Antes de sua mãe, seu pai havia sido casado duas vezes, o que resultou em filhos que morreram jovens. Portanto, Adela não teve meio-irmãos.
Entre seus irmãos, estavam: Henrique I de França, sucessor de seu pai como rei e duque da Borgonha; Hugo Magno, governou ao lado do pai 19 de junho de 1017 até a sua morte em 17 de setembro de 1025; Roberto I, Duque da Borgonha, sucedeu ao seu irmão, Henrique I, no ducado; Edviges de França, condessa consorte de Nevers por casamento com Reinaldo I de Nevers; Odo ou Eudes, que pode ter tido retardo mental e Constança, casada com o conde Manasses de Dammartin.
Quando o irmão de Adela, Henrique I de França morreu, ele deixou um filho de sete anos de idade, Filipe I de França, filho de Ana de Kiev, que passou a exercer a regência para o seu filho, juntamente com o conde Balduíno V, marido de Adela.[3] Os dois cumpriram o seu papel de 1060 até 1067, e Ana foi a primeira rainha da França a ser regente.
Em 1071, o terceiro filho do casal, Roberto, o Frísio, planejava invadir Flandres, sendo que na época, o conde era Arnulfo III da Flandres, neto de Adela e Balduíno V, através de seu filho Balduíno VI da Flandres. Roberto anteriormente havia prometido ao irmão proteger o sobrinho. Na época, sua mãe, Riquilda de Hainaut, servia como regente para o filho.[4]
Ao saber disso, Adela pediu a ajuda do rei Filipe I, para impedir Roberto. Assim, o rei mandou soldados para ajudar Arnulfo aliados a dez cavaleiros normandos sob a liderança de Guilherme FitzOsbern, 1° conde de Hereford, parente e conselheiro de Guilherme, o Conquistador.
O conflito resultou na Batalha de Cassel, em que as forças de Arnulfo apesar de serem superiores às de Roberto, foram derrotadas antes de se organizarem adequadamente para a batalha, e o conde Arnulfo e Guilherme FitzOsbern foram mortos. A mãe do conde, Riquilda, foi capturada e depois solta. Mais tarde, o rei Filipe reconheceu Roberto como o novo conde de Flandres.
Um ano depois, Berta da Holanda, enteada do novo conde Roberto, se casou com o rei Filipe I, para selar a paz.
Obras
Adela era interessada nas reformas do marido em igrejas, e esteve ao lado dele na fundação de vários colegiados, como os Colégios de Aire (em 1049), Lille (em 1050), Harelbeke (em 1064), e as Abadias de Messines e Ename, em 1057 e 1063, respectivamente.[5]
Com a morte de Balduíno em 1 de setembro de 1067, Adela foi até Roma, onde se tornou freira com a permissão do Papa Alexandre II e se retirou para o convento benedito de Messines, perto de Ypres.
Lá ela morreu e foi enterrada. Ela é venerada como santa na Igreja Católica, e seu dia é 8 de setembro.[6]
Descendência
Ela não teve nenhum filho de seu primeiro casamento.
Com Balduíno, Adela teve três filhos:
Balduíno VI da Flandres (c. 1030 — 1070), sucessor de seu pai, e sucessor de sua esposa, Riquilda de Hainaut, como conde de Hainaut;
↑danielpletinckx (22 de dezembro de 2013). «The Benedictine abbey of Ename». Visualisation of the Benedictine abbey of Ename (em inglês). Consultado em 6 de janeiro de 2021