Possui 201 paróquias servidas por 701 padres, abrangendo uma população de 1 080 029 habitantes, com 93,7% da dessa população jurisdicionada batizada (1 011 942 católicos).[1]
História
Desde a Idade Média, Gdańsk fazia parte do arquidiaconato da Pomerânia da diocese de Włocławek. Em 1821, em virtude da bulaDe salute animarum do Papa Pio VII, com a qual o pontífice reorganizou os distritos eclesiásticos do reino da Prússia, este território passou a fazer parte da diocese de Kulm (Chełmno em polonês), hoje diocese de Pelplin.[2][3] Após a Primeira Guerra Mundial, foi criada a Cidade Livre de Danzigue, que do ponto de vista eclesiástico incluía territórios não só da diocese de Kulm/Chełmno, mas também da arquidiocese de Vármia, na Prússia Oriental.
Apenas cerca de 10% da população era polonesa, o resto era majoritariamente alemã. O primeiro esperava a união de todo o território da Cidade Livre de Danzigue com a diocese de Chełmno, o segundo a sua unificação com a sé de Vármia. Os atritos entre as duas nacionalidades levaram a Santa Sé a erigir, em 21 de abril de 1922, uma administração apostólica no território da Cidade Livre de Danzigue.[4]
Três anos depois, em 30 de dezembro de 1925, com a bula Universa christifidelium do Papa Pio XI a nova diocese foi imediatamente submetida à Santa Sé.[5] Todas as paróquias existentes eram de língua alemã e só em 1937 estabeleceu-se 2 paróquias polonesas. Este fato despertou a ira do governo alemão, que lançou uma campanha para desacreditar o bispo Edward Aleksander Władysław O'Rourke e impedi-lo de exercer as suas funções; O'Rourke foi forçado a renunciar em junho de 1938. Ele foi sucedido por Carl Maria Splett, de origem alemã.
Após a Segunda Guerra Mundial, Danzigue perdeu o seu estatuto de cidade livre e foi integrada ao estado polonês, e a população polonesa tornou-se a maioria na diocese. O bispo Splett foi preso pelas autoridades em 9 de agosto de 1945 e condenado a 8 anos de prisão por atividades antipolonesas. Depois de libertado da prisão regressou à Alemanha, onde faleceu em 1964, sem nunca ter renunciado ao cargo de bispo.[6]
Em 28 de junho de 1972, a diocese perdeu a independência eclesiástica e passou a fazer parte da província eclesiástica de Gniezno.[7]
Em 25 de março de 1992 com a bula Totus tuus Poloniae populus do Papa João Paulo II foi elevada à categoria de arquidiocese metropolitana.[8] Ao mesmo tempo, as fronteiras diocesanas foram revistas, com a transferência de uma parte do seu território em benefício da ereção da diocese de Elbląg[9], e com a aquisição de toda a parte norte da diocese de Chełmno (agora a diocese de Pelplin).[10].
No dia 12 de junho de 1987, a arquidiocese acolheu pela primeira vez a visita apostólica de um pontífice, João Paulo II.[11] O Papa visitou Gdańsk novamente em 1999.[12]
↑A diocese de Elbląg adquiriu os vicariatos de Nadmorski, Nowy Dwór Gdański, Nowy Staw e Malbork-Kałdowo. Veja: (em polonês) Nuncjatura apostolska v Polsce, Dekret o ustanoviwieniu i określeniu granic nowych diecezji i prowincji kościelnych w Polsce oraz przynależności metropolitanej poszczególnych diecezji, em Wrocławskie Wiadomości Kościelne, kwiecień-czerwiec 1992 r., XLV, 2, p. 150
↑Da diocese de Chełmno recebeu os vicariatos de Gdynia I, Gdynia II, Puck, Wejherowo I, Wejherowo II, Żarnowiec e Żuchowo. Veja: (em polonês) Nuncjatura apostolska v Polsce, Dekret o ustanoviwieniu i określeniu granic nowych diecezji i prowincji kościelnych w Polsce oraz przynależności metropolitanej poszczególnych diecezji, em Wrocławskie Wiadomości Kościelne, kwiecień-czerwiec 1992 r., XLV, 2, p. 150