Bilhete do Banco Mauá & Cia, emitido na Argentina, 1860s.Carta do Banco Mauá endereçada a Inácio da Cunha Galvão comunicando a chegada de 35 italianos ao porto do Rio de Janeiro, em conformidade com o contrato estabelecido pelo governo imperial em 1874. Arquivo Nacional.
Banco Mauá foi o banco criado por Irineu Evangelista de Sousa, que o presidia na época. Barão, e mais tarde Visconde de Mauá[1], foi um banqueiro, industrial e comerciante e pioneiro no Brasil no Segundo Reinado. O Banco foi criado com o intuito de propiciar capitais para o desenvolvimento do país, que então tinha sua economia na agricultura e com mão de obra escrava.
O Banco do Brasil, fundado em 1808 por Dom João VI, passou a ser a primeira instituto de tipo no país. Seus objetivos eram criar indústrias manufatureiras no Brasil, além da isenção de impostos para matérias-primas e de exportação de produtos industrializados. Naturalmente, com a volta do Rei para Portugal, que raspou os cofres, colocou a instituição em sérios problemas. Com a independência em 1822, fundou-se o Império do Brasil que passou a administrar o banco.[2]
O objetivo de Mauá era disponibilizar capitais para investimentos produtivos para a economia, principalmente após a proibição do tráfico de escravos em 1850, que por séculos movimentou vastas fortunas. Mesmo assim, ideias como a dele não eram aceitas pelas elites da época. A única forma de desenvolvimento aceita por eles era na agricultura com a utilização de escravos. Foi nesse ponto que veio seus primeiros desafios, o gabinete tomou medidas para estatizar o crédito no país e o Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) disse publicamente que bancos privados não eram seguros.
O banco encerrou suas atividades em 1875, com uma crise interna piora pela Longa depressão.[3]
Era na verdade um antigo banco criado por Dom João I do Brasil, criado em 1807, quando a família real chegou ao Brasil, e que mais tarde iria gerar o que poderíamos entendemos hoje como sendo um conglomerado envolvendo os conhecidos grupos da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, juntos; para gerarem o esperado desenvolvimento nacional, com financiamentos para a área empresarial.[2]
↑ abPeixoto, Ranaellen Aparecida Queiroz., Mauá e a economia do Brasil império: um olhar a partir dos artigos do Jornal do Comércio e Correio Mercantil (1855-1884) - 2018
↑GUIMARÃES, Carlos Gabriel. Bancos, Economia e Poder no Segundo Reinado: o caso da Sociedade Bancária Mauá, MacGregor & Cia (1854-1866). São Paulo, 1997
