Armando Mazzo (São Paulo, 25 de abril de 1923 — Poá, 15 de maio de 1990)[1] foi um líder sindical e político brasileiro.
Na região que corresponde ao atual Grande ABC, o primeiro sindicato a se organizar pelas normas instituídas na Era Vargas foi o Sindicato dos Marceneiros, Carpinteiros e Classes Anexas de São Bernardo. Entre os trabalhadores que militavam no recém-constituído sindicato estava Armando Mazzo [2], que trabalhava como marceneiro[3] no antigo município de São Bernardo [4], cidade vizinha à capital paulista. Mazzo militou no Partido Comunista Brasileiro [3], fundando, junto com outros trabalhadores, o "Movimento Unificado dos Trabalhadores".
Foi eleito deputado estadual pelo PCB em 1947 [3][5]. Contudo, o PCB foi posto na ilegalidade pelo TSE, que fundamentou sua sentença em dispositivo da Constituição de 1946 que impedia a participação no processo político de partidos considerados antidemocráticos. Em consequência da decisão, Mazzo teve seu mandato de deputado estadual cassado. No entanto, Mazzo e os outros comunistas se utilizaram da legenda do PST para se candidatar às eleições municipais, ainda em 1947. Candidato a prefeito de Santo André, Mazzo obteve a maioria dos votos, o que o tornaria o primeiro comunista eleito para cargo executivo no Brasil.
Seu mandato, porém, foi novamente cassado[2] ainda antes da posse, por decisão do TSE, que invalidou as candidaturas do PST naquele município, atendendo a recurso dos partidos derrotados e à própria vontade da direção nacional do PST, que era contra o uso local da legenda pelos comunistas. Além de Mazzo, outros políticos comunistas perderam seus mandatos com a sentença do Tribunal.
Em 1989, o então prefeito de Santo André, Celso Daniel, membro do Partido dos Trabalhadores, com a presença do antigo militante comunista, realizou a "posse simbólica" de Armando Mazzo, visando com esta cerimônia trazer o passado histórico da cidade à tona.[6]
Armando Mazzo viveu seus últimos anos de vida na cidade paulista de Poá[7]. Faleceu em 1990, sendo sepultado em túmulo familiar no Cemitério da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo.[8]
Referências
Ligações externas