Rafsanjani foi o presidente do Irã entre 1989 e 1997. Em 2005, concorreu a um terceiro mandato, vencendo o primeiro turno das eleições e perdendo no segundo turno para o prefeito de Teerã, Mahmoud Ahmadinejad.
Em 2009 surgiu como figura do Movimento Verde de protestos populares em oposição ao regime, embora não o tenha apoiado publicamente. A sua filha chegou a ser detida.[1]
Em 2013 anunciou a sua candidatura como representando o campo reformista e moderado às eleições presidenciais, apenas minutos antes do encerramento das inscrições. A sua candidatura foi considerada inválida. Mas o candidato do seu campo - que o New York Times considera mesmo a sua alma gèmea política - Hassan Rohani, foi o vencedor.[1]
Rafsanjani era associado aos empresários iranianos e hostil a Ahmandinejad e à tendência mais ideológica da República Islâmica. Era descrito como pragmático e conservador, e adotava uma posição de centro, no plano doméstico, e uma posição moderada, no plano internacional, que procurava evitar conflitos com os Estados Unidos.[3] Internamente, Rafsanjani buscou uma economia de livre comércio, possibilitada pelo grande orçamento disponível. Nas relações exteriores, obteve êxito com os países árabes e da Ásia Central, incluindo Azerbaijão, Turcomenistão e Cazaquistão. Todavia, não alcançou progresso significativo nas relações com a União Europeia e os Estados Unidos.
Em 25 de outubro de 2006 promotores argentinos acusaram Rafsanjani de envolvimento no atentado contra a AMIA, Associação Mutual Israel-Argentina, em Buenos Aires, ocorrido em 1994 (ver: Alberto Nisman). O presidente Ahmadinejad defendeu seu antecessor, apesar de ser seu adversário político internamente e de já tê-lo acusado de ser corrupto e pró-ocidente.[4]
Morte
Em 8 de janeiro de 2017, o ex-presidente foi hospitalizado após um ataque cardíaco[5], mas não resistiu.[6]