Ana Caroline Campagnolo Galvão (Itajaí, 26 de novembro de 1990) é uma política, professora e historiadora brasileira, filiada ao Partido Liberal (PL).[1][2] Em 2018, foi eleita Deputada Estadual de Santa Catarina, tomando posse em fevereiro de 2019.
Biografia
Ana Caroline Campagnolo leciona história em escolas públicas de Chapecó, no oeste de Santa Catarina, desde 2010, e sendo graduada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó.[3][4] Conta que sua família é "conservadora e religiosa, mas que nunca se opôs a estudar ideologias que não são suas".[3] Cristã protestante, Campagnolo participou de eventos antifeministas.[4][5] Apoia o movimento Escola sem Partido.[6]
Disputa judicial por reprovação no mestrado
Em 2013, Ana foi selecionada no mestrado em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis, com o projeto "Virgindade e Família: mudança de costumes e o papel da mulher percebido através da análise de discursos em Inquéritos Policiais da Comarca de Chapecó (1970-1988)".[3][7] A orientadora selecionada pela banca foi a professora Marlene de Fáveri, que ministra a cátedra "História e Relações de Gênero".[3]
Depois de trocar de orientadora, apresentar seu trabalho e ser reprovada, Ana decidiu processar sua ex-orientadora, em julho de 2016, Campagnolo processou Marlene de Fáveri, por perseguição ideológica e discriminação religiosa. A sentença foi favorável à orientadora, tendo o Juízo concluído da improcedência da ação.[8][9]
Fáveri, em seguida, protocolou uma queixa-crime contra Campagnolo na 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital de Santa Catarina. A ação, que versa sobre crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria), foi transferida para a Comarca de Chapecó.[10]
Eleições de 2018
Nas eleições de 7 de outubro de 2018 foi eleita deputada estadual de Santa Catarina para a 19.ª legislatura, pelo Partido Social Liberal (PSL) com 0,95% dos votos válidos, equivalente a 34.825 votos.[11] Dia 28 de outubro, domingo, menos de uma hora após confirmada a eleição em segundo turno de Jair Bolsonaro para Presidente da República, Ana Caroline publicou em uma de suas redes sociais pedido para que alunos enviassem vídeos e informações com o nome do docente, da escola e da cidade, garantindo anonimato da denúncia: “Na semana do dia 29 de outubro (...) todas as manifestações político-partidárias ou ideológicas que humilhem ou ofendam sua liberdade de crença e consciência”. Justificou a medida em função de “muitos professores doutrinadores estarão inconformados e revoltados com a vitória do presidente Bolsonaro” e, portanto, “não conseguirão disfarçar sua ira e farão da sala de aula uma audiência cativa para suas queixas político-partidárias”. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou com ação na justiça contra a deputada estadual. Em outra mensagem, mais recente, ela justifica o ato como “promessa de campanha”.[12][13][14][15]
Tuítes Antigos e Utilização de Maconha
Conhecida por ser contrária à legalização e ao uso, Tuítes antigos encontrados por internautas seriam sinal de que a deputada seria usuária de maconha.
Ana negou pelo Instagram. Ela também desativou sua conta no Twitter, com objetivo que estes Tuítes não sejam mais encontrados.
“Brinquem à vontade, mas não esqueçam que eu fiz Proerd”, escreveu ela, se referindo a um programa de prevenção de uso de drogas da Polícia Militar.
Ela também nega que havia maconha no narguilé que aparece fumando em uma foto divulgada.[16]
Histórico Eleitoral
Obras
- «Feminismo. Perversão e Subversão» (DistriBrasil, 2019)
- «Guia de Bolso Contra Mentiras Feministas» (Vide editorial, 2021)
- «O Mínimo sobre Feminismo» (Mínimo, 2022)
Em coautoria com Isadora Palanca e David Amato:
- «Ensino Domiciliar na Política e no Direito» (Estudos Nacionais, 2022)
Em coautoria com Martin Van Creveld:
- «O Sexo Privilegiado» (Vide Editorial, 2023)[18]
Ver também
Referências
Ligações externas