A palavra Aix deriva do grego antiga e era utilizada por Aristóteles para referir-se a um pássaro de mergulho desconhecido.[1]
Taxonomia
As espécies pertencem à família Anatidae, que faz parte da ordem de aves aquáticas Anseriformes. Sua classificação anterior consistia no grupo dos "Patos empoleirados", um grupo Parafilético que se situava entre os gêneros Tadorna e os pertencentes à subfamília Anatinae. Portanto, não é esclarecido a qual sub-família eles pertencem: Anatinae ou Tadorninae(tadornas).[2][3] A espécie-tipo é o Pato-carolino.
O pato-carolino tem massa corporal de 500-700g. Tem entre 41 e 49cm de comprimento, e tem uma envergadura de entre 73 e 75cm . Os machos têm olhos vermelhos e plumagem iridescente. Ambos os sexos têm cabeças com crista.
O pato-mandarim tem entre 41 e 49cm de comprimento com entre 65 e 75cm de envergadura. Sua plumagem é ainda mais extravagante. As fêmeas são menos coloridas que os machos.
Espécie asiática ocorrendo principalmente no Japão e na China. Atualmente há uma importante população selvagem no Reino Unido.
Foram encontrados fósseis de Aix praeclara, uma espécie considerada extinta que viveu durante o período mioceno médio, na Mongólia.
Ambas as espécies são aves migratórias que costumam sair do norte para o sul, dentro das suas faixas de habitat, durante o inverno. Costumam viver em riachos e lagoas tranquilas e arborizadas.
Descrição
As duas espécies são consideradas muito atrativas, particularmente por serem multi-coloridas. O gênero mostra forte dimorfismo sexual (diferenças entre os sexos) , com as fêmeas sendo menores e menos coloridas.
Dieta
Esses patos consomem crustáceos, insetos e matéria vegetal. Os patos-mandarim são principalmente vegetarianos.
Reprodução
Os patos-carolinos estão maduros sexualmente com cerca de um ano de idade. Eles são monogâmicos durante a temporada. O acasalamento ocorre entre fevereiro e abril, dependendo da latitude. O tamanho da ninhada está entre 6 e 15 ovos, e o período de incubação é de cerca de 30 dias. Os jovens são precoces. Eles saem do ninho com um dia de nascidos e são cuidados pela mãe por cerca de 60 dias. Os jovens têm uma taxa de mortalidade muito alta. Os adultos vivem de 3 a 4 anos.
Os patos-mandarim também são monogâmicos. Durante a época de acasalamento sua plumagem se torna bastante brilhosa. A fêmea põe entre 9 e 12 ovos e depois os incuba por cerca de 30 dias. O cuidado parental pela mãe é um pouco mais curto nesta espécie, durando cerca de 40 dias.
Conservação
Ambas as espécies são afetadas pela perda de habitat. À medida que o desenvolvimento humano continua a se expandir, as áreas de floresta preferidas por esses patos continuam a diminuir. A partir de 2016, ambas as espécies foram avaliadas para a Lista Vermelha da IUCN(União Internacional para a Conservação da Natureza) e receberam uma classificação de "pouco preocupante".[6][7]
Galeria
Casal de pato-mandarim
Um pato-mandarim(macho).
Uma fêmea de pato-mandarim.
Um filhote de pato-mandarim.
Ovo de pato-mandarim.
Casal de pato-carolino.
Um pato-carolino(macho).
Uma fêmea de pato-carolino.
Um filhote de pato-carolino.
Leitura adicional
Harris, M. (1999): Web Diversidade Animal: Aix galericulata . Acesso em 27 de abril de 2006.
Pope, A. (2004): Web Diversidade Animal: Aix sponsa . Acesso em 27 de abril de 2006.
↑Madge, Steve; Burn, Hilary (1987). Wildfowl : an identification guide to the ducks, geese and swans of the world. London: Helm Identification Guides - Christopher Helm. ISBN978-0-7470-2201-5
↑N. V. Zelenkov and E. N. Kurochkin (2012). «Dabbling ducks (Aves: Anatidae) from the Middle Miocene of Mongolia». Paleontological Journal. 46 (4): 421–429. doi:10.1134/S0031030112040132