • José Oswaldo Martins – corte

Prêmios e indicações

Ano Prêmio Categoria Resultado Ref.
1987 Rádio Cidade - I Concurso Company de Capas de Rock Venceu [23]

Referências

  1. a b c d e Ferreira, Mauro (27 de junho de 2021). «Disco histórico dos Titãs, 'Cabeça dinossauro' é reeditado em CD para marcar os 35 anos do álbum de 1986». G1. Grupo Globo. Consultado em 18 de julho de 2021 
  2. a b c d Gonçalves, Marcos Augusto (25 de junho de 1986). «Dinossauro na Cabeça». Folha de S.Paulo (20.902): 48. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  3. a b c d e f g Petta, Rosangela (22 de junho de 1986). «Cabeça de Titãs». Grupo Estado. O Estado de S. Paulo (34144): Caderno 2, p. 1. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  4. a b c d Rocha, Cristal da (29 de dezembro de 2016). «Cabeça Dinossauro, 30 anos: o porão escuro do Titãs». O Estado de S. Paulo. Grupo Estado. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  5. a b c d e f g Reis, Luiz Felipe; Lichote; Leonardo (20 de outubro de 2016). «Peça e livro celebram os 30 anos de 'Cabeça dinossauro', dos Titãs». O Globo. Grupo Globo. Consultado em 21 de junho de 2017 
  6. a b c d e f g h i j k l m n Nanini, Lucas (26 de junho de 2016). «'Faltava barulho na música brasileira', dizem Titãs sobre 'Cabeça dinossauro'». G1. Grupo Globo. Consultado em 21 de agosto de 2016 
  7. Titãs. «Titãs - História». Consultado em 25 de maio de 2008 
  8. a b c d e «Íntegra de entrevista: Sérgio Britto, vocalista e tecladista dos Titãs». Folha de S.Paulo. Grupo Folha. 21 de junho de 2006. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  9. a b c d e f g h i j Britto, Sérgio (2006). «Cabeça Dinossauro». Grupo Spring de Comunicação. Rolling Stone Brasil (2) 
  10. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome folhadinonacabeça3
  11. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome OESPcabeçadet3
  12. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome OESPCD302
  13. a b Leite, Edmundo (31 de agosto de 2012). «Alguns discos clássicos já nascem grandes». Acervo Estadão. Grupo Estado. Consultado em 28 de janeiro de 2016 
  14. a b Pereira, Leonardo Dias (Outubro de 2007). «Os 100 Maiores Discos da Música Brasileira - Cabeça Dinossauro - Titãs (1986, WEA)». Rolling Stone Brasil. Spring. Consultado em 28 de janeiro de 2016 
  15. a b c Alexandre 2013, p. 291.
  16. a b Alexandre 2013, p. 290.
  17. Gonçalves, Marcos Augusto (25 de junho de 1986). «Dinossauro na Cabeça». Folha de S.Paulo (20.902): 48. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  18. Petta, Rosangela (22 de junho de 1986). «Cabeça de Titãs». Grupo Estado. O Estado de S. Paulo (34144): Caderno 2, p. 1. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  19. Santo, José Julio do Espírito (2012). «A Festa Parece uma Vida». Rolling Stone Brasil. 73. Consultado em 24 de dezembro de 2017 
  20. a b c d e Nando Reis: 50 fatos sobre os Titãs (Parte II): Cabeça Dinossauro e Jesus Não Tem Dentes. YouTube. 13 de janeiro de 2021. Em cena em 00:00-24:50. Consultado em 30 de janeiro 2020 
  21. whiplash.net (2007). «Leonardo da Vinci na capa de álbum dos Titãs». Consultado em 25 de maio de 2008 
  22. a b c d e «Cabeça Dinossauro». Enciclopédia Itaú Cultural. Banco Itaú. 4 de outubro de 2017. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  23. a b Jornal do Brasil (07/05/1987)
  24. a b Resende, Lucas Lanna (11 de setembro de 2022). «Titãs comemoram 40 anos de estrada com o disco "Olho furta-cor"». Estado de Minas. Diários Associados. Consultado em 2 de dezembro de 2024 
  25. a b c Stycer, Mauricio (10 de dezembro de 1986). «Oito titãs e cem mil cabeças». O Estado de S. Paulo (34.290): 52. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  26. Marçal, Marcus (18 de janeiro de 2008). «Trilha de "Meu Nome não é Johnny" ilustra cotidiano insano de personagem». UOL Música. Grupo Folha. Consultado em 18 de julho de 2021 
  27. Lauro Lisboa, Garcia (7 de dezembro de 2010). «Titãs: polícia, igreja e censura». O Estado de S. Paulo. Grupo Estado. Consultado em 19 de julho de 2021 
  28. a b Nando Reis: 50 fatos sobre os Titãs (Parte II): Cabeça Dinossauro e Jesus Não Tem Dentes. YouTube. 13 de janeiro de 2021. Em cena em 06:14-07:41. Consultado em 30 de janeiro 2020 
  29. a b Nando Reis - A história de "Bichos Escrotos", consultado em 6 de outubro de 2023 
  30. «Cabeça Dinossauro - AllMusic». AllMusic 
  31. a b c Alexandre 2013, p. 293.
  32. «Discografia selecionada». Superinteressante. Grupo Abril. 31 de outubro de 2004. Consultado em 28 de março de 2021 
  33. a b Alexandre 2013, p. 294.
  34. Alexandre 2013, p. 292.
  35. Naspolini, Gilson (7 de agosto de 2020). CHARLES GAVIN: A Produção do "CABEÇA DINOSSAURO" ao "JESUS NÃO TEM DENTES[...]" (Entrevista Parte 1). Canal de Gilson Naspolini. YouTube. Em cena em 17:30-17:40 (queen). Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  36. Bomfim, Emanuel (7 de setembro de 2012). «'Ventura' é eleito o melhor disco brasileiro de todos os tempos». Combate Rock. Grupo Estado. Consultado em 28 de janeiro de 2016 
  37. Bergamo, Mônica (24 de março de 2014). «Com 30 anos de estrada, Titãs se unem à nova geração do humor em filme e preparam disco». Folha de S.Paulo. Grupo Folha. Consultado em 28 de Abril de 2014 
  38. Cabeça Dinossauro - Edição Comemorativa 30 Anos (Deluxe Version)
  39. a b c (1986). "Anotações de Cabeça Dinossauro". Em Cabeça Dinossauro [encarte do CD]. São Paulo: WEA.

Read other articles:

Vincenzo VannutelliKepala Dewan KardinalKardinal difoto pada 1913.GerejaGereja Katolik RomaPenunjukan6 Desember 1915Masa jabatan berakhir9 Juli 1930PendahuluSerafino VannutelliPenerusGennaro Granito Pignatelli di BelmonteJabatan lainImam Agung Basilika Santa Maria Maggiore (1896–1930)Kardinal-Uskup Palestrina (1900–30)Dataria Apostolik (1914–30)Kardinal-Uskup Ostia (1915–30)Prefek Kongregasi Upacara (1915–30)ImamatTahbisan imam23 Desember 1860Tahbisan uskup2 Februari 1880oleh G...

 

الإشعاع الشمسي لقارة أفريقيا مصادر الطاقة في جنوب أفريقيا لعام 2012 سباق جنوب أفريقيا للسيارات الشمسية في عام 2010. خريطة سباق جنوب أفريقيا للسيارات الشمسية في عام 2010. تشمل الطاقة الشمسية في جنوب أفريقيا كلا من الخلايا الشمسية (PV) ومحطات الطاقة الشمسية المركزة (CSP). يتوقع أن تتج...

 

Carlo Rezzonico Kardynał biskup Kraj działania Państwo Kościelne Data i miejsce urodzenia 25 kwietnia 1724 Wenecja Data i miejsce śmierci 26 stycznia 1799 Rzym Kamerling Okres sprawowania 24 stycznia 1763–26 stycznia 1799 Wicekanclerz Kościoła Rzymskiego Okres sprawowania 22 listopada 1758–24 stycznia 1763 Wyznanie katolicyzm Kościół rzymskokatolicki Nominacja biskupia 15 marca 1773 Sakra biskupia 21 marca 1773 Kreacja kardynalska 11 września 1758Klemens XIII Kośció...

دوري أبطال أفريقيا 1998 المنظم الاتحاد الأفريقي لكرة القدم  التاريخ 1998  الفرق 39   الأماكن إفريقيا  المراكز النهائية البطل أسيك أبيدجان  البطل أسيك ميموساس الوصيف نادي ديناموز عدد المباريات 76   عدد الأهداف 251   دوري أبطال إفريقيا 1997  دوري أبطال إفريقيا 1999...

 

Television program This article is about the Fox TV show. For other uses, see America's Most Wanted (disambiguation). For the United States Federal Bureau of Investigation list, see FBI Ten Most Wanted Fugitives. America's Most WantedGenreReality legal programmingCreated by Michael Linder Stephen Chao Starring John Walsh Elizabeth Vargas Voices of John Walsh Ron David Dick Ervasti Don LaFontaine Wes Johnson Andrew Morgado Opening theme Michael H. Shamberg (1988–1996) Gillian Gilbert & S...

 

Political system of Singapore This article is part of a series onPolitics of Singapore Government Constitution of Singapore Law Human rights Legislature Parliament Speaker Seah Kian Peng (PAP) Leader of the House Indranee Rajah (PAP) Leader of the Opposition Pritam Singh (WP) 14th Parliament Constituencies Executive President of Singapore Tharman Shanmugaratnam (I) Prime Minister of Singapore Lee Hsien Loong (PAP) Cabinet Ministries The Reserves Judiciary Supreme Court of Singapore Chief Just...

La parábola del hijo pródigo o Los jugadores de cartas, hacia 1670, óleo sobre lienzo, 194 x 146 cm. Colección particular. Giovan Battista Boncori (Campli 1643 - Roma 1699), fue un pintor barroco italiano, primer rector y príncipe de la Academia de San Lucas. Datos biográficos Boncori se formó artísticamente en Lombardía, Parma, Venecia, Ferrara y finalmente en Cento, donde pudo estudiar de cerca el trabajo de Guercino. Estuvo activo principalmente en Roma, donde realizó algunos fre...

 

مقاطعة هارتفورد   الإحداثيات 41°49′N 72°44′W / 41.81°N 72.73°W / 41.81; -72.73  [1] تاريخ التأسيس 1666  سبب التسمية هارتفوردشير  تقسيم إداري  البلد الولايات المتحدة[2][3]  التقسيم الأعلى كونيتيكت (4 يوليو 1776–)  العاصمة هارتفورد، كونيتيكت  خصائص جغراف...

 

River in Maine, United StatesSouth RiverThe South River south of Center Effingham, NHShow map of MaineShow map of New HampshireShow map of the United StatesLocationCountryUnited StatesStatesNew Hampshire, MaineCountiesCarroll, NH, York, METownsEffingham, NH, Parsonsfield, MEPhysical characteristicsSourceProvince Lake • locationEffingham, NH • coordinates43°42′0″N 70°59′50″W / 43.70000°N 70.99722°W / 43.70000; -70.99722&#...

Japanese footballer Takeshi Ito Takeshi Ito playing against Hougang United in an S.League fixture at Hougang Stadium on 13 April 2012.Personal informationDate of birth (1987-09-11) September 11, 1987 (age 36)Place of birth Osaka, JapanHeight 1.72 m (5 ft 8 in)Position(s) Left backYouth career2003–2005 Hatsushiba Hashimoto High SchoolSenior career*Years Team Apps (Gls)2006–2009 Nara Sangyo University 2010–2011 Blaublitz Akita 8 (0)2012–2013 Albirex Niigata Singapore...

 

1949 film by Gregg G. Tallas Siren of AtlantisDirected byArthur Ripley John BrahmGregg G. Tallas (credited)Written byRowland LeighRobert LaxThomas JobBased onnovel Atlantida by Pierre BenoitProduced bySeymour NebenzalStarringMaria MontezJean-Pierre AumontDennis O'KeefeCinematographyKarl StrussEdited byGregg G. TallasMusic byMichel MicheletProductioncompanyAtlantis ProductionsDistributed byUnited ArtistsRelease date January 1949 (1949-01) (U.S.) Running time76 minutesLanguageEngl...

 

Die Lébou sind eine ethnische Gruppe in Senegal. Ihre traditionelle Sprache ist ein besonderer Wolof-Dialekt. Abdoulaye Makhtar Diop, als Grand Serigne de Dakar Oberhaupt der Lébou Zur Zeit der Ankunft der ersten Europäer um 1500 hatten die Lébou das Siedlungsgebiet der Wolof gerade verlassen und die Cap-Vert-Halbinsel besiedelt. Bei ihrer Ankunft fanden sie die Gegend von Mandinka bevölkert, mit denen sie etwa 50 Jahre lang friedlich zusammenlebten, bevor Streit ausbrach und diese altei...

Religion in the country of Samoa Apia Cathedral Christianity is the official and largest religion in Samoa, with its various denominations accounting for around 98% of the total population.[1] The article 1 of the Constitution of Samoa states that Samoa is a Christian nation founded of God the Father, the Son and the Holy Spirit.[2] The following is a distribution of Christian groups as of 2011 (the most recent census available): Congregational Christian (32 percent), Roman Ca...

 

For the For All Those Sleeping album, see For All Those Sleeping. 2008 single by Laura MarlingCross Your FingersSingle by Laura Marlingfrom the album Alas, I Cannot Swim ReleasedJune 8, 2008 (2008-06-08)Recorded2008GenreFolkLength2:23LabelVirgin RecordsSongwriter(s)Laura MarlingLaura Marling singles chronology Ghosts (2007) Cross Your Fingers (2008) Night Terror (2008) Cross Your Fingers is a single by Laura Marling. It was released on June 8, 2008, as the second single from he...

 

Shopping mall in Virginia, United StatesSkyline MallThe front of the mall just after it closedLocationFalls Church, Virginia, United StatesCoordinates38°50′42″N 77°7′4.6″W / 38.84500°N 77.117944°W / 38.84500; -77.117944Address5115 Leesburg PikeOpening date1977Closing date2002No. of stores and services30 (former)No. of anchor tenants1No. of floors1ParkingLarge parking lot in front Skyline Mall was a small enclosed shopping mall located among the high rises o...

For the UK operations of the bank, see Virgin Money UK. Virgin MoneyIndustryFinancial servicesFounded3 March 1995; 28 years ago (1995-03-03)[1]FounderRichard BransonArea servedAustraliaUnited KingdomServicesFinanceBanking MortgagesOwnerVirgin Group and othersWebsitewww.virginmoney.com Virgin Money is a financial services brand used by two independent brand-licensees worldwide from the Virgin Group. Virgin Money branded services are currently available in Australia an...

 

Female companion of a male criminal A gun moll or gangster moll or gangster's moll is the female companion of a male professional criminal. Gun was British slang for thief, derived from Yiddish ganef,[1] from the Hebrew gannāb (גנב).[2] Moll is also used as a euphemism for a woman prostitute.[3] Prominent gun molls This section may contain excessive or irrelevant examples. Please help improve the article by adding descriptive text and removing less pertinent exampl...

 

1961 Indian filmNagarjunaDirected byY. V. RaoWritten byThandra SubramanyamProduced byK. N. MallikarjunaStarringG. VaralakshmiSandhyaHariniRamadevi Dr RajkumarCinematographyN. PrakashEdited byK. V. PadmanabhanMusic byRajan–NagendraProductioncompanyNandi PicturesDistributed byNandi PicturesRelease date 27 December 1961 (1961-12-27) Running time110 minutesCountryIndiaLanguageKannada Nagarjuna is a 1961 Indian Kannada-language film, directed by Y. V. Rao and produced by K. N. Mal...

بادية الشام بادية الأردن وتسمى أيضًا الصحراء الشرقية، أو هضبة البادية الصحراوية وهي الامتداد الشرقي، لهضبة المرتفعات الجبلية، في الأردن، والامتداد الشمالي للهضبة، في المملكة العربية السعودية، وهي الجزء الشمالي من الصحراء العربية والجزء الجنوبي من هضبة بادية الشام. وال...

 

Royal Air Force school in Wiltshire The School of Land/Air Warfare was a Royal Air Force school based at Old Sarum in Wiltshire. Its purpose was to encourage greater co-operation between officers in the air and those on the ground. History The School was originally established at Old Sarum in 1920 as the School of Army Co-operation to provide training for air officers supporting troops on the ground.[1] This became the School of Air Support in 1945 when its remit was broadened to cove...

 

Strategi Solo vs Squad di Free Fire: Cara Menang Mudah!