Nota: Não confundir com
Amigos da Terra (Organização internacional ambientalista).
Os Amigxs da Terra – Federação Anarquista Informal (também chamados de Amigxs da Terra – FAI e apelidados de “quemacoches”) são um grupo anarquista insurrecionário e guerrilha urbana argentina formado no começo dos anos 2010.[1][2] A organização alcançou fama nacional devido a seus ataques incendiários contra automóveis[3] – especialmente viaturas policiais,[4][5] como uma forma de propaganda pelo ato entre 2011 e 2014[6]. O grupo é parte das células latino-americanas da Federação Anarquista Informal/Frente Revolucionária Internacional.[1][7]
História
Entre os anos de 2011 e 2014, o grupo reivindicou diversos ataques contra concessionárias, empresas multinacionais, edifícios bancários e governamentais e, principalmente, ataques incendiários ou explosivos a automóveis, frequentemente atingindo a frota policial. Não foram registrados mortos ou feridos em nenhum ataque da organização, e nenhuma investigação chegou a apontar suspeitos e levar a prisões ou detenções.[3]
Os ataques eram reivindicados a partir da internet, por meio de comunicados do grupo. Um dos ataques mais notáveis foi a detonação de uma bomba de gasolina em uma concessionária da Fiat em Villa Urquiza, em Buenos Aires.[8][9][10] Outro ataque que levou o grupo à notoriedade foi realizado nas proximidades da embaixada italiana na Argentina.[11][12] De acordo com o comunicado correspondente, o grupo dedicou tal ataque à repressão do estado italiano a anarquistas da FAI-FRI.
Os ataques dos chamados “quemacoches” ("queima-carros” em tradução livre) são quase sempre realizados durante a noite ou a madrugada, com o uso de explosivos caseiros e realizados deliberadamente em locais vazios.[3] Somente em 2012, o grupo foi responsável por danos a mais de 200 carros em Buenos Aires.[6] O ultimo ataque reinvindicado pelo grupo foi a queima de carros da polícia federal argentina em 2014.[6] Em 2021, seis carros foram queimados na cidade de Santa Fé (Argentina) de forma similar ao modo de operação do grupo, mas sem reivindicação.[13]
Referências