Anticolinérgicos são substâncias que podem ser extraídas de plantas ou obtidas por meio de síntese orgânica. Sua característica é inibir a ação da acetilcolina. Os anticolinérgicos são classificados como diretos e indiretos. Os anticolinérgicos diretos, também chamados de antimuscarínicos, são drogas que antagonizam os receptores muscarínicos, e antinicotínicos por antagonizar a ação da acetilcolina nos receptores nicotínicos. Os anticolinérgicos indiretos agem interferindo na síntese, armazenamento e liberação da acetilcolina, a exemplo da toxina botulínica. [1]
A nicotina e seus antagonistas, diferem antimuscarínicos porque a ação parassimpaticolítica destes é devida à sua atuação nas sinapses neuroefetoras do sistema nervoso parassimpático enquanto que a classe das drogas nicotínicas (similares ou derivadas das extraídas da Nicotiana tabacum) agem na sinapse ganglionar inibindo a ação da acetilcolina. Por essa característica são estudados separadamente e denominados ganglioplégicos ou bloqueadores ganglionares, muito uteis no processo da anestesia cirúrgica. [2][3]
Os anticolinérgicas inibem a acetilcolina, e dificultam o aprendizado e a memória.
Shelley Gray e uma equipe da Universidade de Washington (EUA), após 10 anos de pesquisas concluíram que Anticolinérgico aumentam significativamente a probabilidade de desenvolver demência.[6]
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns (mais de 10% dos medicados) são[7]:
Garganta seca e nariz por diminuição da produção de muco.
Cessação da respiração.
Aumento da temperatura corporal; Secundariamente, a compensação aumenta a dissipação de calor pela circulação cutânea, levando à pele vermelha.
Dilatação pupilar (midríase); consequentemente, sensibilidade à luz (fotofobia)
Perda da acomodação visual, levando a visão turva (cicloplegia) ou visão dupla (diplopia).
No Organismo, essas substâncias têm a capacidade de bloquear (antagonismo competitivo) os receptores onde o neurotransmissor, acetilcolina, age. Os anticolinérgicos, como a atropina e a escopolamina, agem mais especificamente em receptores chamados muscarínicos. Os seus efeitos, como a pupila dilatada, ocorrem devido ao bloqueio desse tipo de receptor.[9]
Referências
↑SILVA, Penildon. As bases farmacológicas do sistema nervoso autônomo. RJ, Gunabara Koogan, 1977