Airton Pavilhão

Aírton Pavilhão
Aírton Pavilhão
Informações pessoais
Nome completo Airton Ferreira da Silva
Data de nascimento 31 de outubro de 1934
Local de nascimento Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Data da morte 3 de abril de 2012 (77 anos)
Local da morte Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Altura 1,87 m
Apelido Pavilhão
Informações profissionais
Posição zagueiro
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1949–1954
1954–1960
1960
1961–1967
1968
1969
1969–1971
Força e Luz
Grêmio
Santos
Grêmio
Cruzeiro-RS
São José
Nacional

0601 000(18)
Seleção nacional
1956–1964 Brasil 0007 0000(0)

Aírton Ferreira da Silva, também conhecido como Aírton Pavilhão (Porto Alegre, 31 de outubro de 1934Porto Alegre, 3 de abril de 2012) foi um futebolista brasileiro que atuou como zagueiro.

É considerado um dos maiores jogadores da história do Grêmio e do futebol gaúcho.[1] Desde 1996 está incluído na Calçada da Fama gremista.[2] Com a camisa do Grêmio, o zagueiro conquistou onze títulos do Campeonato Gaúcho e o Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol. Pela seleção brasileira foi campeão do pan-americano de 1956 e vice-campeão do pan-americano de 1960.

Foi considerado por Pelé como o melhor zagueiro que o Rei do Futebol viu atuar.[3][4]. Depois de uma partida contra o Grêmio, Pelé teria declarado surpreso: "Aquele cara me marcou sem fazer falta! Sem nem me tocar. E me marcou, realmente me marcou.".[5]

Biografia

Aírton Ferreira da Silva iniciou a carreira profissional no Força e Luz, em 1949. Atuou pelo clube até 1954. Em 23 de junho do mesmo ano, foi vendido ao Grêmio sob forma bastante peculiar: 50 mil cruzeiros e mais um pavilhão de arquibancadas.[6] Surgiu assim o apelido Aírton Pavilhão[7].

Estreou pelo Grêmio em 1º de agosto de 1954, num empate em 1 a 1 com o Cruzeiro de Porto Alegre [8]. Em 1960, o jornalista carioca Geraldo Romualdo da Silva, do Jornal dos Sports, qualificou Aírton como um "zagueiro inferior apenas a Bellini ". [9]

Em 1960, Aírton recebeu propostas milionárias do Santos e do Botafogo, mas optou por renovar com o Grêmio.[10] Após não conseguir Aírton, o Santos acabou contratando Calvet.[11]

Aírton foi emprestado pelo Grêmio ao Santos para atuar em uma partida em 1960.

Em 1967, Airton perdeu espaço na equipe do Grêmio devido aos problemas físicos.[12] [13] Acabou por realizar o último jogo no Grêmio em 5 de novembro de 1967, num empate com o Perdigão em 2 a 2, em Videira.

Encerrou sua carreira em 1971, atuando pelo Nacional de Cruz Alta.

Seleção Brasileira

Foi convocado para a Seleção Brasileira em sete oportunidades. Conquistou o título do pan-americano de 1956 e vice-campeonato do pan-americano de 1960. No pan-americano de 1960 foi escolhido para a seleção do campeonato do jornal La Nación.[14]

Esteve entre os 41 pré-convocados para a Copa do Mundo FIFA de 1962, o único jogador que não atuava em Rio de Janeiro ou em São Paulo na pré-lista, mas acabou não sendo chamado para o mundial. Aírton alegou ter feito apenas "um treino e meio" com a seleção: "Foi falta de jogo".[15] A imprensa gaúcha reclamou que Aírton estaria "cortado por antecipação", por ser o único jogador fora de São Paulo e do Rio de Janeiro a ter sido chamado para o período de treinos, e por ter recusado diversas ofertas de clubes paulistas e cariocas ao longo dos anos, teria sido uma retaliação por Aírton não querer ir jogar no centro do país. Aymoré Moreira negou qualquer má fé, alegando que Aírton era "clássico demais para jogar na seleção brasileira" e abusaria de preciosismos. [16]

Após o corte, o jornalista Vargas Neto afirmou: "Do nível de Bellini só há um central no Brasil: Aírton Ferreira da Silva. Mas o Aírton pensa que a área é a sala de jantar da casa dele". [17]

Estilo de Jogo

Aírton foi um defensor de técnica apurada, que jogava com a cabeça erguida e jamais usava o recurso das faltas violentas.[18]. Em um Grenal famoso teria rebatido 40 bolas da área gremista.[5]

A marca registrada de Aírton era levar a bola em direção à linha lateral do campo chegando junto à bandeirinha de escanteio, puxando com ele os atacantes. De repente, virava o corpo e, colocando uma perna por trás da outra, de letra, recuava a bola para as mãos do goleiro.[19].

Em um confronto entre Grêmio e o Santos no Estádio Olímpico Monumental aplicou um "chapéu" em Pelé no auge da carreira, ganhando fama nacional. [20]

Homenagens e Legado

Em 2007, foi homenageado pelo Grêmio com a inauguração no CT de Treinamentos do clube do pavilhão "Airton Ferreira da Silva"[21]. Foi conselheiro titular do mandato 2007-2013 do Grêmio.[22]

Por iniciativa do então vereador e ex-atleta Tarciso, Airton recebeu o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre em 2009.[23]

Faleceu em 3 de abril de 2012 devido a infecção generalizada dos órgãos, no Hospital Ernesto Dornelles em Porto Alegre.[24]

Em 30 de março de 2016, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou por unanimidade o projeto encaminhado pelos Sócios Livres - Grêmio de Todos em 2012, que cria a Rua Airton Ferreira da Silva - " O Pavilhão" no Bairro Humaitá em Porto Alegre, nas proximidades da Arena do Grêmio.[25]

Títulos

Continentais

Seleção Brasileira
Grêmio

Referências

  1. Globoesporte. «110 anos de Grenal». Consultado em 15 de abril de 2020 
  2. «Ídolos». Gremio.net. Consultado em 14 de abril de 2020 
  3. CBF. «"Eu joguei na Seleção Brasileira": Aírton foi convocado para a Copa de 1962». Consultado em 15 de abril de 2020 
  4. «No Ataque». Sítio do ClicRBS. Consultado em 3 de abril de 2012 
  5. a b Diário Gaúcho. «Airton Pavilhão levou um único drible: da morte». Consultado em 15 de abril de 2020 
  6. Pelé.Net. «Aírton, ex-gremista, vive grudado ao clube». Consultado em 23 de agosto de 2008 
  7. Grêmio.net. «Airton Ferreira da Silva O eterno "Pavilhão"». Consultado em 23 de agosto de 2008. Arquivado do original em 7 de maio de 2008 
  8. «Site Grêmio». Consultado em 10 de julho de 2006. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014 
  9. Romualdo da Silva, Geraldo (5 de fevereiro de 1960). «Botafogo ofereceu automóvel e casa mas Airton não apareceu». Jornal dos Sports. Rio de Janeiro 
  10. «Proposta do Santos era de 3 milhões e meio e 100 mil por mês». Diario de Notícias. Rio Grande do Sul. 5 de fevereiro de 1960 
  11. «O Santos Empata». Diario de Notícias. Rio Grande do Sul. 10 de fevereiro de 1960 
  12. «Joãozinho volta contra o Aimoré». Diario de Notícias. Rio Grande do Sul. 22 de novembro de 1967 
  13. «Gremio espera Floriano sem qualquer problema». Diario de Notícias. Rio Grande do Sul. 12 de fevereiro de 1967 
  14. «Quatro Brasileiros na seleção ideal». Diario de Notícias. Rio Grande do Sul. 25 de março de 1960 
  15. Romualdo da Silva, Geraldo (13 de abril 1962). «Airton embarcou desejando boa sorte a todos». Jornal dos Sports. Rio de Janeiro 
  16. «Aírton era clássico demais para o scratch». Jornal dos Sports. Rio de Janeiro. 16 de abril de 1962 
  17. Netto, Vargas (4 de junho 1962). «Airton embarcou desejando boa sorte a todos». Jornal dos Sports. Rio de Janeiro 
  18. Milton Neves. «Airton Pavilhão». Consultado em 15 de abril de 2020 
  19. Grêmio.net. «Heróis do Grêmio». Consultado em 15 de abril de 2020 
  20. Lance. «Morre Airton Pavilhão, ex-zagueiro do Grêmio». Consultado em 15 de abril de 2020 
  21. FinalSports. «Grêmio inaugura Pavilhão Airton Ferreira da Silva no CT de Eldorado do Sul». Consultado em 23 de agosto de 2008 [ligação inativa]
  22. «Conselho deliberativo». Sítio do Grêmio. Consultado em 25 de agosto de 2010. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2009 
  23. Câmara Municipal de Porto Alegre (15 de dezembro de 2009). «Airton Pavilhão é Cidadão Emérito de Porto Alegre». Consultado em 8 de maio de 2018 
  24. «Morre o ex-zagueiro Airton Pavilhão em Porto Alegre». Zero Hora. 3 de abril de 2012. Consultado em 3 de abril de 2012 
  25. «Airton Pavilhão será nome de rua no Humaitá» 


Bandeira de BrasilSoccer icon Este artigo sobre um futebolista brasileiro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Strategi Solo vs Squad di Free Fire: Cara Menang Mudah!