TV Jornal 6 de fevereiro – 25 de junho de 1967 Band 24 de julho de 1967 – 8 de dezembro de 1967
A Moça do Sobrado Grande foi uma telenovelabrasileira produzida e exibida pela TV Jornal do Commercio, do Recife – na época afiliada da Band – entre 6 de fevereiro e 25 de junho de 1967, em 95 capítulos. Na sequência foi transmitida na própria Band entre 24 de julho de 1967 e 8 de dezembro de 1967, às 20h, substituindo Os Miseráveis e sendo substituída por Ricardinho: Sou Criança, Quero Viver. Escrita por Semíramis Alves Teixeira e dirigida por Jorge José Santana,[1] destaca-se como a primeira novela na televisão brasileira a usar cenas externas.[2]
Produção
Em 1960, o Recife iniciou uma produção pioneira de novelas fora do circuito São Paulo–Rio de Janeiro, trazendo temáticas nordestinas inéditas e a abertura do mercado para o elenco regional.[3] A primeira novela foi O Ruído do Silêncio, na TV Rádio Clube, que trouxe na sequência outros sucessos como Canção do Fugitivo, Sublime Mentira e O Diário de Anne Frank.[3] Em 1963 a TV Jornal entrou na concorrência e passou também a produzir novelas como Nobreza de um Canalha e Um Dia Talvez, escritas por Weber Carvalho, e Senhora de Engenho, Leonor, A Inesquecível, Coração em Revolta e Amor de Colegial, escritas por Alberto Lopes, todas essas dirigidas por Jorge José Santana.[3]
Em 1967 Semíramis Alves Teixeira escreveu A Moça do Sobrado Grande, que seria o maior sucesso do canal, liderando a audiência.[4] Carmem Peixoto, José Pimentel e Jones Melo, que na época já eram grandes estrelas do estado, foram convocados como os protagonistas.[5] Foi a primeira a usar cenas externas na televisão brasileira, antes mesmo das novelas da TV Tupi.[6][7]
Enredo
Narra os conflitos políticos no final do século 19 que levaram à modernização do Recife e à decadência dos coronéis. No meio disso Laura é uma moça solitária, mantida pelo pai no casarão da família sem poder sair de casa, que desperta o amor de dois homens: Carlos e Roberto.