Os bombardeios estratégicos e da área urbana começaram em 1944, depois que os aviões B-29 Superfortress entrou em operação, sendo primeiramente implantado na China e, posteriormente, nas Ilhas Marianas. As invasões de B-29s a partir dessas ilhas começaram em 17 de novembro de 1944 e durou até 15 de agosto de 1945, o dia da rendição do Japão.[1] O ataque aéreo Operação Meetinghouse, entre 9 e 10 de março 1945, é considerado como o mais destrutivo da história.[2]
Ataques
O primeiro bombardeamento em Tóquio foi o "Ataque Doolittle", em 18 de abril de 1942, quando dezesseis B-25 Mitchells foram lançados do USS Hornet para atacar alvos em Yokohama e Tóquio e depois voar para campos aéreos na China. O bombardeio foi uma retaliação contra o ataque a Pearl Harbor. Ele causou poucos danos à capacidade de guerra do Império do Japão, mas foi uma importante vitória de propaganda para os Estados Unidos.[3] O bombardeamento incendiário conhecido como Operação Meetinghouse, que aconteceu na noite de 9 a 10 de março de 1945, foi o bombardeamento aéreo mais mortal da Segunda Guerra Mundial,[2] mais que os bombardeios de Dresden, na Alemanha nazista,[4] e de Hiroshima e Nagasaki, os primeiros ataques nucleares da história.[5][6]
Os ataques de bombardeamento de alta atitude eram considerados ineficazes pelos líderes das Forças Aéreas dos Estados Unidos. Eles então mudaram a tática para aumentar os danos causados, quando Curtis LeMay ordenou que os bombardeiros despejassem bombas incendiárias para queimar as construções de madeira e papel dos japoneses.[7] O primeiro desses bombardeamentos foi na cidade de Kobe, em 4 de fevereiro de 1945. Tóquio foi alvo das bombas incendiárias em 25 de fevereiro de 1945, quando 174 aeronaves B-29 atacaram a alta atitude durante o dia e destruíram por volta de 260 hectares da cidade, usando 453,7 toneladas de bombas incendiárias e de fragmentação.[8]
O número de mortos nos ataques ainda é uma questão controversa. O governo estadunidense estimou que por volta de 88 mil pessoas morreram durante os bombardeios, 41 mil ficaram feridas e mais de um milhão ficaram desabrigadas. O Departamento de Incêndio de Tóquio, no entanto, estimou 97 mil mortos e 125 mil feridos. O Departamento Metropolitano de Polícia de Tóquio estabeleceu o número de 124 711 vítimas, incluindo mortos e feridos e 286 358 construções e lares destruídos. O historiador Richard Rhodes definiu o número de mortes em mais de 100 mil, 1 milhão de feridos e outro milhão de desabrigados.[9] Em seu livro de 1968, republicado em 1990, o historiador Gabriel Kolko citou um número de 125 mil mortes.[10]
↑Craven, Wesley Frank, and James Lea Cate, eds. The Army Air Forces in World War II, Volume Five, the Pacific: Matterhorn to Nagasaki June 1944 to August 1945. Chicago: University of Chicago Press, 1953, page 558.
Barrell, Tony (1997). «Tokyo's Burning». ABC Online. Australian Broadcasting Corporation. Consultado em 3 de novembro de 2006 Transcrição de um documentário/comentário de rádio sobre o bombardeio incendiário de Tóquio com trechos de entrevistas com participantes e testemunhas.