Aliança Democrática (Venezuela)

Aliança Democrática
Alianza Democratica
Fundação 4 de setembro de 2020 (4 anos)
Ideologia Pega-tudo
Espectro político Centro-direita a Centro-esquerda
País  Venezuela
Assembleia Nacional da Venezuela
18 / 277
Parlamento do Mercosul
6 / 32
Governadores
1 / 23
Prefeitos
11 / 337

A Aliança Democrática, mais conhecida pelo acrônimo AD, é uma coalizão de partidos políticos venezuelana fundada em 4 de setembro de 2020 por partidos dissidentes da Mesa da Unidade Democrática (MUD) que decidiram participar da eleição legislativa de 2020 para a renovação das bancadas parlamentares da Assembleia Nacional. Tal eleição é considerada polêmica pela MUD e também pela opinião pública internacional diante das fortes evidências de irregularidades eleitorais que acabariam por beneficiar eleitoralmente a coalizão governista Grande Polo Patriótico Simón Bolívar (GPPSB) e, mais precisamente, o majoritário Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).[1]

Integrantes

A coalizão foi fundada por partidos tradicionais do cenário político venezuelano, como a Ação Democrática (AD) e o Comitê de Organização Política Eleitoral Independente (COPEI), além do Avanço Progressista (AP) e do Esperança Pela Mudança (EL CAMBIO).[2] Posteriormente, foram incorporados à coalizão políticos dissidentes dos partidos Venezuela Primeiro (PV), Venezuela Unida (VU) e do Vontade Popular (VP), sendo este último o partido pelo qual está filiado o preso político venezuelano Leopoldo López.

Histórico

Fundação da coalizão

Em 4 de setembro de 2020, representantes do AD, COPEI, AP e EL CAMBIO protocolaram junto ao Conselho Nacional Eleitoral candidaturas conjuntas para disputar a eleição legislativa de 2020. A coalizão lançou candidatos tanto pelos círculos regionais quanto pelo círculo nacional, instando outros partidos de oposição ao chavismo a não aderirem ao boicote eleitoral promovido pela MUD e somarem forças na disputa eleitoral contra os partidos governistas, sem muito sucesso diante da alta fragmentação da oposição venezuelana.[3]

Quatro dias depois, 8 de setembro, em ato realizado com a presença da imprensa nacional e internacional, Javier Bertucci, presidente do EL CAMBIO, anunciou que a nova coalização oposicionista ao chavismo seria denominada Aliança Democrática e confirmou o interesse em participar da disputa eleitoral parlamentar daquele ano no intuito de apresentar-se como alternativa "eleitoral, democrática e constitucional" ao governo de Nicolás Maduro para as eleições seguintes. Em caso de vitória nas próximas disputas eleitorais, pleitearia junto ao TSJ a convocação de um referendo revogatório.[4]

Eleição legislativa de 2020

Juan Carlos Alvarado, secretário-geral do COPEI, disse que a coalizão lançou candidaturas para a eleição legislativa de 2020 em todas as 24 circunscrições eleitorais dos estados e também nas 87 circunscrições eleitorais a nível nacional. centros de votação e mais de 35 mil assembleias de voto montadas para as eleições de 6 de dezembro de 2020.[5]

Em 9 de dezembro, o CNE publicou em seu site oficial o resultado final da apuração dos votos nas circunscrições estaduais e nacional. A Aliança Democrática obteve um total de 1.169.872 votos por todo o país, o que corresponde a 18,76% dos votos válidos, elegendo 18 deputados para a Assembleia Nacional.[6]

Ligações externas

Referências

  1. null. «Por que as eleições parlamentares da Venezuela são ilegítimas». Gazeta do Povo. Consultado em 2 de março de 2022 
  2. «Javier Bertucci presentó Alianza Democrática con 5 partidos». Runrun (em espanhol). 8 de setembro de 2020. Consultado em 2 de março de 2022 
  3. «Cerró el plazo para postular candidatos para el #6D - 800Noticias». 800noticias.com. Consultado em 2 de março de 2022 
  4. de 2020, 9 de Septiembre. «Los partidos de los ex candidatos presidenciales Javier Bertucci y Henri Falcón se presentarán en las elecciones parlamentarias en Venezuela». infobae (em espanhol). Consultado em 2 de março de 2022 
  5. «"Alianza Democrática" insta a opositores a conformar listas únicas para el 6D». TalCual (em espanhol). 8 de setembro de 2020. Consultado em 2 de março de 2022 
  6. «Divulgaciones». CNE. 6 de dezembro de 2020. Consultado em 2 de março de 2022 
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