Agripino era nativo da Gália,[1] embora seja incerto a localização precisa de seu nascimento. O historiador Ralph Mathisen afirmou que seus laços atestados concentram-se na porção oriental de Lugdunense, uma vez que "[os] escritores de nenhuma outra área tem algo bom a dizer sobre ele".[2] Ele foi nomeado conde e mestre dos soldado da Gália em 451/452 por Valentiniano III(r. 425–455) com a missão de colocar ordem no país.[3] Logo em seu primeiro ano ocupando o ofício teria sido o destinatário duma carta do bispo Eufrônio de Augustoduno na qual descreve um cometa visto na Páscoa de 451.[4] A Vida de Aniano registra que quando foi ferido, Aniano de Aureliano (atual Orleães) miraculosamente curou-o e ele, em sinal de gratidão, libertou todos os prisioneiros da cidade.[3]
Após a deposição de Ávito(r. 455–456) por Majoriano(r. 456–461) em 456, Majoriano substituiu Agripino por Egídio em 456/457 em sua função de conde; Egídio então acusou seu predecessor de favorecer os bárbaros e de planejar render sua província para eles.[5] Acompanhado por Lupicino, abade do Mosteiro de São Cláudio, Agripino foi enviado para Roma, onde foi julgado e sentenciado à morte sem a possibilidade de apelar ao imperador, o patrícioRicímero, então o grande poder no império, ou o senado.[6]
Segundo a Vida de Lupicino, Agripino apenas evitou a morte ao conseguir escapar da prisão e refugiar-se na Igreja de São Pedro. Mais adiante, foi perdoado pelo imperador, com auxílio do abade, e foi enviado para a Gália "exaltado com honras".[a][6] Os autores da Prosopografia do Império Romano Tardio sugerem que a Vida de Lupicino faz menção a um período de desgraça sob Majoriano e uma posterior restauração sob Líbio Severo e Ricímero.[5]
Como Egídio não reconheceu a autoridade de Severo, o novo imperador restaurou Agripino como conde (461/462). Uma vez investido com as insígnias do ofício, Agripino cedeu a cidade de Narbona para os visigodos do general Frederico. Este movimento, segundo Hugh Elton e os autores da Prosopografia, fez parte dum plano de Líbio Severo para assegurar a ajuda do reiTeodorico II(r. 453–466) contra Egídio.[5][7]
Notas
[a]^Ralph W. Mathisen opina numa nota de rodapé que "Agripino provavelmente nunca foi para Roma".[8]
Elton, Hugh (1992). «Defence in fifth-century Gaul». In: Drinkwater, John; Elton, Hugh. Fifth-Century Gaul: A Crisis of Identity?. Cambridge: Cambridge University Press !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)
Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1980). The prosopography of the later Roman Empire. 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University PressA referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
Mathisen, Ralph W. (1989). Ecclesiastical Factionalism and Religious Controversy in Fifth-Century Gaul. Washington: Catholic University of America Press
Muhlberger, Steven (1990). The Fifth-century chroniclers: Prosper, Hydatius, and the Gallic Chronicler of 452. Leeds: Francis Cairns
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