Bogislau VIII (nascido por volta de 1364 – 11 de fevereiro de 1418)[1], membro da Casa de Grifo, foi Duque da Pomerânia, governante da Pomerânia-Slupsk, de 1395 até sua morte. Ele também atuou como administrador do Príncipe-Bispado de Cammin, a partir de 1387, e como Príncipe-Bispo de Cammin, de 1394 a 1398.
Antecedentes
Bogislau era o filho mais novo do Duque Bogislau V da Pomerânia, de seu segundo casamento com a princesa guelfa Adelaide, filha do Duque Ernesto I de Brunsvique-Grubenhagen. Após a partilha do Ducado da Pomerânia, entre 1368 e 1372, seu pai recebeu as terras do leste, em torno de Slupsk. Após sua morte, em 1374, ele foi sucedido pelo seu filho primogênito, Casimiro IV da Pomerânia, meio-irmão de Bogislau e, através de sua mãe, Isabel da Polônia, neto do Rei Casimiro III da Polônia. Depois Duque Casimiro IV, foi morto enquanto lutava pela herança polonesa, contra o seu primo piasta, o Príncipe Vładisłau, O Branco, três anos mais tarde, Bogislau tornou-se co-governante da Pomerânia-Slupsk, juntamente com seus irmãos Vartislau VII e Barnim V.
Governo com Vartislau e Barnim
Como o filho mais novo, Bogislau provavelmente tinha se preparado para uma carreira eclesiástica e viu, com suspeitas, a nomeação de John Brun, chanceler alemão do rei Venceslau IV, como Bispo de Cammin, em 1386. Para defender a autonomia do bispado, ele fechou um acordo com o capítulo da catedral no ano seguinte, garantindo para si os direitos de um administrador diocesano. Embora com rigorosa oposição do bispo, Bogislau prevaleceu e pôde assumir o ministério episcopal, na morte de John Brun, em 1394. No entanto, renunciou ao cargo quatro anos mais tarde, em favor do Bispo de Culm, Nicholas.
O reinado de Bogislau e seus irmãos, na Pomerânia, foi influenciado pelos contínuos conflitos entre os seus vizinhos do leste, o Reino da Polônia e o Estado da Ordem Teutônica. Os Duques da Pomerânia, cujo território era a única rota terrestre para a Prússia Teutônica não controlada pela Polônia, se aproveitaram deste conflito, frequentemente trocando de lado. Logo depois que o grão-duque da Lituânia, Ladislau Jagelão, foi coroado Rei da Polônia (como Ladislau II Jagelão), os duques da Pomerânia-Slupsk, deixaram uma aliança e, no final de 1388, fecharam com a Polônia, que tinha prometido respeitar parcialmente suas reivindicações, como herdeiros do Rei Casimiro III. Daí, os nobres da Pomerânia-Slupsk roubaram os Cavaleiros Teutônicos e suas rotas de abastecimento, provocando um contra-ataque que destruiu muitas fortalezas de nobres, incluindo as fortificações de Koszalin. Bogislau VIII, Barnim V e Vartislau VII reagiram, ao se juntarem ao rei polaco e negociarem alívios comerciais mútuos.
Mortes de irmãos
Quando o seu irmão, Vartislau VII morreu, em 1395, Bogislau e Barnim V estabeleceram um tratado com a Prússia Teutônica, na vizinha Pomerelia (Pomerânia-Oriental), que estava em constante conflito com a Polônia, para proteger as suas rotas de abastecimento em troca de créditos financeiros. Seus primos, o Duque Swantibor III da Pomerânia-Estetino, e seu irmão, Bogislau VII, mudaram de lado, em 1395, e se aliaram aos cavaleiros em troca de auxílio econômico. No entanto, em 1397, Barnim V fechou uma aliança com a Polônia, casou-se com a sobrinha de Vitautas, o Grande, a Princesa Edviges, e ficou a serviço de Jagelão, de 1401 até sua morte, em 1402 ou 1404.
Governo solo
Bogislau, agora único governante da Pomerânia-Slupsk, iniciou uma longa querela com o Bispo Nicholas de Cammin sobre várias propriedade eclesiásticas, o que levou à expulsão de Nicholas e à nomeação de Magno de Saxe-Lauemburgo, em 1410. Assim como seu irmão Barnim, o Duque Bogislau também ficou a serviço do Rei Jagelão, mas mudou de lado em 1407/08, quando se aliou ao Cavaleiros Teutônicos, sob o comando do Grão-Mestre Ulrico de Jungingen, e estabeleceram sua fronteira em comum. Entretanto, Bogislau recusou qualquer apoio armado e quando os Cavaleiros perderam a Batalha de Tannenberg, em julho de 1410, ele mudou de lado novamente e se aliou à Polônia[2] em troca das áreas de Bütow, Czluchów, Debrzno, Bialy Bór, Hammerstein e Swidwin, em que a Polônia tinha ganho da Prússia Teutônica anteriormente. Isto, porém, foi cancelado, de acordo com a Primeira Paz de Espinho, em 1411.
Enquanto Bogislau manteve sua aliança com Jagelão, Konrad Bonow da diocese de Cammin, em 1414, estabeleceu uma aliança com os Cavaleiros Teutônicos contra Bogislau e Jagelão, que foi transformado em uma trégua logo depois. Em 1417, Bogislau e os Cavaleiros Teutônicos estabeleceram sua fronteira comum, na região de Hammerstein, pondo fim aos seus conflitos. Bogislau morreu em 1418 e foi sepultado na Catedral de Cammin. Ele foi sucedido pelo seu filho Bogislau IX que, junto com todos os outros duques da Pomerânia, em 1423, aliou-se novamente aos Cavaleiros Teutônicos.[3]
Família
Ele casou-se com Sofia da Holsácia, filha de Henrique II, Conde de Holsácia-Rendsburg. Eles tiveram pelo menos três filhos: