Asócio III de Taraunitis

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Asócio III.
Asócio III
Morte 967
Taraunitis
Etnia Armênia
Progenitores Mãe: ?
Pai: Gregório I
Filho(a)(s) Gregório Taronita
Pancrácio Taronita
Ocupação Governante autônomo

Asócio III (em latim: Asotius; em grego: Ασώτιος; romaniz.: Asṓtios; em armênio: Աշոտ; romaniz.: Ašot; em árabe: Ašūṭ ibn Girgūr ou ibn Ṭurnīq; fl. c. 900-967) foi o último governante independente de Taraunitis, uma região do sul da Armênia, de cerca de 940 até sua morte em 967.

Nome

Asócio (Asotius; Ασώτιος, Asṓtios) é a forma latina e grega do armênio Axote (Աշոտ, Ašot), cuja origem é desconhecida. Foi registrado em árabe como Axote (آشُوط, ʔāšūṭ) e em georgiano como Axote / Axoti (აშოტ(ი), Ašoṭ(i)).[1]

Vida

Soldo de Romano I Lecapeno (r. 920–944) e Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959)
Dinar de ouro de Ceife Adaulá (r. 945–967)

Asócio era um filho natural de Gregório I de Taraunitis e meio-irmão de Pancrácio II de Taraunitis. A família era um ramo da dinastia bagrátida. Pouco de sabe sobre sua infância. Segundo o Sobre a Administração do Império do imperador Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959), em sua juventude ele visitou Constantinopla e recebeu o título de protoespatário, um evento datado pelo historiador e genealogista Cyril Toumanoff em cerca de 900. Uma segunda visita, datada por Toumanoff em cerca de 920, resultou na concessão do título de patrício.[2]

Após a morte de Gregório I (em algum momento entre 923 e 936),[3] Asócio e seu meio-irmão Pancrácio assumiram o governo, mas o poder deles foi limitado a apenas uma parte de Taraunitis: cerca de metade do território foi controlado pelo primo deles Tornício, o filho do tio deles Apoganem, que também mantinha o título de patrício. Uma luta eclodiu entre os primos, forçando Tornício a legar seus domínios para o imperador bizantino, Romano I Lecapeno (r. 920–944). Quando Tornício morreu, Romano enviou emissários para controlar os territórios prometidos, mas Asócio e Pancrácio conseguiram persuadir o imperador a deixar os domínios de Tornício para eles em troca da fortaleza de Olnute.[2][4]

Por 940, Pancrácio II morreu e Asócio reinou como príncipe único de Taraunitis. Naquele ano, o príncipe hamadânida Ceife Adaulá (r. 945–967) invadiu a Armênia. O historiador árabe ibne Zafir relata que Ceife Adaulá devastou Taraunitis e sitiou sua capital, Muche. Posteriormente, Asócio - que ibne Zafir chama o "rei da Armênia e Geórgia" - esteve compelido a prestar-lhe homenagem, render as cidades de Sasúnia e Culbe, e reconhecer sua suserania em Tadevã, próximo ao lago de Vã. Asócio continuou a governar sobre Taraunitis até sua morte no final do verão ou começo do outono de 967 (datado por alguns historiadores mais antigos como 966). Após sua morte, seus filhos Gregório e Pancrácio renderam seu principado aos bizantinos e entraram em serviço imperial, fundando a nobre família Taronita.[2][5]

Ver também

Precedido por:
Gregório I
Príncipe de Taraunitis
(com Pancrácio II)

940-967
Sucedido por:
Gregório Taronita
Sucedido por:
Pancrácio Taronita

Referências

  1. Ačaṙyan 1942–1962, p. 180.
  2. a b c Lilie 2013, Ašot III. (von Taron) (#20645).
  3. Lilie 2013, GrigorI. (von Taron) (#22497).
  4. Lilie 2013, PmbZ, T‘ornik (#28364).
  5. Kajdan 1991, p. 2012–2013.

Bibliografia

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Աշոտ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Kajdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8 
  • Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt 

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