O Auto Pastoril Português é uma peça de teatro de Gil Vicente. Foi representada pela primeira vez no Natal de 1523, em Évora, ao rei João III de Portugal[1].
Personagens
- Vasco Afonso
- Catarina
- Joane
- Fernando
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- Madanela
- Inês
- Margarida
- Quatro clérigos[1]
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Cantiga Quem é a desposada?
O auto termina com as personagens a cantar uma "chacota":
Quem é a desposada?
A Virgem Sagrada.
Quem é a que parira?
A Virgem Maria.
Em Belém, cidade
muito pequenina,
vi ũa desposada
e Virgem parida.
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Em Belém, cidade
muito pequenina,
vi ũa desposada
e Virgem parida.
Quem é a desposada?
A Virgem Sagrada.
Quem é a que parira?
A Virgem Maria.
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Nũa pobre casa
toda reluzia
os anjos cantavam
o mundo dizia.
Quem é a desposada?
A Virgem Sagrada.
Quem é a que parira?
A Virgem Maria.[1]
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Esta interessante composição poética chegou aos nossos dias, contudo o mesmo não aconteceu com a sua melodia. O compositor português Frederico de Freitas escreveu música para estes versos em 1971 no seu tríptico vicentino.[2]
Referências
- ↑ a b c Gil Vicente; Centro de Estudos de Teatro. «Auto Pastoril Português». Teatro de Autores Portugueses do Séc. XVI - Base de dados textual [on-line]. Consultado em 17 de julho de 2015
- ↑ «Tríptico Vicentino». Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa. Consultado em 22 de março de 2015
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Gil Vicente | |
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Livro primeiro - Obras de Devoção | |
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Livro segundo - Comédias | Comédia de Rubena (1521) · Comédia do Viúvo (1514) · Comédia sobre a Divisa da Cidade de Coimbra (1527) · Floresta de Enganos (1536) |
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Livro terceiro - Tragicomédias | Tragicomédia de Dom Duardos · Auto de Amadis de Gaula ( 1533) · Auto da Nau de Amores ( 1527) · Frágua de Amor ( 1524) · Exortação da Guerra ( 1513) · Farsa do Templo de Apolo ( 1526) · Cortes de Júpiter ( 1521) · Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela (1527) · Auto do Triunfo do Inverno (1529) · Romagem dos Agravados (1533) |
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Livro quarto - Farsas | |
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