Apresenta uma planície em sua parte norte, situada a 700 metros, enquanto que na parte sul se encontram as zonas mais montanhosas com serras que superam a faixa de 2.000 metros (Serra de Las Cabras em Nerpio). As principais serras são: Serra de Alcaraz, Calar del Rio Mundo, do Taibilla e, na região leste, a Cordilheira de Montearagón.
É uma província fronteiriça entre as vertentes atlântica e mediterrânea, sendo seus rios principais pertencentes a esta última (à vertente mediterránea): o Rio Júcar, o Rio Segura, o Rio Cabriel (afluente do Júcar) e o Rio Mundo que nasce na localidade albacetenha de Riópar. Da vertente atlântica só se destaca o rio Córcoles como afluente do Rio Záncara, assim como as Lagunas de Ruidera. A outra bacia da vertente atlântica que aparece na província, é a do Rio Guadalquivir, onde se destacam o rio Guadalimar e o rio Guadalmena como dois dos principais afluentes desta bacia.
A província de Albacete apresenta uma baixa densidade demográfica (26,95 habitantes por quilômetro quadrado), concentrada em grande parte na capital provincial (cerca de 42,60% de toda a população da província está na cidade de Albacete). Dos 87 municípios que compõem a província, só seis superam a faixa dos 10.000 habitantes; apesar disso, 69,94% da população da província se concentra na zona urbana, contra 30,06% que vivem na zona rural. As maiores aglomerações urbanas da província são Albacete, Villarrobledo, Hellín e Almansa.
Ao longo das décadas de 1950-1980, a província de Albacete sofreu uma constante emigração para outras regiões do país. Entretanto, durante a última década do século XX e a primeira do século XXI, a situação se inverteu, graças à imigração de outros pontos do país e também do estrangeiro.
O século XX foi testemunha também de um intenso fenômeno de êxodo rural, que afetou toda a província porém com mais intensidade nas comarcas de Serra de Alcaraz e Campo de Montiel e Serra do Segura, que hoje são as comarcas com menor densidade demográfica. A cidade de Albacete foi a grande beneficiada da província por este fenómeno: passou de 21.373 habitantes no ano de 1900 a 148.934 habitantes em 2001.
Continental, com grandes extremos: invernos muito frios (Já se chegou até -25 °C, a temperatura mais baixa registrada em una capital de província) e verões muito quentes (superando 42 °C). Além disso, o clima é em geral bastante seco, exceto na região sul da província, que é montanhosa e apresenta uma pluviosidade maior.
Símbolos
O escudo representa, em sua parte esquerda, as chaves de Alcaraz sobre um fundo vermelho; Já na sua parte direita, a mão alada e armada com uma espada sobre um fundo vermelho do Marquesado de Vilhena; na parte baixa, a Cruz de Santiago sobre fundo branco; e no centro, o escudo da capitalque está arrematado pela coroa real.
A bandeira consiste no escudo, sobre um fundo vermelho.
Durante a época islâmica, depois de pertencer ao emirado e califado de Córdova, a maior parte da província passou a fazer parte menos conhecida e estudada na província pois se detecta que algumas zonas, como todo o oeste da região, sofreram uma tremenda despovoação, devido em parte à situação de guerra.
Em Almansa aconteceu uma importante batalha em 25 de abril de 1707, a Batalha de Almansa, [1] durante o conflito internacional da Guerra de Sucessão Espanhola. Neste conflito europeu dois aspirantes a reis (ambos estrangeiros) pretendiam a Coroa espanhola e, como consequência, a hegemonia na América e Europa. Como resultado desta batalha, Felipe de Borbón (depois Felipe V) viu aberto o caminho até o seu triunfo final, que não foi imediato, pois a Guerra de Sucessão Espanhola terminou em 1714.
Em 1833Javier de Burgos, baseando-se na província de Chinchilla, criou a província de Albacete, com a capital sendo a cidade de Albacete. As principais mudanças territoriais posteriores são a saída de Vilhena em 1836 e a entrada de Villarrobledo em 1846.
Desde sua criação, esta província formou parte da Região de Múrcia até que em 1978 se criou a comunidade autônoma de Castilla-La Mancha (estatuto aprovado en 1982), da qual atualmente pertence.
Economia
Albacete foi tradicionalmente uma província predominantemente agrícola, em especial no agricultura de sequeiro, destacando-se as produções de cereais, uvas, oliveiras, e em determinadas regiões o açafrão e fungos. Durante o século XX, a irrigação teve um grande crescimento na província.
Desde o final do século XX teve auge a produção de energia eólica, com a instalação de numerosos parques eólicos, colocando a província em segundo lugar a nível nacional, depois de Navarra.
Em 2007, a província de Albacete teve uma renda per capita de 16.731 €, o que a nível nacional a situa na posição 46ª dentre as 50 províncias espanholas.
Em 2008 foi inaugurada em El Bonillo uma planta termossolar capaz de abastecer 800.000 pessoas, o dobro da população em 2009 de toda a região.
Rodovias
Devido à estratégica localização da província entre o centro da península e o levante espanhol, as vias de comunicação são consideradas excelentes:
AP-36: Autopista Ocaña-La Roda. Faz a ligação entre as duas cidades.
A-43: Auto-estrada de Extremadura à Comunidade Valenciana. Passa peça cidade de Villarrobledo
Por ferrovias, a província está ligada desde quando se iniciou esse meio de transporte na Espanha. A linha Madrid-Alicante foi a primeira a prestar serviço no país. Também passando pela região a linha até Cartagena e Valencia.
A província conta com o aeroporto de Albacete-Los Llanos que está situado 4 km ao sul de Albacete, na estrada CM-3203. Aeroportoesse que começou a funcionar oficialmente como aeroporto civil em 2003.
Turismo
A província conta com onze festas declaradas de Interesse Turístico, em suas diversas categorias:[2]
No final do século XX teve grande importância a difusão dos diferentes Caminhos de Santiago que percorrem a província, entre eles a Rota de la Lana. Este caminho une a cidade de Alicante com a de Burgos, onde se une com o Caminho Francês, e percorre a província desde Almansa até Villamalea, passando também pelos municípios de Bonete, Alpera, Alatoz, Alcalá del Júcar e Casas-Ibáñez.
↑Resolução firmada em 4 de novembro de 2008 pelo Secretário de Estado de Turismo, Joan Mesquida Ferrando e publicada no B.O.E nº 283 datado de 24 de novembro de 2008. Para mais informação visite a Agrupación de Comparsas.