O título surgiu na Grécia Clássica, no fim do século V a.C., e foi utilizado por generais que recebiam autoridade independente, isto é, comandantes supremos (estratego autocrator). Na Atenas Clássica, os estrategos autocratores (stratēgoi autokratores) foram generais que receberam o poder autônomo de comando, ou seja, estavam autorizados a tomar certas decisões diplomáticas e militares sem fazer qualquer tipo de consulta prévia à Assembleia Ateniense. Isto ocorria quando o general encontrava-se longe de Atenas, como por exemplo durante a Expedição Siciliana. Ainda assim, os generais permaneciam responsáveis por prestar contas à assembleia por sua conduta ao retornarem.[1] Práticas semelhantes eram adotadas por outras cidades-Estado gregas, como Siracusa, onde o cargo serviu como base de poder para diversos dos tiranos da cidade. Os estrategos autocratores também foram indicados por diversas das ligas formadas por estas cidades-Estado, para liderar seus exércitos combinados. Foi assim que Filipe II da Macedônia foi declarado hēgemōn e estratego autocrator dos Estados gregos meridionais pela Liga de Corinto,[2] um cargo ocupado posteriormente por seu filho, Alexandre, o Grande.[3]