O sítio aeroportuário está a cerca de 40 km a sudeste do centro da capital, no território da comuna de Bom Jesus do Cuanza, no município de Ícolo e Bengo, na província de Luanda.[3][4] Com capacidade para 15 milhões de passageiros por ano, foi projectado para acolher aeronaves de grande porte como o Airbus A380.[5]
O novo aeroporto foi idealizado pelo então Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que lançou a primeira pedra sobre a construção do mesmo.[6] A construção do aeroporto teve o seu início em 2013 e custou aos cofres do estado angolano um total de 2,5 mil milhões de euros. A obra teve o seu início através de uma parceria público-privada, que foi desfeita em 2017, e daí em diante o estado angolano assumiu o projecto como um investimento público, com um financiamento da China de 1,2 mil milhões de euros.[7] Foi inaugurado no dia 10 de novembro de 2023 pelo Presidente da República de Angola João Lourenço.[8][1]
Deveria ter começado a operar com voos domésticos em fevereiro de 2024, e em junho de 2024 com voos internacionais,[9] no entanto, no início de abril de 2024, a data prevista para transferir todas as operações para o novo aeroporto era o final de 2024.[10]
Antecedentes
Desde o fim da guerra civil em 2002, Angola está em crescimento económico acelerado. Para atender ao crescimento e permitir o aumento drástico nas redes de logística em Angola, a construção de um novo aeroporto internacional de grande porte era inevitável.
Projecto
O Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto está inserido numa área total de 75 quilómetros quadrados, com duas pistas paralelas e com um volume de carga anual de 130 mil toneladas.[11]
A pista norte tem 4 200 metros de comprimento, enquanto a pista sul tem 3 800 metros; ambas terão 60 metros de largura. A data de entrada em serviço estava inicialmente prevista para 2010, mas as obras foram consideravelmente atrasadas.[1] Os custos de construção, que foram inteiramente pré-financiados pela China, foram inicialmente estimados em torno de 300 milhões de dólares americanos.[12]
Quando em pleno funcionamento, o aeroporto contará com infraestruturas complementares, tais como lojas, galpões, restaurantes, escritórios, bem como hotéis nas proximidades. Para garantir uma ligação rodoviária viável com Luanda, a estrada EN-230, que liga Luanda a Malanje, que passa por Viana e Ícolo e Bengo, será alargada, dado que está sujeita a engarrafamentos quase constantes. O projecto também inclui a construção de uma ligação ferroviária com a capital, o Ramal do Aeroporto, bem como a Estação Ferroviária do Aeroporto, que liga-se ao terminal final do Caminho de Ferro de Luanda, a Estação Ferroviária do Bungo.[13]
O projecto foi quase exclusivamente executado por trabalhadores chineses, razão pela qual houve protestos da população local no início da construção, havendo distúrbios ocasionais que levaram a polícia e militares a intervir. A população considerava-se prejudicada pela prática chinesa e reclamava para si uma participação activa na construção.[14]
Instalações
A instalação tem uma área total de 43 hectares, composta por duas pistas modernas e três edifícios terminais. [2][10]