A Associação Brasileira da Indústria de Café, com sigla ABIC, fundada em 1973 pelos sindicatos estaduais das indústrias de torrefação e de moagem, é a entidade representativa do setor cafeeiro no Brasil.
O país "é o maior produtor e exportador mundial de café e o segundo no mercado consumidor – atrás apenas dos Estados Unidos", em dados de 2015, ano em que a ABIC estimava um crescimento de 2% na produção que vinha em queda, motivado sobretudo pelo aumento do consumo de produto com qualidade superior.[1]
A ABIC realiza competições que premiam os melhores cafés produzidos no Brasil, como na edição de 2006 que escolheu o café especial produzido na Fazenda Divino Espírito Santo, produzido na cidade baiana de Piatã, na Chapada Diamantina, como o melhor café especial brasileiro. Na ocasião a Fazenda Brejos de Aguiar de Ibicoara ficou no quinto lugar na categoria de cafés naturais. A região tem se especializado no tipo "cereja descascado".[2]
Instituiu em 2005 o Dia Nacional do Café (24 de maio), como "a data mais importante da cafeicultura nacional (...) marca o início da colheita no Brasil e é uma oportunidade para indústria do café destacar suas marcas regionalmente", além de promover a bebida no país.[3]
Objetivos
O principal objetivo em sua criação era, além de representar os interesses da indústria, promover o aumento do consumo da bebida que nas décadas de 1970 e 1980 estavam em queda. Com isso foi possível a constituição de banco de dados de "estudos macroeconômicos, pesquisas de opinião e de mercado, além de diagnóstico setoriais; orientação jurídica nas áreas fiscal, entre outros", além da promoção de eventos do setor e ter organização capaz de ser interlocutora junto ao governo no estabelecimento de políticas públicas e, internacionalmente, promover a marca do café brasileiro e, internamente entre seus afiliados, promover a melhoria da qualidade, incremento e modernização da produção.[3]
Filiados
Além dos produtores, moedores, torrefadores (cadeia agroindustrial), também os comercializadores, como donos de cafeterias, podem se tornar membros da ABIC. "O Sócio Contribuinte é a empresa com atividade de industrialização e comercialização de café e possui direito de participar de Assembleias e reuniões do Conselho Deliberativo, de votar e ser votado para cargos de direção da ABIC".[3]
Dentro dos serviços prestados aos membros estão: "certificação dos produtos; banco de consultores; relatórios e indicadores da indústria; convênios e parcerias; assessoria técnica; assessoria jurídica; informações atualizadas através dos informativos da entidade; materiais de divulgação e de educação para o consumo; acesso ao Portal do Torrefador; análises de mercado e consumo; campanhas de marketing da ABIC e desconto em eventos".[3]
Principais eventos
A ABIC promove ou participa dos seguintes eventos, entre outros:[3]
Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café – Origens do Brasil
Um dos filiados informa: "Entre os selos brasileiros, destaca-se o Selo de Pureza ABIC (...) que atesta a pureza do café. São mais de 2 mil amostras coletadas e analisadas por ano com o objetivo, desde o início, do monitoramento contínuo das marcas, a fim de inibir a ação de empresas que adulteram seus produtos. A ABIC também possui o Selo de Qualidade do Café, que cria três categorias de produtos a partir de níveis de qualidade, Tradicional, Superior e Gourmet, com o objetivo de agregar valor e ampliar o consumo a partir da melhoria contínua dos cafés. É o único programa que se tem conhecimento no mundo que avalia a qualidade do café torrado e moído (as demais certificações avaliam o café verde, apenas)".[4]