Aleixo Axuco (em grego: Ἀλέξιος Ἀξούχ/Ἀξοῦχος; romaniz.: Aléxios Axoúch/Axouchos; em latim: Alexius Axuchus) foi um nobre e líder militar bizantino do século XII de ancestralidade turca.
Um soldado experiente, Aleixo foi recompensado com o posto de protoestrator e participou em várias campanhas militares durante o reinado de Manuel I Comneno(r. 1143–1180).[3] Foi enviado ao sul da península Itálica em 1157, no esforço de recuperar a posição lá após a derrota do grande duque Aleixo Comneno.[2][4] Apesar de ter ao mesmo tempo que gerir as relações delicadas, repletas de suspeita mútua, com o Sacro Império Romano Germânico, que dominou o norte da Itália, Axuco foi aparentemente bem-sucedido em sua missão, levando a conclusão de uma paz honrosa com o reiGuilherme I em 1158 que permitiu ao exército bizantino desvincular-se da expedição italiana.[5]
Isso permitiu Manuel focar sua atenção no Oriente, onde suas políticas na Cilícia contra o senhor armênio Teodoro II falharam espetacularmente.[6] Em 1165, Axuco foi enviado à Cilícia como comandante-em-chefe (estratego autocrator) e governador (duque).[7] Possivelmente também participou na guerra contra a Hungria em 1161 ao lado do futuro Bela III.[3][2] Cerca de 1167, contudo, caiu em desgraça com Manuel após ser acusado de conspirar contra ele e ter sido anteriormente criticado por um peculiar crime de lesa-majestade: tinha decorado um de seus palácios em Constantinopla com pinturas das campanhas e vitórias de Quilije Arslã II(r. 1156–1192), o sultão de Icônio, e não, como de costume, com as façanhas do próprio Manuel.[8]
Entre outras coisas, Aleixo foi acusado de "brincar de feitiçaria" e conspirar com um "feiticeiro" latino para entorpecer a imperatrizMaria de Antioquia para impedi-la de dar à luz a um herdeiro.[9] O historiador João Cinamo sustenta que as acusações de conspirações foram genuínas, mas Nicetas Coniates acredita que Axuco tenha sido exposto pela insegurança de Manuel.[10] Em particular, Coniates relata que Manuel suspeitou de Axuco e seu primo, o futuro Andrônico I Comneno(r. 1182–1185), devido a profecia AIMA, que alegava que o nome de seu sucessor começaria com um "A".[11] Seja qual for a verdade, Aleixo foi considerado culpado e confinado num mosteiro para o resto de seus dias,[3] apesar dos repetidos esforços de sua esposa para sua libertação. Maria relatadamente morreu de tristeza pelo destino do marido, enquanto Aleixo também morreu alguns anos após sua tonsura.[2]
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Alexios Axouch», especificamente desta versão.
Bibliografia
Garland, Lynda (2006). «Mary of Antioch». University da Nova Inglaterra, Austrália
Guilland, Rodolphe Joseph (1967). Recherches sur les Institutions Byzantines, Tomes I–II. Berlim: Akademie-Verlag
Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN0-19-504652-8
Magdalino, Paul (2002). The Empire of Manuel I Komnenos, 1143–1180. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN0-521-52653-1
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