Como os anteriores, o Amélia IV foi projetado para servir não só de iate, mas para ser multifunções. No entanto, a multifuncionalidade no Amélia IV ia bastante mais além do que nos antecessores já que projeto do navio era o de um cruzador de 2ª classe que, além de poder servir de navio de guerra para a Marinha Portuguesa, tinha instalações para ser utilizado como iate Real e como navio de investigação ocenográfica.
Com este navio, D. Carlos I continuou as campanhas de investigação no mar, que o tornaram num dos maiores oceanógrafos e cientistas marítimos portugueses.
Em 1911, o regime republicano decidiu rebatizar o navio em honra da data em que tomou o poder. O navio passou assim a designar-se NRP Cinco de Outubro, sendo considerado, permanentemente, como cruzador.
Em 1912 o Cinco de Outubro foi reclassificado com aviso, sendo, essencialmente empregue como navio hidrográfico. Até 1937 participou nas missões hidrográficas na costa de Portugal Continental e no arquipélago da Madeira.
De observar que, também em 1901, foi incorporado na Marinha Portuguesa um navio quase homónimo, o cruzador Rainha D. Amélia. Este navio passou a ser designado NRP República, depois de 5 de outubro de 1910.
Design
O navio foi construído com o casco em aço. Tinha seis embarcações miúdas uma das quais era movida a eletricidade e, a outra, a vapor. Dispunha de todos os equipamentos necessários para trabalhos oceanográficos.