Os alemães dos Sudetos eram as populações de etnia alemã e germanófonas que habitavam a Boêmia e a Morávia (respectivamente, Čechy e Morava, em checo), perfazendo algo em torno de 3,2 milhões de cidadãos, os quais representavam, no início do século XX, aproximadamente 36% da população total da Boémia.
Esse partido, que contava com o apoio de Hitler, tinha inicialmente um programa autonomista. Com o passar do tempo, porém, passou a defender a anexação ao Reich, no que contou com o apoio dos nazis. De outro lado, os partidários da anexação actuaram como quinta coluna alemã, quando da invasão das tropas de Hitler. Porém, é importante ressaltar que nem todos nos Sudetos apoiavam o governo nazista, havendo inclusive social-democratas que foram obrigados a emigrar para Londres.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a Checoslováquia recuperou o território dos Sudetos, de onde as populações germânicas foram expulsas em massa, em cumprimento aos "decretos Beneš" (do nome do presidente que os assinou, Edvard Beneš). Esse deslocamento compulsório provoca, até hoje, tensões diplomáticas entre a Alemanha e a República Checa.
Demografia
Distritos checos de acordo com a distribuição da população de etnia alemã em 1930:[1]
↑Statistický lexikon obcí v Republice československé I. Země česká. Prague: [s.n.] 1934 | Statistický lexikon obcí v Republice československé II. Země moravskoslezská. Praga: [s.n.] 1935
Bibliografia
Jakob Cornides:The Sudeten German Question after EU Enlargement in: Eigentumsrecht und Eigentumsunrecht - Analysen und Beiträge zur Vergangenheitsbewältigung - Teil 2. Ed. Gilbert H. Gornig, Hans-Detlef Horn, Dietrich Murswiek. Berlin: Duncker & Humblot, 2009. 213-241.
Kopecek, Herman (março de 1996). «Zusammenarbeit and spolupráce: Sudeten German-Czech cooperation in interwar Czechoslovakia». Nationalities Papers. 24 (1): 63–78. doi:10.1080/00905999608408427