Boomerang (1947)

 Nota: Este artigo é sobre o filme com Dana Andrews e Jane Wyatt. Para o filme com Eddie Murphy e Halle Berry, veja Boomerang (1992).
Boomerang!
 Estados Unidos
1947 •  p&b •  88 min 
Gênero drama
Direção Elia Kazan
Produção Louis De Rochemont
Roteiro Richard Murphy
Anthony Abbot (história, pseudônimo de Fulton Oursler) artigo de 1945 The Perfect Case, publicado em Reader's Digest
Elenco Dana Andrews
Jane Wyatt
Lee J. Cobb
Música David Buttolph
Idioma inglês

Boomerang! é um filme de drama estadunidense de 1947 dirigido por Elia Kazan para a Twentieth Century Fox Film.Corp. O roteiro de Richard Murphy é baseado num artigo de Fulton Oursler (creditado como "Anthony Abbot") em Reader's Digest e foi filmado em Stamford (Connecticut) pois o diretor não teve permissão de trabalhar em Bridgeport (Connecticut), local da ocorrência real.[1] A narração em estilo semidocumental foi feita por Reed Hadley. O filme foi exibido no Festival de Cannes de 1947.[2]

Elenco

Sinopse

Um sacerdote é morto à noite numa rua de Bridgeport, Connecticut. A polícia, liderada pelo Chefe Robinson, não consegue identificar imediatamente o assassino. Os políticos da oposição acusam a polícia de incompetente e atacam o prefeito que passa a temer perder as próximas eleições. Até que um suspeito, o ex-militar desempregado John Waldron, que deixara a cidade no dia do crime, é preso em Ohio portando uma arma calibre 32, do mesmo tipo usado pelo assassino. As testemunhas o reconhecem como o autor do crime e a balística confirma que a bala retirada do crânio do padre saíra da arma de Waldron. O processo chega ao promotor público Harvey que acha ter em mãos um "caso perfeito" depois de ler a confissão para a polícia assinada por Waldron. Mas, ao rever as provas da acusação, Harvey passa a ter dúvidas sobre a culpa do acusado e diz isso no tribunal, para fúria da população, da policia e dos políticos que governam a cidade.[carece de fontes?]

Contexto

Fatos reais

A história do filme baseia-se num caso de assassinato em Bridgeport, Connecticut, ocorrido em 1924. Quando caminhava próximo do Lyric Theatre no centro da cidade, o Reverendo Hubert Dahme ("Padre George Lambert" no filme) recebeu um tiro fulminante no ouvido esquerdo, disparado por um revólver à queima-roupa. A ambulância foi chamada após dez minutos. Duas horas depois, o padre foi declarado morto no Hospital St. Vincent em Bridgeport.[1] Um desempregado ex-soldado, Harold Israel, foi indiciado pelo assassinato quando uma arma calibre 32 foi encontrada com ele e que a polícia acreditava ser a utilizada para o crime. O procurador do Condado de Fairfield (Connecticut), Homer Cummings, conduziu as investigações e inocentou Israel da acusação. Conforme informado na narração final, Cummings (chamado de "Henry Harvey" no filme) mais tarde se tornou Procurador Geral dos Estados Unidos, nomeado por Franklin D. Roosevelt. O nome de Morning Record foi usado no filme no lugar de Bridgeport Post (agora Connecticut Post).[1]

Locações

A quase totalidade do filme foi realizada em Stamford, Connecticut, exceto a cena do tribunal, filmada em White Plains (Nova Iorque).[3]

Locações em Stamford:[3]

  • South End de Stamford, particularmente a Capela de São Lucas.
  • Antiga Prefeitura, particularmente os escritórios e a escadaria do Departamento de Polícia até a sala do tribunal.
  • A casa The Altschul na estrada Den Road em Stamford (para um encontro dos líderes civis).
  • Para a cena do assassinato do pastor, é usada a frente e o lado do Cinema Plaza (no local atual há uma rodovia que leva ao Shopping Stamford Town Center).
  • Os antigos escritórios do jornal "Advocate" de Stamford, na rua Atlantic. Alguns membros do antigo staff editorial aparecem na cena sobre a notícia da prisão do suspeito do assassinato do padre.

O filme foi lançado no Cinema Palace em Stamford, em 5 de março de 1947, com Kazan e Andrews presentes na audiência. (Kazan mais tarde filmaria Gentleman's Agreement que tomou lugar em Darien (Connecticut), adjacente a Stamford, e também incluiu a atriz Jane Wyatt).[1]

Recepção

Crítica

Quando do lançamento, o crítico Bosley Crowther escreveu (em tradução livre):"...estilo de apresentação resulta num drama de rara clareza e força "[4]

A Revista Variety deu ao filme uma nota positiva com o texto: "Boomerang! é um emocionante melodrama da vida real, contado como semidocumentário. Com as locações em Stamford, Connecticut, é adicionado realismo. Baseado num caso não resolvido em Bridgeport, Connecticut, a trama é suportada por um forte elenco...Todos os atores principais recebem selo de autenticidade. Os diálogos e situações tem a técnica factual. Lee J. Cobb mostra força como um chefe dos detetives, acossado pela imprensa e políticos zangados enquanto tenta cuidar de seus deveres. Arthur Kennedy está grande como o suspeito da lei"[5]

Premiação

Venceu

Indicações

Adaptações

Boomerang foi dramatizado como um exemplar de meia-hora em 10 de novembro de 1947 do programa de rádio The Screen Guild Theater com Dana Andrews e Jane Wyatt, em 14 de janeiro de 1949 no programa Ford Theatre com Dana Andrews e Hollywood Sound Stage com Tyrone Power e Jane Wyatt em 28 de fevereiro de 1952.[6]

Referências

  1. a b c d e "'Boomerang,' shot in Stamford, to be screened in Bridgeport", The Advocate of Stamford, Connecticut, 13 de outubro de 2009
  2. «Festival de Cannes: Boomerang». festival-cannes.com. Consultado em 19 de fevereiro de 2011 
  3. a b Russell, Don, "'Roles' in movies are nothing new for city: Kazan used Stamford in the '40s", editorial em The Advocate, edição Stamford, pag A10, 25 de abril de 2007
  4. Crowther, Bosley. The New York Times, resenha, 6 de março de 1947. Acessado em 19 de fevereiro de 2011.
  5. Variety. Resenha, 5 de março de 1947. Último acesso: 26 de novembro de 2009.
  6. The Screen Guild Programs web site. Último acesso: 19 de fevereiro de 2011

Ligações externas

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