Almanaque (do árabeal-manākh) é uma publicação que originalmente tinha periodicidade anual e reunia um calendário com datas das principais efeméridesastronómicas como os solstícios e as fases lunares. Atualmente os almanaques englobam outras informações com atualizações periódicas específicas a vários campos do conhecimento.
Almanaques em Portugal
Segundo Correia e Guerreiro, o primeiro almanaque editado em Portugal data de 1496: Almanach Perpetuum de Abraão Zacuto, impresso em Leiria. Fornecia tábuas logarítmicas e outras indicações com respeito ao curso do sol para cada dia do ano. As informações eram para ser utilizadas em concordância com os instrumentos de medição astronómicos.[1]
No século XIX, sobretudo na sua segunda metade, os Almanaques impuseram-se em quantidade, com incontestável importância, se bem que completamente distanciados do avanço científico e técnico. De acordo com os seus públicos, podem ser um pequeno folheto, dirigido à população rural, e dos arredores das cidades, ou, então, aumentar o número de páginas, tornando-se num instrumento de divulgação de conhecimentos quer para um público geral, mais burguês e citadino, quer junto de algumas camadas sociais diferenciadas por ideários políticos, religiosos ou por outros interesses muito específicos.[1]
No Brasil, o Lunario Perpetuo foi o livro mais lido no nordeste durante o período colonial,[2] e um dos almanaques mais conhecidos é o Almanaque do Pensamento, editado desde 1912.
↑ abcCorreia, J. D. P., e Guerreiro, M. V. "Almanaques ou a Sabedoria e as Tarefas do Tempo". In: Revista ICALP, vol. 6, Agosto/Dezembro de 1986, pp. 43-52.
↑Priore, Mary del. "Ritos da vida privada". In: Novais, Fernando (org). História da Vida Privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 229
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